"data mining"

Depois de em 29/10 termos tocado ao de leve na temática (ver post "um airbag chamado Sampaio ... ou direitos, liberdades e garantias") a semana passada no Público, António Barreto escreveu um artigo, onde pura e simplesmente pedia a abolição das escutas telefónicas.

Há alguns dias num outro blog, que desgraçadamente não "bookmarkei"  falava-se na nova descriminação dos tempos modernos, enormes call centers, para  onde o consumidor ligava e em função do perfil económico deste, e em tempo real, era ou encaminhado para tratamento vip, ou para a musiquinha reservada à plebe

Esta semana, passou desapercebido, mas com o mesmíssimo consenso, e com as mesmíssimas boas intenções, foram aprovadas medidas que permitem o cruzamento de dados informáticos, naturalmente com a melhor das intenções - o combate à fraude fiscal.



Entretanto Maria José Morgado voltou à carga, na mesma linha em que tinha já aliás defendido aquando das audições parlamentares que resultaram da sua demissão, pedido mais meios e logística para uma causa nobríssima aliás:  «Por que é que, em vez de se falar em mudanças que não levam a nada, não se fala antes, por exemplo, na atribuição de meios para o combate ao crime informático e à pornografia infantil na Internet?» questionou.

Em suma, três casos, três exemplos de cruzamento e intercepção de dados, profiling e data mining, sem nada a ver à superfície, mas em tudo similares na sua essência. Quem define a fronteira? Qual é o limite da privacidade ? Que dados dos cidadãos/consumidores é lícito reter e por quanto tempo ? Quem fiscaliza e com que recursos ?

Não são questões fáceis, e não há respostas simples, mas convinha que parassemos um bocadinho para pensar antes que que seja tarde de mais ...


Publicado por Manuel 23:42:00  

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