"Após ler estes discursos, salta à vista que os tribunais pouco ou nada se incomodaram com as críticas presidenciais. Como se dissessem entredentes: «fala, fala, mas aqui quem manda somos nós».

Jorge Sampaio, com estes discursos, parece querer iluminar o caminho aos agentes judiciais. Só que o farol tem a luz fundida. Não ilumina. Logo, ninguém o vê, nem ouve, nem liga.

Na prática, Sampaio é ostensivamente ignorado pelo poder judicial.

E Portugal lá continua sem farol nem faroleiro, parte encalhado, parte a velejar ao sabor das correntes oportuní­sticas que engordam a parasitar o povo. E a tiranizá-lo, pois quanto maior a tirania, maior o poder."