Por estas bandas há várias maneiras de tentar garantir que certas verdades nunca sejam verdadeiramente apuradas e os culpados julgados e condenados.
Temos a estratégia da avestruz que consiste em fazer de conta que nunca se passou nada (funcionou durante décadas com a Casa Pia), a estratégia "quanto mais perto menos se vê" (funcionou na perfeição com Camarate e as sucessivas comissões de inquérito), temos a estratégia dominó, que passa por fazer saber urbi et orbi que se cair "um" caem "todos", temos a estratégia de publicar umas amostras da verdade nos sítios menos credíveis possíveis - O Crime por exemplo - para fazer secar o interesse e credibilidade à nascença, e claro escrever livros sensacionalistas, onde se mistura tudo, qual episódio dos ficheiros secretos, etc, etc, etc ...
Por falar em livros, Maria José Morgado, Procuradora Geral Adjunta, definitivamente estava melhor calada.
Além de não saber escrever, muito menos insinuar - qualquer novela mexicana, dos anos 70, consegue ser mais consistente e excitante que o seu livro - é citada, hoje, no DN comentando a entrevista de Rui Teixeira, aquando de uma cerimónia de promoção do seu livro.
Pelos vistos - agora - defende a "elaboração de uma «noção estratégica de investigação criminal» que seja «transparente» e que «não existe»". A ironia é que foi precisamente a existência muito clara e «transparente» de uma «noção estratégica de investigação criminal» como, à época, muito bem apontou o grande especialista em burkas, e seu marido, Saldanha Sanches, que levaram à demissão forçada de Morgado da PJ ...
Também não fica bem, independentemente do que se pense sobre as ideias de Rui Teixeira, afirmar taxativamente - ainda por cima quando se é Magistrado do MP, e se foi responsável na PJ pelo combate à grande criminalidade - "que o MP «não percebe nada de investigação criminal», não fazendo sentido que passe a dirigir aquela polícia" (a PJ). O despeito, às vezes dá nestes fetichismos...
Publicado por Manuel 06:01:00
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