Os bailarinos da Rosa
sexta-feira, novembro 16, 2007
Quando foi questionado pelo advogado de Carlos Cruz, Sá Fernandes, Pedroso recordou a primeira vez que se falou da sua ligação ao processo. Foi dois meses antes de ser detido (final de Maio), após a mulher de Ferro Rodrigues ter ouvido um colega de trabalho, no Ministério da Economia, dizer que queriam «tramá-los». Na altura, não ligou e até se riu, contou em tribunal.
Depois é o seu colega de partido, Simões de Almeida, que o avisa dos comentários feitos por um magistrado, Trigo Mesquita, sobre o processo: «O Pedroso não escapa e o Ferrinho também não», recorda. Só então achou que podia ser sério e enviou uma carta pedindo acesso aos autos na tentativa de «saber o que se estava a passar».
O ex-deputado socialista confirmou ainda a existência de uma reunião entre Ferro Rodrigues e Saldanha Sanches, no Largo do Rato, a pedido deste último. Aí, o então secretário-geral do PS foi informado de que o seu nome constava no processo, tal como o nome de outros socialistas.
No entanto, Pedroso garantiu desconhecer como as referidas pessoas tiveram acesso a dados da investigação quando esta ainda estava em segredo de justiça.
O advogado das vítimas, Miguel Matias, fez questão de referir que os processos levantados pelo ex-deputado aos jovens que referiram o seu nome não levaram, até ao momento, «a nenhuma acusação» e em todos a decisão foi de «não pronúncia».
Esta notícia do Portugal Diário, confirma e retoma velhas notícias sobre o que se passou no PS, partido então de oposição, quando algumas figuras do partido, mormente o Secretário- Geral Ferro Rodrigues e um deputado notável, Paulo Pedroso, foram indicados como suspeitos no processo em causa ou de alguma forma com ele relacionados.
Atenta a natureza dos factos em questão- abuso sexual de crianças da Casa Pia, numa época em que tal passava sem alarido de maior e com uma moldura penal ridícula, fruto do entendimento do tempo- e tendo em conta a especial delicadeza do assunto, que envolvia figuras públicas bem conhecidas e até estimadas, tudo aconselharia a uma prudência de actuação, principalmente por um motivo bem prosaico: nestas matérias da intimidade sexual, ninguém pode pôr as mãos no fogo por ninguém. Também precisamente por causa disso, o esforço para se entender a presunção de inocência, é um dever acrescido. Mas…atenção! Quando se sabe que foram várias crianças a depor, havendo indícios de que pode haver fogo com o pouco fumo à vista, manda também a prudência que não se transforme a presunção de inocência em atestado de inocência absoluta, só porque os envolvidos são nossos correligionários, amigos ou conhecidos. Quando tal acontece, o princípio da presunção de inocência, não só com incidência processual penal, mas principalmente o que resulta do real benefício da dúvida a conceder a pessoas que não conhecemos, não sabemos os hábitos e nem sabemos sequer as reais tendências sexuais, sai completamente arrasado em favor da presunção de existência de uma cabala contra a inocência presumida de modo absoluto.
É por isso extraordinário que Saldanha Sanches, jurista, professor, pessoa séria e competente, casado com uma magistrada de alto coturno em matéria penal e experiente nessa área, tenha feito a figura que fez e agora volta a ser notícia.
Pode perguntar-se legitimamente se a fez por ser amigo de quem era- e compreende-se que tenha dado a solidariedade e até a indignação derivada da presunção de inocência absoluta daí derivada. Pode ainda perguntar-se por que razão tomou a iniciativa de ir pessoalmente à sede do PS e aí falar do assunto com o visado, presumivelmente ainda não sabedor de coisa alguma. Aí, já se pode também perguntar se a razão para tal foi estritamente pessoal ou também política. Sim, política.
Ferro Rodrigues, era então Secretário-Geral do partido da oposição, potencial candidato a primeiro ministro e estaria agora no lugar de Sócrates. O escândalo surgido, cortou-lhe as veleidades para tal e nem sou original a escrevê-lo porque José Miguel Júdice ( outro que se viu envolvido na troca de informações confidenciais) já o fez. E muitas pessoas, suspeitando-se que até um inteiro partido – o BE- nunca perdoaram a quem investigou os factos, a consequência desastrosa para um futuro mais radioso num futuro governo à esquerda, já anunciado e esperado com a ânsia de quem nunca lá esteve.
