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Idoso em poça de sangue no chão do hospital

Portugal Diário

2008/01/22 | 18:30

Família encontrou-o com a maca por cima. Morreu três dias depois

Familiares de um reformado de 75 anos acusam o Hospital de Aveiro de o ter «abandonado num corredor da urgência», onde o foram encontrar caído «numa poça de sangue» com a maca por cima. A administração admite a queda mas diz que o atendimento foi o adequado. O idoso viria a morrer três dias depois do incidente nos Hospitais da Universidade de Coimbra, para onde foi transferido.

O Hospital de Aveiro garante que o doente em causa «foi observado pelo médico 20 minutos depois» da triagem com a cor amarela, pelo processo de Manchester, embora admita que o doente terá caído da maca e justifique a transferência para Coimbra devido ao agravamento do seu estado clínico.
Manuel Dias da Silva foi transportado à urgência do Hospital de Aveiro pelos Bombeiros de Estarreja, de sábado para domingo.

Segundo uma sobrinha, Carminda Moutela, o idoso deu ali entrada cerca da 01:00 da manhã na urgência e recebeu a pulseira amarela na triagem de Manchester. De acordo com o relato feito à Lusa por Carminda Moutela, perante a demora, por volta das 05:00 a família procurou inteirar-se do seu estado, tendo sido informada de que «devia estar a fazer exames». Às 06:00, atendendo a que não se encontrava o segurança, a mulher do idoso «irrompeu pela porta da urgência e foi dar com ele caído no chão num corredor, envolto numa poça de sangue e com a maca tombada sobre ele», contou a sobrinha.

«A minha tia entrou em pânico aos gritos e aí é que apareceram médicos e enfermeiros que o levaram para dentro e transferiram-no para Coimbra em coma profundo, onde veio a falecer segunda-feira, pelas 19:30», relatou a mesma fonte. «Estava ainda na maca em que o puseram quando chegou na ambulância e nem soro lhe tinham dado, pelo que tudo indica que não foi visto por médico nenhum desde a 01:00 até a minha tia dar com ele naquele estado», acrescentou Carminda Moutela.

Manuel Dias da Silva, residente em Santo Amaro, havia primeiro recorrido ao Hospital de Estarreja (uma das urgências que está prevista encerrar), de onde foi encaminhado numa ambulância pelos Bombeiros de Estarreja para o Hospital de Aveiro. Fonte da administração do Hospital confirmou à Lusa a admissão do doente naquela madrugada, mas os registos hospitalares indicam que foi feita a inscrição às 02:47 e a triagem às 2:52, recebendo a cor amarela.

«Vinte minutos depois foi observado pelo médico e foram pedidos exames e prescrita a terapêutica, tendo-se mantido calmo. Às 07:00 terá caído da maca, possivelmente ao tentar levantar-se, e foi nessa altura que a familiar o terá visto», disse à Lusa a mesma fonte. De acordo com os esclarecimentos do Hospital, «foram feitos exames imediatos e uma TAC que demonstraram que não havia qualquer traumatismo».

«A decisão de transferir o doente para Coimbra, (onde veio a falecer), foi tomada devido ao agravamento do seu estado», elucidou a mesma fonte.


era 'velho', pobre, sem amigos importantes...

Publicado por Manuel 19:13:00  

11 Comments:

  1. Tino said...
    Perante factos como este, que se repetem diariamente, as palavras de Vital Moreira revelam o seu habitual (des)acerto...

    "A diminuição da oferta não se traduziu em nenhum défice ou degradação do serviço público [de saúde], pelo contrário" Vital Moreira, Público, 22/01/2008)
    José Senra said...
    A saúde em Portugal está um caos.Nas urgências quem não conseguir ter médicos amigos, vai para as macas. Depois, bom depois, tudo pode acontecer.Em faro por exemplo, doentes de patologias simples, aguardam lado a lado com doentes infecto contagiosos, mas mesmo assim pagam a taxa e nem resmungam.
    Pobre país, em que cada vez se ganha menos e temos serviços essenciais, pagos a preços de países nórdicos, mas onde morremos sózinhos com uma maca por cima de nós.
    Mas este Ministro Começou a revolução na Saúde pelo fim...
    rb said...
    É incrível como só a partir de agora começaram a morrer idosos e bebés nos hospitais. Até onde vai o populismo demagógico ...
    zazie said...
    É incrível. Como sempre morreram bebés e idosos em hospitais mas agora o governo "é dos nossos" já não se pode falar nisso.
    Até onde vai o facciosismo demagógico...
    rb said...
    Falar pode, utilizá-lo como arma de arremesso político é que é um bocadinho triste, mesmo quando o governo que não é "dos vossos".
    Laoconte said...
    Imagina que desta vez se instaura um inguérito para apurar, a sério, as responsabilidades.
    Seria o fim de Portugal, não?
    zazie said...
    ó tolinho de Atento, e onde é que está a arma de arremesso a não ser nas suas paranóias socialistas?

    Acaso quem é responsável por esta incúria é socialista? sabe v. se os médicos e enfermeiros que se marimbaram eram militantes do partido ou membros do governo, para achar que noticiar este caso é populismo?

    Cure-se. Tire uma das viseiras uma vez por semana, pelo menos. Faça um esforço. É que, de outro modo, não passa apenas por faccioso, também faz figura de urso.
    zazie said...
    E oiça lá, seu grande palerma: que vossos? onde é que eu tenho meus a defender como camisola contra a mais básica das justiças possíveis?

    Grande palerma!

    O único comentário que o Manel fez foi "era 'velho', pobre, sem amigos importantes..."

    E este sim, assino-o por baixo. Mas v.s é tão fanático e traste que até acha que se deve defender a injustiça sob pena de tocar no raio dos seus socialistas.

    Quem nem vinham ao caso. Porque ter amigos importantes que metam cunha quando se entra num hospital do Estado é a triste sina do nosso país, esteja quem estiver no poleiro.

    Percebeu, seu tosco?

    Ou v. é capaz de achar legítimo meter o lixo para debaixo do tapete e marimbar-se para casos destes porque as cunhas até podem ser dos "seus"?

    Diabo dos facciosos que nem vergonha têm na cara.
    zazie said...
    vendido. Tão vendido que até largou o nick quando o JPP o arrolou nos jornais. E passou logo a andar para aí a fazer o mesmo que fazia quando assinava como atento e a denunciar os que não largaram o nick.
    ehehehe
    zazie said...
    E pior. Aqui há tempo dei com o ex-Atento, feito r.b.- a dizer que nunca usou nick e a repetir o mesmo que o JPP lhe chamou, quando usava

    ahahahah

    O que vale é que isto é apenas html e para rir

    ":O)))
    albarquel said...
    É o país que temos. Se o sistema de saúde fosse bom ninguém recorria ao privado. Gostava de saber é para que servem as médias de 18 para entrar em medicina.

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