A "Cruz" de Pacheco ...

Já aquí tinhamos notado as "nuances" do discurso de Martins da Cruz aquando da sua solene afirmação de que dava a sua "Palavra de Honra".

Relativamente ao comentário desta noite de José Pacheco Pereira na SIC, e com a vénia merecida, transcreve-se do Mata-Mouros, por indicação daquí, aquilo que deveria ser já mais que óbvio para toda a gente, incluindo o bem informado Pacheco :


"O Ministro dos Negócios Estrangeiros não afirmou no Parlamento que "dava a sua palavra de honra como não tinha metido uma cunha para a sua filha". Aquilo que Martins da Cruz disse foi: «dou a minha palavra de honra como não falei com o senhor Ministro do Ensino Superior sobre o assunto», o que não é a mesma coisa. Não sou um especialista em "cunhas" mas acho bastante mais provável que se tivesse existido "uma dita cuja" neste caso não teria sido de Ministro para Ministro, mas antes envolveria Chefes de Gabinete, secretários ou afins. Nenhum dos Ministros seria contactado directamente. Não terem falado não garante coisa nenhuma. Não ouvi ninguém dizer que não tinha existido qualquer conversa seja com quem for acerca deste lamentável caso."



À prosa do Mata-Mouros há a acrescentar que, segundo o Jornal 2 da RTP-2 de sábado, os serviços júridicos do MNE foram consultados ( até hoje a informação não foi desmentida ) e até desaconselharam o procedimento.

Como não é crivel que a filha do Sr. Ministro tenha acesso directo aos mesmos, e pela mais elementar lógica, ou ocorreu intervenção directa do pai, ou de alguém muito próximo deste e dentro do MNE, talvez, quiçá um assessor ...

Pacheco refugiou-se na ausência de "certezas", e numa palavra de honra à Clinton, para não ter de se pronunciar (Curiosamente o mesmo tipo de argumentos usados por Paulo Portas no passado para se manter no Poder e no Governo). Ora o revisionismo do presente, ainda por cima em tempo real, é tão feio e condenável como o do passado (o tal que Pacheco tanto criticou em Portas a propósito da re-escrita da história do CDS/PP )

Era melhor não ter dito nada ...

É a vida, é o que é ...

Publicado por Manuel 23:52:00  

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