Se concluirmos que a razão para essa audiência privada de Saldanha Sanches com Ferro Rodrigues, a pedido daquele, na sede do PS, para falarem de assuntos relacionados com o processo Casa Pia e para que aquele comunicasse a este, factos em estrito segredo de justiça, então o caso muda de figura, completamente.
Muda, porque foi exactamente nesse campo político ( para além do penal) que o caldo se entornou. Há registos áudio e até vídeo que demonstram que altas personalidades do PS e de outras áreas políticas e não só, procuraram minorar os estragos, com contactos directos com a as mais altas instâncias do poder do Ministério Público, a fim de parar os procedimentos e de algum modo, condicionar a investigação. Chama-se a isso, em linguagem jurídica e até corrente, perturbar a investigação criminal, de forma grave, provavelmente a mais grave que pode haver: pressionar a entidade investigadora, para abandonar a investigação. A prática, além de celerada e tipicamente mafiosa, é condenável pelo direito português. O PS nunca perdoou a Souto Moura por causa disto, e é bom que se diga e se rediga, em abono da verdade que nunca será reconhecida, mas não o deixa de ser por isso mesmo.
Quem vê actualmente os mentores dessas manobras, publicamente conhecidas e repara nos lugares que ocupam e onde estão, só pode ter um reflexo de vergonha e uma náusea pela falta dela.
Para além disso, os aspectos criminais do caso, envolvendo os referidos indivíduos, foram resolvidos a contento do princípio da presunção de inocência. Processualmente, cumpriu-se a lei que permite agora que os mesmos, se comportem como pessoas livres de um processo que ainda não acabou.
Mas ainda para além disso, subsiste outro facto importante, relevante e incontornável: a ausência de prova indiciária não equivale a um atestado de inocência plena. O não julgamento dos factos indiciados, não permitiu a prova da inocência, mas também não indicia culpabilidade. Os suspeitos, nestes casos, caem num limbo que é fatal se estiverem mesmo inocentes.
Infelizmente, para os visados, nunca poderão afastar as dúvidas que se levantaram, levantam e continuarão a levantar. Catalina Pestana, numa entrevista recente, disse a propósito de um deles, precisamente o deputado Paulo Pedroso que no início acreditava na sua inocência, mas depois deixou de acreditar. Catalina Pestana, tem a vantagem, sobre os demais que atestam inocências e também culpabilidades, cabalas e outras coisas mais, o facto de ter falado com as vítimas dos crimes. Vítimas, sim, porque é esse o estatuto processual dos ofendidos. Falou, ouviu, acreditou e julgou na sua consciência. E falou. E o que disse, pode não ser a verdade absoluta, mas é certamente a sua verdade. Ninguém é obrigado a acreditar nela, mas deve também ponderar a sua plausibilidade e coerência.
Sendo assim, as dúvidas acerca da inocência dos suspeitos, não irão acabar, mesmo com toda a boa vontade acerca da presunção de inocência que actualmente já nem sequer é processual, mas apenas de boa intenção a benefício dessa dúvida.
Pode argumentar-se que no caso de inocentes, estes suspeitos viram a sua vida estragada, os seus projectos falhados e o seu futuro comprometido. Pode, pois pode.
Mas há coisas que são como são e nada mais há a fazer. A teoria da cabala, sustentada por luminárias do PS como a lírica Ana Gomes, já foi desmentida por Rui Pereira, actual ministro do governo e que ajudou a refazer as leis penais, à medida das exigências derivadas dos acontecimentos no processo que envolveu camaradas seus.
Assim, resta a real politik de se entender as coisas como elas devem ser entendidas, sem moralismos ou revanchismos. Isso no campo político e da política.
A questão política suscitada com estas suspeitas graves que incidiram sobre responsáveis do PS, só pode ser resolvida de uma maneira: o afastamento de cargos públicos, dos envolvidos. Definitivamente. Mesmo inocentes, a responsabilidade política de um partido, não pode ficar manchada com a suspeita que se instalou no sentido de proteger suspeitos de crimes socialmente entendidos como graves, mesmo se estes estiverem realmente inocentes- o que, aliás, só eles mesmos o sabem.
