Estrela Serrano
quinta-feira, outubro 09, 2008
Aqui há dias, escrevi mal da senhora vogal da ERC que deu uma entrevista à Sábado, publicada hoje. Escrevi aqui e nos comentários do blog Blasfémias.
Por causa da deliberação da ERC, a que o Expresso deu espavento, dei por mim a focar a crítica na senhora conselheira, em modo metonímico e em sinédoques escusadas, mas de efeito sarcasticamente sonoro.
Sobre a ERC, só posso dizer que está quase tudo dito. Sobre Estrela Serrano, não.
A entrevista à Sábado, revela-me uma pessoa razoável, distensa na análise das críticas, tolerante e de fair-play que devo reconhecer como notável e que conquista simpatia. É o que resulta da entrevista e do mesmo modo que ajuizei pelas aparências, em preconceito, faço-o agora, com base na realidade de uma única entrevista, pela aparência da mesma.
A partir daqui, nem o facto de ser do PS, de um PS profundo e irreformável, do incrível ISCTE , sem conserto, e de uma ERC sem remissão, me permite desfazer na imagem da conselheira-vogal da ERC. Antes, antipatizava com a senhora. A partir desta entrevista, rodei o juízo de valor, pessoal, para o lado oposto. Damn it!
A entrevista que li na Sábado e que transcrevo por imagem, ( clicando lê-se) revela uma pessoa inesperada, para mim.
Sobre os blogs que a trataram abaixo de cadela, como no caso do Blasfémias, na sua caixa de comentários, diz apenas isto: "Sou uma grande defensora da blogosfera porque acho que significa um alargamento do espaço público".
Mesmo descontando a parte em que desvaloriza a parte da blogosfera que é "terra de ninguém, do anonimato e do insulto", sobra a valorização de um todo, que contrasta com a generalização de um António Costa e de um Pacheco Pereira.
Mesmo que a referência à "terra de ninguém", contradiga o dito final sobre nós sermos "descendentes de Ramalho e Eça", por inconsequência lógica, para sustentar os epítetos com que brindou Eduardo Cintra Torres, em declinações como "coitado", "cobarde" e "ignorante", coisa que nunca por aqui se disse da conselheira, a verdade é que o resto da entrevista suplanta essa contradição ( e não estou a gozar). Essa contradição, justifica, no entanto, tudo o que sobre a mesma se disse nos blogs. E sem que seja possível mandá-los para a sarjeta...
Estrela Serrano diz que vai continuar a responder a blogues sempre que tal se jusiificar para repor a verdade e desvaloriza os que pensam que uma vogal da ERC não o deveria fazer, por tal significar uma descida ao bas-fond e ao submundo.
Colocada perante uma reação individual de um blogger - maradona de um blog intitulado a causafoimodificada- que a teria insultado de modo soez ( não se consegue aceder ao blog para confirmar, mas quanto ao blogger em questão...acho que a idiossincrasia desculpa o exagero), Estrela Serrano apenas diz: "Não, esse tipo de comentários interessam pouco. Só me incomodam se apontarem algum erro que tenha feito".
Tem razão, Estrela Serrano. E isso revela um fair-play que gostaria de ver noutros lados de poder.
E assim, tenho que pedir desculpa, se ofendi pessoalmente, embora aquela coisa sobre o Ramalho e o Eça, me conforte na atitude.
A atitude que a mesma mostra na entrevista, é a contrária à que estaria à espera. Onde esperava sisudez, vejo descontracção. Onde esperava estupidez, leio inteligência. Onde descortinava gravitas de função, reparo numa leveza que só posso apoiar e aplaudir, mesmo que desvalorize o cargo.
Aqui fica a entrevista, na parte que interessa e em modo de bofetada de luva branca. Boa malha, para os entrevistadores.
Por causa da deliberação da ERC, a que o Expresso deu espavento, dei por mim a focar a crítica na senhora conselheira, em modo metonímico e em sinédoques escusadas, mas de efeito sarcasticamente sonoro.
Sobre a ERC, só posso dizer que está quase tudo dito. Sobre Estrela Serrano, não.
A entrevista à Sábado, revela-me uma pessoa razoável, distensa na análise das críticas, tolerante e de fair-play que devo reconhecer como notável e que conquista simpatia. É o que resulta da entrevista e do mesmo modo que ajuizei pelas aparências, em preconceito, faço-o agora, com base na realidade de uma única entrevista, pela aparência da mesma.
