Vasco dixit
domingo, novembro 18, 2007
Vasco Pulido Valente, em entrevista à revista Única do Expresso, diz poucas coisas interessantes. Entre aquelas que vale a pena mencionar, contam-se:
“ Quando muito tenho influência. Poder é fazer ou impedir que outros o façam. Se quiserem uma metáfora, sou um chefe do estado-maior, não o comandante.”
“O Sócrates? É de uma pavorosa mediocridade. Pior: é um homem que tem uma linha de pensamento convencional. Que assenta em todos os lugares-comuns deste tempo e reproduz de uma maneira tosca esses mesmos lugares-comuns.”
“Estas coisas do ensino e da investigação, não levam a nada. Qualquer pessoa que tenha passado umas semanas numa genuína universidade não pode olhar para isto senão com tristeza.”
“Já li o Rio das Flores ( de Miguel Sousa Tavares). Não digo nada. Irá perceber em breve. (…) As pessoas em Portugal gozam de uma total impunidade. Escrevem um livro e se alguém vem dizer que o livro é mau, tentam intimidar. Disseste mal de mim? Então és bêbado! Ou mais sofisticado: és invejoso. Não percebem que se discute o livro e não quem o escreveu.”
“Não gosto dos Gato Fedorento. Social e politicamente, são neutros."
Publicado por josé 21:54:00
Mas eu tenho um "álibi" que não deixa dúvidas, enquanto ele...
Foi um prazer, José, ter passado por aqui bastas vezes. Mesmo que não tivesse dito nada.
Ás vezes, muitas vezes, percebo-o, confesso. Ora vejam porquê, só por exemplo: http://setevidascomoosgatos.blogspot.com/2007/11/quem-nunca-comeu-em-hotis-que-atire.html
A título de exemplo, é injusta a acusação de que social e politicamente os Gatos são neutros. Se calhar VPV nem se dá ao cuidado de ver. A rábula que fizeram do MRS no referendo ao aborto teve mais efeito do que a maioria dos argumentos dos que eram a favor. E ainda no último programa fizeram uma a propósito da intenção de despedimento do JRS corajosa e politica e socialmente interventiva.
Já em relação ao Sócrates é pura obecessão.
Não é por acaso que são vistos pelo primeiro ministro como bons rapazes, inofensivos. Et pour cause...
O que é que o José queria, que os GF fossem tão espirituosos quanto aqui a GL?
Não existe possibilidade de humor politicamente correcto. E eles são. Quando não o são também não vão mais longe que uma imitação de segunda do non-sense britânico.
De resto têm essa ligação política demasiado à vista, demasiado pedagógica para poder sair do previsível.
ehehe
Repeti-o. É isso mesmo. Fazer humor é muito difícil. O Herman chegou a ser um grande humorista mas também acabou.
Mesmo aquela imitação em relação ao aborto, foi encomenda, foi tomar partido pela propaganda oficiosa. E não conseguiu ir mais longe que uma boa imitação.
Ora humor não é apenas imitação. Para isso temos os ventríloquos.
Além do mais, são uns trafulhas que pirateiam o trabalho alheio. O que já foi feito por outros.