Na política, está quem quer e os lugares são de eleição e escolha também. A política é uma actividade rotativa e de alternância,
O caso Casa Pia, parece ser um caso mais importante, mais grave e mais profundo do que o caso dos ballets Rose que assolou o regime de Salazar e que estou foi capaz de controlar, afastando os envolvidos das áreas do poder, mesmo sem alarido público. A moralidade, porém, já não é bem o que era, o que não deixa de ser de uma ironia espantosa. Espantosa, mesmo.
Publicado por josé 15:55:00
Pois é. E já tinha pensado no mesmo há mais tempo, sem saber deste detalhe.
Há porcarias onde ninguém se deve meter por nenhuma razão. Se se mete...
E isto serve para os mesmos que apareceram no retrato, à espera do Pedroso, para o levar em braços até à Assembleia.
E foi mesmo assim, como comentei em directo no velho Pastilhas.
Também não estranhei quando mais tarde apareceu a carregar o outro às costas e nem achei absolutamente impensável e descabido que o retrato também fizesse parte da lista.
Quem não tem boca própria só declara o que lhe mandam declarar. Sabendo-se quem é o dono e quem tinha de estar a par do mesmo que ele leu... foi só esperar.
Mas o caso do SS é mais estranho, se for verdade. Porque esse não era militante do PS, não precisava de dar cobertura a ninguém.
PS Bem, pelo menos estão bem na vida. Que eles não largaram as "tralhas" marxistas a troco de nada. O Costa e o Vieira são bons amigos e ainda por cima poderosos e ricos.
Esta questão é bem mais importante que meras bocas de quem não sabe absolutamente nada do percurso político de ninguém.
Além do mais o que v. colocou em causa foi:
1- a competência do primeiro
2- a notoridade do segundo
Acabou pro confimar (como era absolutamente óbvio, a notoriade da MJM) e mandou uma boca à falta de competência académica do primeiro, acerca da qual também não sabe nada.
Se este caso é importante é precisamente por mostrar indícios de compromissos que nem eram conhecidos na altura.
Além do mais, a gravidade da questão, a aesr comprovada, recai em cima de um partido do governo e por isso é que ultrapassa as meras cusquices de "percuros políticos".
Se concluirmos que a razão para essa audiência privada de Saldanha Sanches com Ferro Rodrigues, a pedido daquele, na sede do PS, para falarem de assuntos relacionados com o processo Casa Pia e para que aquele comunicasse a este, factos em estrito segredo de justiça, então o caso muda de figura, completamente.
V. mandou uma boca sem sustentação, armou-se aos cágados a dizer que a MJM nem era figura conhecida ou que o SS não tinha saber na matéria.
Foi apenas isto. Não é preciso facciosismo nem distorção da realidade para se saber retirar as conclusões necessárias.
V. foi apenas estúpido e escusa de querer englobar-me na sua estupidez natural.
Por aqui, na GL não há gosto por inventonas nem partidarites, daí que o José tenha tido o cuidado de não fazer palhaçada tendenciosa com o que não sabe.
Se v. sabe, conte-a. Se não sabe, cale-se.
E ainda menos percebo o que é que esse seu conhecimento privado serve para a questão política da história.
Que raio de credibilidade é que acha que se pode retirar de uma afirmação de um "luis" igual a milhões de luíses por esse mundo fora que escreve que a Maria José Morgado não é personagem de "alto coturno" e especialista em matéria criminal, ou que o Saldanha Sanches é um ignorante na sua área.
É capaz de explicar ao mundo?
Acha que se defende ou ataca alguma coisa com este tipo de conversa de "homem do talho"?
V. falou do passado com os dados do presente. Mais nada. Isso qualquer um faz, nem precisa de ser rigoroso, basta dizer que já adivinhava na altura.
Foi mesmo só por reactiva aquela boca parva de eu estar a defender quem quer que fosse.
É tipo de conversa para que não tenho pachorra. Essa e a dos "conhecimentos privados e toda a verdade que eu sei mas não digo".
Nesta treta limitei-me a fazer contas na altura apenas à custa daquela entrevista na tv que mencionei.
Mais nada. A haver ligeira antecipação foi por aí. Mas mesmo nesse caso foi mera suspeita. Qualquer pessoa a podia fazer.
