Julguei que fosse mais ou menos óbvio que um dos efeitos colaterais da falta de guito do Estado  esteja a ser o rigthsizing (redução dos níveis de endividamento, mais realismo por exemplo) de Empresas e famílias, ainda que à força. A Causa acha que não. Registamos ...



Depois de há semanas no Expresso ter prometido "falar", hoje na Assembleia da República, em sede de Comissão de Inquérito, o ex-Chefe de Gabinete de  Pedro Lynce, teve um ataque de amnésia selectiva. Pelo meio enriqueceu o léxico político ao revelar que foi sondado mas não inalado, perdão, convidado para Chefe de Gabinete de Martins da Cruz. É claro que a amnésia também serviu para queimar Lynce deixando dúvidas no ar... Um tratante para se ser simpático.

Entretanto e reagindo a pressões, e rumores múltiplos, Durão Barroso já veio a público garantir que a eventual tomada de posição da CGD de um banco espanhol - o Atlântico -  não será moeda de troca para o BCP cair em mãos espanholas depois do take over falhado do Deutche Bank há uns tempitos atrás. Só falta explicar porque é que habitualmente calmo, sensato e discreto Jorge Jardim Gonçalves teve de ir a São Bento obrigar o Primeiro Ministro Durão Barroso a afirmar publicamente tal garantia:

Banca
Jardim pressiona Durão para que CGD não compre Atlántico

O presidente do Banco Comercial Português, Jardim Gonçalves, foi a São Bento manifestar junto de Durão Barroso as suas reservas ao interesse da Caixa Geral de Depósitos no espanhol Atlántico.

O banqueiro teme que, no limite, esta operação implique que a CGD venda os 6,34% que detém no BCP, designadamente aos espanhóis do BBVA que têm 24,4% do banco catalão. Por outro lado, o presidente do BCP entende que a aquisição de um pequeno banco espanhol como o Atlántico, cujos resultados mostram algumas fragilidades, não constitui uma mais-valia para a instituição liderada por António de Sousa, não lhe permitindo um aumento significativo de quota no mercado espanhol. Fonte conhecedora do processo garantiu ao Diário Económico que a Caixa não tem nenhuma intenção de alienar a sua posição no BCP. «A participação da CGD no BCP foi assumida no âmbito de um acordo celebrado pelo anterior Governo que o actual Executivo respeita. A Caixa só venderá a posição quando o Governo o autorizar», acrescenta a mesma fonte. Para se manter na corrida ao Atlántico, o banco público terá de entregar uma proposta definitiva durante esta semana.
 
Pelo meio esperamos que isto não tenha rigorosamente nada a ver com as aventuras e desventuras na área da Energia ...

Publicado por Manuel 21:08:00  

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