Os coutos dos imprescindíveis

"Os partidos tendem a fechar-se em si mesmos. É difícil a entrada de gente nova" - Leonor Beleza, agora mesmo, em entrevista a Ana Lourenço, na Sic-Notícias.

Porque será? As coutadas não chegam para nos novos? A democracia prescinde deles, em favor dos imprescindíveis dos regimes?
Em todos os partidos abundam indivíduos que nada mais fizeram na vida do que partidar, sectarizar, militar, colar frases em discursos já feitos e aprender a linguagem rígida das palavras certas para o momento exacto, inventando um léxico estafado.
Do PCP ao CDS, há nomes e nomes que já são conhecidos, há dezenas de anos. Profissionalizaram-se numa actividade que nunca foi profissão e agora, nada mais poderão fazer do que militar em causas de partido político.

Tornaram-se imprescindíveis militantes.

E querem fazer-nos acreditar que a democracia não pode prescindir deles.

Publicado por josé 23:51:00  

3 Comments:

  1. lusitânea said...
    Eu até acho que se deveria fazer como aquele republicano espanhol fez em relação aos padres: de cada um faziam-se dois!
    Seria uma especie demilagre da multiplicação dos pães...
    Unknown said...
    José

    Excelente post de se lhe tirar o chapéu. Os meus parabéns.

    Este é que é o problema da nossa democracia. Vegeta em imprescindíveis. Todavia os cemitérios estão cheios.

    Ninguém quer atacar este problema seriamente.

    A reforma do sistema político é urgente.
    de.puta.madre said...
    O PSD está totalmente vampirizado ... nem a si próprios já podem fazer de conta que se levam a sério.
    Pelo menos o Socrates é Ruim. Ser ruim é melhor do que não ser NADA. Isso o PSD ainda n se deu conta.

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