A partir daqui, nem o facto de ser do PS, de um PS profundo e irreformável, do incrível ISCTE , sem conserto, e de uma ERC sem remissão, me permite desfazer na imagem da conselheira-vogal da ERC. Antes, antipatizava com a senhora. A partir desta entrevista, rodei o juízo de valor, pessoal, para o lado oposto. Damn it!
A entrevista que li na Sábado e que transcrevo por imagem, ( clicando lê-se) revela uma pessoa inesperada, para mim.
Sobre os blogs que a trataram abaixo de cadela, como no caso do Blasfémias, na sua caixa de comentários, diz apenas isto: "Sou uma grande defensora da blogosfera porque acho que significa um alargamento do espaço público".
Mesmo descontando a parte em que desvaloriza a parte da blogosfera que é "terra de ninguém, do anonimato e do insulto", sobra a valorização de um todo, que contrasta com a generalização de um António Costa e de um Pacheco Pereira.
Mesmo que a referência à "terra de ninguém", contradiga o dito final sobre nós sermos "descendentes de Ramalho e Eça", por inconsequência lógica, para sustentar os epítetos com que brindou Eduardo Cintra Torres, em declinações como "coitado", "cobarde" e "ignorante", coisa que nunca por aqui se disse da conselheira, a verdade é que o resto da entrevista suplanta essa contradição ( e não estou a gozar). Essa contradição, justifica, no entanto, tudo o que sobre a mesma se disse nos blogs. E sem que seja possível mandá-los para a sarjeta...
Estrela Serrano diz que vai continuar a responder a blogues sempre que tal se jusiificar para repor a verdade e desvaloriza os que pensam que uma vogal da ERC não o deveria fazer, por tal significar uma descida ao bas-fond e ao submundo.
Colocada perante uma reação individual de um blogger - maradona de um blog intitulado a causafoimodificada- que a teria insultado de modo soez ( não se consegue aceder ao blog para confirmar, mas quanto ao blogger em questão...acho que a idiossincrasia desculpa o exagero), Estrela Serrano apenas diz: "Não, esse tipo de comentários interessam pouco. Só me incomodam se apontarem algum erro que tenha feito".
Tem razão, Estrela Serrano. E isso revela um fair-play que gostaria de ver noutros lados de poder.
E assim, tenho que pedir desculpa, se ofendi pessoalmente, embora aquela coisa sobre o Ramalho e o Eça, me conforte na atitude.
A atitude que a mesma mostra na entrevista, é a contrária à que estaria à espera. Onde esperava sisudez, vejo descontracção. Onde esperava estupidez, leio inteligência. Onde descortinava gravitas de função, reparo numa leveza que só posso apoiar e aplaudir, mesmo que desvalorize o cargo.
Aqui fica a entrevista, na parte que interessa e em modo de bofetada de luva branca. Boa malha, para os entrevistadores.
Publicado por josé 20:53:00
29 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O José tem o sangue da justiça dentro da veia
":O)))
Pois eu também achei engraçada a entrevista e ainda encontrei outro aspecto- uma dose de ingenuidade ou falta de cinismo que nem conseguiu perceber que o maradona fez uma deliciosa brincadeira à custa do pedido dela- para o Gabriel colocar a resposta no corpo do blogue.
Está visto que a brincadeira do maradona nada teve de grosseira- ele deve ser o único louco que consegue dizer mais palavrões por frase, sendo sempre elegante.
Então alguém responde a uma chalaça por causa do corpo do blogue? Está visto que ele disse que estava mortinho de inveja que o mais que queria era que uma gaja lhe pedisse para postar no corpo do blogue.
O maluco nem sequer falou do assunto a que se reportava. Ele até gosta muito de ficar a leste destas coisas, para depois dar aquelas grandes tiradas de conselheiro mundial.
Ou então, é de uma leviandada atroz, o que só se pode admitir mesmo num blog...ahahaha!
O que se nota, é uma espécie de irresponsabilidade lúdica, no exercício do cargo que só uma pessoa com muita segurança em si mesma ou perfeitamente consciente das responsabilidades do lugar que ocupa, conseguiria ter.
É claro que estou a alargar o wishful thinking para além do razoável e do que uma simples entrevista concede.
NO entanto, mesmo assim, considero isso um bem precioso, nos tempos que correm.
Problema será saber se uma pessoa assim, ficará muito tempo na ERC...ou se este exercício de leveza se coaduna com a responsabilidade do cargo e das votãções em deliberações.
Vê-se que no caso da pressão do PM, a mesma nem esteve presente na votação o que é deveras curioso. Diz que estava de férias e a verdade é que os estatutos da coisa, permitem a simples maioria.