Ninguém se lembra de detalhes de contas de um relatório e esquece uma denúncia de práticas pedófilas, em que o próprio director não fez nada. Se tapa, é porque lhe mandaram tapar. O resto é só somar.
Antes de mais nada, permita-me que o felicite por este texto tão bem escrito, tão bem pensado, tão extraordinariamente corajoso.
Já estamos habituados à sua frontalidade e à sua coragem, mas ainda assim consegue sempre surpreender positivamente.
De facto, o José remete para uma questão que não tem sido muito ponderada : se certas pessoas ficaram juridicamente desresponsabilizadas, que preço pagarão em termos de credibilidade pública ?
Quantos Portugueses não pensarão como Catalina ?
E como demonstrarão os visados que pensam mal?
Talvez das figuras públicas, com responsabilidades e aspirações de futuro políticas, seja de esperar que provem o que juridicamente apenas se presume em função de determinadas regras probatórias.
Ou terão certamente que pagar política e socialmente o preço da dúvida que juridicamente os inocenta.
É que relativamente a quem comanda de alguma forma os destino de um Povo, não devem restar dúvidas...
***
À Zazie, sempre extraordinária, um abraço.
***
Ao Luís : que bem " aguentou " o "furacão cheio de graça" chamado Zazie...
Um beijinho a todos
Maria
«A notícia de hoje do Sol é que se limitou a meias-palavras. Não percebo se é necessário esconderem-se nomes de figuras do poder que se diz estarem de novo envolvidas.»
Não achas estranho? Porquê esconder, na óptica do jornalista/editor/director/etc uma bomba tão bem fundamentada como esta, aparentemente cheia de trunfos na manga?
Felícia Pestana? Catalina Cabrita? Ou Fátima Pinheiro Júlia Lopes Goucha nas manhãs da TV?
Faço uma aposta contigo, coisa privada, de quem não lê o futuro: palpita-me que a próxima 'leva' de barróns virá do 'mundo artístico'; e com tal brilho que ninguém mais da área política vai ter espaço nas páginas dos 24Horas da nossa comunicação social. Apostas ou ateimas?
Quanto ao tolo aquilatar de S.Sanches e M.J.Morgado, estou contigo nos pinotes. Há disparates que em nada ajudam a esta discussão. Por isso é que ela deu no que deu, vai para 3 anos (ou já passa?)
Na, acompanhei o suficente este caso para me engrominarem. Estou é mais perto do que o VPV disse no início- aquilo devia ter sido fechado para desinfecção de alto a baixo.
Não foi, safaram-se os mais poderosos, e agora sentem-se nas 7 quintas para continuar o velho hábito.
Quanto aos nomes dos artistas também fico à espera. Porque processo a 2 internos já existe, e esse não é cabala nem lhe faltam os nomes. E o motivo é o mesmo- a pedofilia não foram eles que a praticaram lá dentro. foi a que deixaram que fosse feita por fora.
Quanto ao resto, se houve ajuda a sacar informação em segredo de justiça, a pedido de líder político é caso para o mesmo. E isto é que são factos que dispensam charges revisteiras. Ou aconteceu ou não aconteceu. Não há mais nada pelo meio.
sopa nas cabalinhas, amiga, que eu tenho a banca de vendas fechada e estou tão pouco comprador como tu de disparates avulso.
fazes bem em não confundir o processo deste caso com o caso deste processo. Mas, a bem da inteligência, não descartes tão rapidamente a mera hipótese de Catalina, com o barulho das luzes, ter acrescentado alguma confusão ao jornalismo com as suas declarações.
Quanto aos poderosos é o que é e sem mistério, que o ballet mantém-se rosa. Ligeiramente mais choque, apenas. What's new?
ño tempo de salazar tinham sido afastados? tens a certeza que sabes bem o que foi o caso (ou processo, como queiras) ballets rose, ou só viste o moita flores na rtp? afastados foram os microfones, isso sim, e a felicia cabrita ainda não tinha visto o SOL.
