As diferenças
terça-feira, abril 22, 2008
O da esquerda, de acordo com o Público de hoje, tem "um escritório de advogados e é consultor das fundações Oriente e Stanley Ho e do governo de Cabo Verde. Administrador não executivo de uma seguradora, a Sagres ". É do PS.
Nada disso constitui problema de incompatibilidade com a função de deputado. O PCP levantou agora o problema da incompatibilidade pelo facto de o mesmo ser provedor, numa associação particular ( APESEP) que lida com trabalho temporário. Associou-o aos pequenos empresários e Vitalino tem defendido uma maior flexibilização dos contratos laborais. Pecado mortal para o PCP. O resto, são amendoins...
O da direita, ainda segundo o mesmo jornal, lidera uma comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, no âmbito da qual se organiza o inquérito à supervisão bancária, na sequência do caso BCP. Porém, é assessor do BPN, precisamente, um dos bancos mais em foco, nesse inquérito.
Jorge Neto, antes disso, esteve na berlinda por ser uma das figuras em grande foco, na OPA à PT, desencadeada pelo grupo Sonaecom. Jorge Neto, defendeu os pobres accionistas minoritários da PT. Depois, veio a saber-se que afinal, estava ligado a um grande investidor da mesma PT, o dono da Ongoing, Nuno Vasconcelos. É do PSD.
No mesmo jornal de hoje, Vital Moreira, defende com denodo a diferença abissal, entre a Esquerda e a Direita. Do lado certo da sua causa, a afamada Esquerda, está o PS. Do lado escuro, na famigerado Direita, anda o PSD.
E Vital garante que as diferenças entre os dois partidos, são grandes, enormes, de vulto gigante e visível. Gritantes, mesmo.
Tantas como as que separam Vitalino Canas, de Jorge Neto. Ou, para o caso, Vital Moreira, de Pina Moura.
Nada disso constitui problema de incompatibilidade com a função de deputado. O PCP levantou agora o problema da incompatibilidade pelo facto de o mesmo ser provedor, numa associação particular ( APESEP) que lida com trabalho temporário. Associou-o aos pequenos empresários e Vitalino tem defendido uma maior flexibilização dos contratos laborais. Pecado mortal para o PCP. O resto, são amendoins...
O da direita, ainda segundo o mesmo jornal, lidera uma comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, no âmbito da qual se organiza o inquérito à supervisão bancária, na sequência do caso BCP. Porém, é assessor do BPN, precisamente, um dos bancos mais em foco, nesse inquérito.
Jorge Neto, antes disso, esteve na berlinda por ser uma das figuras em grande foco, na OPA à PT, desencadeada pelo grupo Sonaecom. Jorge Neto, defendeu os pobres accionistas minoritários da PT. Depois, veio a saber-se que afinal, estava ligado a um grande investidor da mesma PT, o dono da Ongoing, Nuno Vasconcelos. É do PSD.
No mesmo jornal de hoje, Vital Moreira, defende com denodo a diferença abissal, entre a Esquerda e a Direita. Do lado certo da sua causa, a afamada Esquerda, está o PS. Do lado escuro, na famigerado Direita, anda o PSD.
E Vital garante que as diferenças entre os dois partidos, são grandes, enormes, de vulto gigante e visível. Gritantes, mesmo.
Tantas como as que separam Vitalino Canas, de Jorge Neto. Ou, para o caso, Vital Moreira, de Pina Moura.
ADITAMENTO, em 24.4.2008:
No Público de hoje, fonte da notícia sobre Jorge Neto, o escritório de advogados do mesmo, ( Jorge Neto João Carlos Silva e Associados), através de "direito de resposta", vem desmentir totalmente a notícia do Público, sobre o pretenso facto de Jorge Neto ser assessor do BPN, com a indicação concreta de que o deputado e advogado "nunca foi, nem é, advogado ou consultor do BPN ou da Sociedade Lusa de Negócios ou de qualquer outra empresa deste grupo financeiro". Jorge Neto nunca falou com Oliveira e Costa ou qualquer administrador do BPN, pessoas que, aliás nem conhece."
Pronto. Aqui fica o desmentido à notícia do Público e que se lamenta que não tenha sido apurada, antes de se publicar o que se publicou. O jornalismo, por vezes, parece-se com a escrita em blog, em que a verdade parece atrapalhar uma boa história.