COmo votaram quatro e fizeram maioria, chegou para a deliberação.
O que diz muito sobre o funcionamento da ERC.
O meu postal, é um puro veneno não intencional, concedo.
Uma pessoa assim, a meu ver, deveria continuar na ERC, porque permite que se dê porrada no organismo sempre que merecer- e merece quase sempre, infelizmente, como se viu agora no caso do Marcelo- mas ao mesmo tempo, com a certeza de que pelo menos a conselheira tem capacidade de encaixe.
E ue julgava que não tinha. E isso foi uma descoberta agradável.
É só isso.
perdão, mas nem no blog foi dessa forma tratada, nem somos responsáveis pelas caixas de comentários (são mais de 10 mil /mês....) sendo humanamente impossível ler tudo, ainda que na altura se tenham apagado alguns, nem o que lá ficou julgo que se poderá enquadrar nesse qualificativo.
Gabriel Silva
You know...ela mesmo, entende que o Blasfémias merece atenção.
Não se deu por ofendida e ainda bem, por isso é que escrevi este postal.
E tratar alguém abaixo de cão, nem sempre é ofensa. Pode ser apenas desprezo infundamentado ou ressabiado ou whatever.
Como a Estrela é do género oposto, seria sempre abaixo de cadela.
Ou a igualdade de géneros não é um valor a preservar?
Pela entrevista, entrevejo um certo ambiente de descontracção, na análise.
A menção a Ramalho e Eça, é muito positiva.
Mas...vamos ver. Vamos ver se se confirma. O tempo o dirá.
Nessa altura, tivemos uma discussão amigável e divertida pelo facto de ele apoiar o Mário Soares e a sua Fundação filantrópica.
Bom rapaz, formado em geografia, com jeito para escrever, deu depois em apoiante activo de...Cavaco Silva, num blog para o efeito.
Fartei-me de rir.
Não é para levar a sério, o maradona.
Vamos a ver quem se vai levar mais a sério que a que brincou com ligeireza.
As instituições não costumam ser softs e quem aparece na ribalta também tem sempre o tique de endireitar o colarinho e enxotar tudo o que possa estragar o retrato.
O post dele anda por aí, foi citado por uma série de blogues. Uns até disseram que era o post do ano.
Mas ele escreve e deita fora. Está sempre a mandar para o lixo e nem se leva a sério.
A brincadeira foi puro gozo com a frase.
Onde é que posso ler o postal do maradona?
Confesso que não o leio frequentemente, porque não se pode ler tudo e algumas coisas, têm graça uma vez.
Foi linkado por todo o lado mas ele passa a vida a mandar tudo para o lixo.
E nem sabia a idade da senhora- não tem absolutamente nada de fulanizado ou grosseiro. Foi patetice do entrevistador.
Ou pura cretinice.
Eu continuo a achar muita piada ao maradona porque aquilo é puro disparate- é loucura destrambelhada e sem qualquer orientação. Saõ brincadeiras que ele faz com as palavras. Nem troça é, é nonsense.
ahahahahahah
Eu gosto destas coisas mal comportadas e que não se levam a sério.
ahahahahaha
Porque aí sim, estão a ser saloios julgando que a blogosfera é alguma tasca para notáveis, sendo de bom tom impedir a entrada a transeuntes desconhecidos.
Neste caso o entrevistador foi idiota- nem tem ponta por onde se pegue a pergunta que depois faz.
E o que ele escreveu foi isso. Nem sequer é um comentário- é uma charge à conta de uma frase pateta que estava a jeito.
E ela respondeu que não, que esses comentários interessam pouco.
Se leu. até devia era ter dito que isso são brincadeiras que nada têm a ver com o assunto, ou perguntado ao entrevistador o que é que havia para comentar.
Não gostei da pergunta. Da ideia que pode ter passado na cabeça de alguém seleccionar uma treta destas e perguntar se isto deve ser tratado pela ERC ou coisa que o valha. Porque "respondido pessoalmente" era fazer o insulto à senhora que ninguém fez.
O problema nesse caso, é o nosso pequeno mundo dos blogs.
Porque isto acaba por ser um pequeno mundo, como é o da imprensa em Portugal onde todos se conhecem.
Os blogs que incomodam verdadeiramente os poderes, são poucos.
Não dou conta do fenómeno integralmente, mas parece-me que é assim.
Tenho pena que assim seja. Preferia ver um mundo mais alargado e plural.