De resto, se mandei calar o Luís foi precisamente por não gostar de conversa de talho- conversa de talho é essa- que deve ter acrescentado alguma coisa. Tu lá sabes porque é que ela deve ter acrescentado e os acusados não devem ter retirado nem escapado à prova dos 9º- irem a julgamento e cara na cara serem acusados de novo, pelos que denunciaram ou serem ilibados. Foi disto que se escapou com mãozinha do poder. E essa mãozinha do poder partidário é que devia ter caído. Mais nada.
O resto estou-me nas tintas para tricas à volta da Felícia. Para quê escapar para o corriqueiro quando tens factos e mais factos de poder que não são incontornáveis.
Agora se a puta da democracia também é nome que serve para lavar a falta de vergonha não só do poder como das camisolas, mal vamos nós. Mal vamos nós, os que não vamos à boleia- a maioria dos portugueses.
http://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/2007/11/o-meu-rio-das-flores-chama-se-organon-e.html#links
mais uma vez para limpar dúvidas (que não vejo como possam existir):
«Foi disto que se escapou com mãozinha do poder. E essa mãozinha do poder partidário é que devia ter caído.» estamos totalmente de acordo.
«bem da inteligência, não descartes tão rapidamente a mera hipótese do PS e dos implicados, com o barulho das luzes, terem acrescentado muita confusão ao jornalismo controlado, com as suas declarações e feito passar o que bem lhes interessa» ainda estamos mais de acordo.
Agora: conversa de talho é dizer
a)«Foram afastados como era afastado tudo o que provocasse dano», o que é factualmente falso (dois dos principais implicados continuaram nos mesmos cargos políticos, sem mexida, e dos restantes do círculo do poder só um, repito, só um, caiu em desgraça total).
b)«nunca no tempo de Salazar havia este desplante» vá lá, vá lá, zazie... então?
c)tricas? não faço, acredita. o que disse não tem nada a ver com a pessoa felícia. tem a ver com critérios editoriais de chefia de redacção e direcção, isso sim. é que é difícil escrever sobre a beira da estrada, mas a estrada da beira já pode ser notícia.
E nada disto, evidentemente, mudará a verdade, seja ela qual for. Só nos deixa mais confusos a nós, e mais protegidos os culpados.
É o resultado prático da contra-informação.
Quanto ao tempo de Salazar creio que se percebe o que eu queria dizer. As coisas eram abafadas porque também se seguia o lema do que parece é.
Agora barafustam quando não são abafadas como estavam à espera, e ainda conseguem o prodígio de diluir a própria noção de ética na prestação do poder e do serviço público.
À tabela, é o próprio critério geral dos cidadãos que também se vai diluindo com a banalização do que devia ser caso para vergonha.
Já para não falar do avanço sobre a justiça que se quer cada vez mais controlada pelo poder político.
Onde é que estão as garantias que pode haver uma investigação livre e que todos são iguais perante a lei?
Não devia ser para isso que serve uma democracia?
Acho que basta e nem serve para comparar com passado, serve para confrontar com o presente em qualquer outro país civilizado.
por falar em civilização e casa pia, espreita aqui:
http://setevidascomoosgatos.blogspot.com/2007/11/coutada-do-macho-saudita.html
por falar em civilização e casa pia, espreita aqui:
http://setevidascomoosgatos.blogspot.com/2007/11/coutada-do-macho-saudita.html
espreita só uma.
Aquilo era lixo puro e daí o destino depois de anos a ganhar ácaros..
O que me preocupa como cidadão, já apelidado de extremista por um ex-extremista(dá-me um certo gozo usar as armas dos ditos...)é ver o nosso terceiro pilar da democracia ser usado partidáriamente.PGR e JUÍZES.E que se não alinham cai-lhes o Carmo e Trindade em cima como ao Souto Moura.
Uma coisa me parece, deste covil da serpente: a direita está FEITA porque quando alguém MEXE, parece que alguém vai ao "menú" ver o que existe sobre ele e depois as parangonas nos jornais a dizer que os "vícios" estão a ser "combatidos"... metendo o incauto na "merda", através da apartidária "justiça"...
Ou tomam medidas que garantam um rigoroso controlo do apartidarismo da justiça ou qualquer dia estamos na Sicilia... com "vendettas" servidas sofisticadamente.
Diga-se em abono da verdade que tal táctica tanto serve para atacar o adversário como para "defesa" dos "amigos" que como se sabe merecem"tudo"...