Quanto às diferenças aludidas, fica a informação, essa não desmentida, acerca da participação na OPA da Sonae, versus Pt.
Publicado por josé 10:00:00
5 Comments:
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Depois os reformados licenciados não são aumentados para que seja alcançadaa "justiça social" que nos quer nivelar por África esse amor pós Abril dos que a tinham antes renegado... como sua.Agora para continuarmos a pagá-la, sem nenhum lucro(os contribuintes obviamente) é com eles...
Por acaso estou para ver como o PSD se vai "RENOVAR"...
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From: Vital Moreira (NC) [mailto:vitalmoreira@netcabo.pt]
Sent: Friday, February 04, 2005 04:13
Santo deus, o que para aí vai de dogmatismo “religioso”! A sua posição faz-me lembrar o sectarismo do Partido Comunista alemão durante a República de Weimar em relação ao PSD alemão, considerado o inimigo principal, “traidor” ao tal genuíno socialismo, etc. etc. Sabemos onde isso acabou.
«É preciso perceber isso: só há uma Esquerda; só há um Socialismo.», diz Você. Há muito que não via declaração tão sectária e tão... “teológica”!
É claro que o PS não é socialista nesse sentido. Nem nunca foi (salvo alguma retórica trotskista em 1974-75). Também não pretende que o é. E ninguém pensa que o é. Ninguém está à espera que o PS instaure a socialização dos meios de produção e a autogestão da economia. Portanto, o PS não engana ninguém. Se advogasse o tal “único socialismo” (o genuíno, o da Bayer...), ele teria tanto apoio popular como o PCP (que aliás é provavelmente tão pouco comunista como o PS, socialista).
Parece que vamos ter de nos separar com as nossas diferenças, que são abissais. De facto não falamos a mesma linguagem. Eu sou um simples intelectual típico da 2ª metade do século passado, que leu o seu Marx, o seu Gramsci e o seu Lenine, que militou no PCP sem ser “comunista”, que ainda antes da queda do muro de Berlim deixou de acreditar nas utopias salvíficas, que se mantém desde há muito sem filiação partidária, que se considera de “esquerda democrática”, que acha que a democracia liberal e a economia de mercado não têm alternativa, que luta pela diminuição dos privilégios, por mais igualdade, por mais direitos dos trabalhadores, por mais justiça social, por mais participação popular, e que ainda acha que vale a pena preferir Kerry a Bush, Zapatero a Aznar, Sócrates a Santana, etc..
Portanto, na sua definição, não sou “socialista” nem de “esquerda”; pelo contrário, sinto-me longe de tal socialismo e de tal esquerda. Claramente não pertencemos ao mesmo mundo. Obrigado, em todo o caso, por me ter feito lembrar que o seu ainda existe...
Desejo-lhe felicidades pessoais e profissionais.
VitalM
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Vital Moreira, professor
Faculdade de Direito, Universidade de Coimbra / Law School, University of Coimbra
Pátio da Universidade, 3004-545 COIMBRA (Portugal)
E-mail address: vitalm@ci.uc.pt
Weblog: http://www.causa-nossa.blogspot.com/
"O farol é a vida; o paraíso pode esperar" (graffito num farol de Veneza).
Claro. O resto, é social-democracia ou democracia-social ou ainda socialismo-democrático. Tudo o mesmo.
As diferenças cosméticas, entre o PS e o PSD e até o CDS, por cá, vêem-se apenas nas figuras que compõem os respectivos ramalhetes.
Todos acreditam no mesmo: democracia ocidental, economia de mercado, pluripartidarismo com tendência para o bipartidarismo, segurança social, privatização ou estatização da economia, sem tocar no núcleo essencial dos meios e modos de produção.
É esta a essência desses partidos. Para quê inventar uma Esquerda inexistente e uma Direita que não se enxerga?
Para um único fito: enganar papalvos e conquistar o poder. Só isso.
E é este núcleo vital do sistema partidário que controla e manipula sindicatos e meios de informação,ou seja propaganda não explícita.
Como são eles que produzem a legislação,controlam as forças policiais,as prioridades de investigação,etc.
Assim podem fundir-se,cindir-se,etc,nada de substancial mudará.
Acontece que a aludida fusão retiraria espaço a muitos figurões,pelo que não a tenho como possível.