Uma vez, há uns meses ( anos já?) escreveu um artigo, em que dava conta de casas de magistrados em Cascais. Em cooperativa. Legal, legítimo e aparentemente normal.
Havia apenas a circunstância de ser um construtor civil da zona com problemas.
Por outro lado, os cooperantes, eram magistrados do MP, alguns deles de sindicato há longos anos.
Um deles tinha um nome que é homónimo do meu. E foi esse nome que apareceu lá citado, escarrapachado.
Nada tem a ver comigo embora o conheça e seja bom rapaz. Até desta situação política e tudo.
Mas, nunca percebi qual a intenção.
Mas o Vilela sabe...
Há falta de melhor isto também serve de "coluna social e de má-língua" para os jornais fazerem chouriços.
Mas tem razão- é sempre tudo demasiado pequeno e a mentalidade continua provinciana.
Se aparecem holofotes, fica logo tudo aprumadinho para o retrato e até garante que anda a limpar a casa, por causa do "respeitinho". E porque temos de ser todos uns para os outros.
Muito sinceramente, quando aquela trampa do "Meu Pipi" teve direito a estrelato, a trocas de correspondência entre JPP e VGM e o Pipi, e ainda saiu como livro de Natal, achei que isto dava para tudo e o seu contrário, desde que o negócio e os holofotes agradem a todas as partes.
E tinha. E sempre foi anónimo, porno, ordinário mas do agrado dos grandes gurus.
Vá-se lá saber porquê- nunca lhe chamaram o xiquinho 31.
Dantes, há uns anos, o Meu Pipi, dava direito a uma revista qualquer tipo Evaristo ou assim e por aí ficava que a inteligentsia pátria tinha mais com que se ocupar, mormente a conspirar contra os 48 anos de obscuridão, ou a dar voz pública ao Juca Chaves ou mesmo ao Quim Barreiros.
Agora, aparece o VG a elevar à categoria de Henry Miller, um patacôncio que decidiu fazer piadas para o Gato Fedorento.
Ataques pessoais, da mais vil e baixa ordinarice que se pode imaginar, tirando a ofensa à honra de carácter.
Pegar nas rugas da Fernanda Borsatti, e fazer renda de bilros com piadas grosseiras, é do mais baixo que se pode imaginar.
Se algum dia, souber que foi o RAP quem fez isso, pode ficaer ciente que lho atiro à cara, chamando a avó ao barulho.
Para ficar a saber que isso é coisa que não se faz
E o VGM e grupo a aplaudir.
Nojo de tipos.
Não agride o grupo, os interesses e os valores por que se movem.
Agride apenas as pessoas individuais e indefesas.
Cobarde, sim, é esse anonimato.
Porque com nome, nunca se atreveriam a escrever desse modo, ofendendo pessoas concretas.
Mas, na altura, já se tinha inventado um estigma para calar quem dissesse que aquilo era um nojo- era inveja. Inveja do sucesso.
Este exemplo chegava para calar o JPP num qualquer programa televisivo.
Foi ele o grande intermediário entre essa porcaria e o Vasco Graça Moura.
Nunca por ali detectou insulto baixo a ninguém.
Logo mais, se vê.
Eh pá....
... o que eu gostava que a Estrela Serrano, da ERC, me mandasse um mail e que pedisse para que, em nome da "liberdade de expressão", eu o publicasse no "corpo" do meu blogue! Gostava tanto, tanto, tanto. Eu até acho que o Gabriel Silva podia fazer um workshop desta merda: "Dez conselhos para que uma gaja qualquer da ERC invoque estupidamente a liberdade de expressão para impingir textos merdosos em blogues alheios". Doutora Estrela Serrano...quer fazer um homem feliz, quer poder sentir as suas mãos a passar nas minhas pernas? Mande-me uma cartinha para "o corpo" do meu blogue.... nem precisa de ser em nome da "liberdade de expressão", pode ser em nome doutra merda qualquer, em nome do Quim ou assim.»
Eu nunca teria entrado e se, por ventura, tivesse cometido a imprudência de entrar, já teria batido com a porta há muito tempo.
A senhora Serrano faz o que entender melhor...
Como não está lá para impedir a total manipulação política da ERC, para impedir que algum aparelhista do PS ocupe o seu lugar, tiro as devidas conclusões...
E estou mesmo a falar a sério.
O pior é que ganham a sério, deliberam a sério e até procuram respeitabilidade a sério.
Como se pode ler da entrevista de Estrela Serrano, não é coisa séria, no entanto.
Se fosse música, seria um piccolo divertimento. Uma coisa para entreter enquanto não se ouve música mais composta.