O que estarnho é que na esquerda nada se perde , tudo se transforma e recicla.Como o douto Saldanha Sanches.
De facto um povo que dá votos a fulanos que deveriam estar presos pelas merdas que fizeram nem merece melhor destino do que serem escravos de alguém.Até de ex-inimigos!
Aquilo era lixo puro e daí o destino depois de anos a ganhar ácaros..
O que me preocupa como cidadão, já apelidado de extremista por um ex-extremista(dá-me um certo gozo usar as armas dos ditos...)é ver o nosso terceiro pilar da democracia ser usado partidáriamente.PGR e JUÍZES.E que se não alinham cai-lhes o Carmo e Trindade em cima como ao Souto Moura.
Uma coisa me parece, deste covil da serpente: a direita está FEITA porque quando alguém MEXE, parece que alguém vai ao "menú" ver o que existe sobre ele e depois as parangonas nos jornais a dizer que os "vícios" estão a ser "combatidos"... metendo o incauto na "merda", através da apartidária "justiça"...
Ou tomam medidas que garantam um rigoroso controlo do apartidarismo da justiça ou qualquer dia estamos na Sicilia... com "vendettas" servidas sofisticadamente.
Diga-se em abono da verdade que tal táctica tanto serve para atacar o adversário como para "defesa" dos "amigos" que como se sabe merecem"tudo"...
O que estarnho é que na esquerda nada se perde , tudo se transforma e recicla.Como o douto Saldanha Sanches.
De facto um povo que dá votos a fulanos que deveriam estar presos pelas merdas que fizeram nem merece melhor destino do que serem escravos de alguém.Até de ex-inimigos!
quer ver o rosto do seu terceiro pilar da democracia, limpo de toda a maquilhagem partidária? espreite aqui e veja um retrato acabado da justiça nacional.
http://setevidascomoosgatos.blogspot.com/2007/11/quem-nunca-comeu-em-hotis-que-atire.html
Rui Araújo era correspondente da Le Point, na altura em que se falou numa tal Catherine Deneuve.
Suponho estar correcto nesta informação que diz muito acerca da isenção e jornalismo.
e isso quer dizer exactamente...?
Fica no ar a suspeita de que alguém o terá feito para contrabalançar estragos de outros lados...e isso não me parece admissível porque um jornalista tem deveres que não passam pela luta política empenhada, usando meios no mínimo, duvidosos.
Claro que tudo isto se passa no domínio hipotético dos "ses": se foi ele; se foi assim; se houve esse propósito, etc etc.
Por isso, a explicação será devida, a meu ver.
«Claro que tudo isto se passa no domínio hipotético dos "ses": se foi ele; se foi assim; se houve esse propósito, etc etc.
Por isso, a explicação será devida, a meu ver.»
já pensou o que seria um mundo com direito a uma explicação obrigatória por cada 'se' facultativo?
No entanto, não consigo passar sem alguma perplexidade ao ler isto que se me depara logo no Google quando se digitam as palavras Le point rui araújo catherine deneuve.
Aqui
li. mais 'ses', na minha opinião, em português e em francês. nem um facto. só bocas e mais bocas que geram bocas e mais bocas até ninguém mais saber o chão que pisa. ou seja: casa pia no seu melhor.
não confunda o que eu digo com defesa ou ataque. entenda como reflexão, a meu ver, a segunda coisa mais necessária no caso casa pia. a primeira? vergonha, claro.
E há um facto: Rui Araújo era correspondente da revista. Foi-lhe atribuido o artigo e nunca vi nenhum desmentido formal.
É só isso. Também não vou mais longe do que isto. Mas não esqueço isto, claro- e que já é muito.
Joaquina Madeira e a Fundação D. Pedro IV:
Segurança Social entregou lar de idosos a Fundação cuja extinção tinha sido proposta pela Inspecção-Geral
Presidente da comissão instaladora da Casa Pia tinha ligações ao universo da polémica Fundação D. Pedro IV e tomou a iniciativa quando integrava a direcção do Instituto da Solidariedade e Segurança Social
Antiga dirigente da Segurança Social reconhece que foi ela quem propôs a fundação e diz que o fez por esta ser gerida com "profissionalismo e sentido social".
Ex-directora-geral esteve ilegalmente no conselho fiscal
in, Jornal Público, 20/Maio/2006