Inequivocamente: a greve dos juízes.

França: os juízes fazem greve no dia 29 de Novembro. Por causa de quê? Da novo mapa judiciário, voilà! E esperam que os advogados se associem...

E por cá? Por cá, bem... por cá, certos juízes acham mal/bem que o sindicado do MP tenha publicamente apoiado a greve da função pública, no próximo dia 30...pois isso só prova o seu carácter de entidade administrativa! O que os juízes- credo!- não são, nunca foram e nunca serão. Mesmo que sejam geridos e disciplinados, por uma, como é o CSM!

Em França, terra de Montesquieu, que pensou o princípio da separação de poderes, influenciando politicamente os séculos a vir, os juízes não têm medo de ser órgãos de soberania, mas também sujeitos de direitos de associação sindical, com direito a greve.

Será que os juízes franceses são menos órgãos de soberania ou menos independentes que os portugueses?

Publicado por josé 16:41:00  

3 Comments:

  1. verbojuridico.net said...
    Caro José:

    Não sei por que continua a interpelar-me, na medida em que nunca manifestei publicamente a minha opinião a propósito desta questão e não será aqui que o farei.

    A minha conduta perante os magistrados do Ministério Público fala mais alto que qualquer palavra que a esse propósito poderia tecer. Informe-se e conclua em conformidade.

    Sobre os argumentos de terceiros, apostos a título de comentários na In Verbis, sejam no sentido X ou Y não me vinculam nem significam necessariamente que com eles concorde.

    Apenas por uma questão de respeito pela liberdade de opinião, não posso ter outra atitude que não seja aceitar a sua publicação.

    Por isso lhe peço que não instrumentalize, nem o meu nome nem a In Verbis como estando a ser expressamente utilizado em prol de uma bandeira que nunca hasteei.

    Cumprimentos,
    Joel Pereira.
    josé said...
    Caro Joel Pereira:

    Fique descansado. Não pretendo instrumentalizar o seu nome, como aliás não o fiz, nem o volto a interpelar directamente, já que o não pretende.
    A única vez em que o fiz foi neste escrito, nutro postal, e com um significado e explicação bem claros:

    "O animador do blog, esforçado e sempre razoável nas intervenções, pouco tem a ver com o clima que se instalou no blog que é final uma revista virtual. Mas...torna-se deveras preocupante, ler o tom e o estilo das intervenções na sua maioria anónima, provindas de juízes ou que declaradamente assim se assumem. Alguns nem têm qualquer pejo em afirmar que é assim que todos pensam. Será, caro J.T.?"

    Como não respondeu, posso aceitar a sua posição agora expressa. O que não devo calar é a ignomínia constante que se vai destilando sobre o MP e os seus magistrados em alguns dos comentários que se podem ler a alguns dos seus postais na revista digital.
    E isso, não deve ficar silenciado, pelo que vou fazer um postal a propósito, tendo porém o cuidado de o distinguir desse grupo de anónimos que se intitulam juízes.

    Não me leve a mal, porque é a única forma de responder a determinadas questões e desisti de comentar na sua revista, por causa do clima instalado.
    Lembra-se da Câmara Corporativa? O clima é parecido. Não posso aceitar que um Conselheiro, ex inspector escreva o que vai escrevendo, e fique sem resposta. Não fica.

    Para si, os melhores cumprimentos, também e sem reservas.
    CPM said...
    No dia 24.11.2007, encontra-se um comentário assinado por “José” que se me refere e onde é afirmado que fui eu quem chamou “malandros, incapazes, incompetentes, os mais fracos, funcionários administrativos”, tendo-se dito também que Vital Moreira me “apodou de indigno da magistratura”.

    Ora, nem eu chamei aos magistrados do M.ª P.º esses nomes nem o Vital Moreira me dirigiu a expressão referida pelo José, com o contexto que este lhe quer atribuir sibilinamente, para não se sujeitar a um processo crime, pelo que o mesmo falta à verdade dos leitores do blog da “Grande Loja do Queijo Limiano”.

    E falando ele de indignidade, porque se trata de um procurador adjunto, com o dever da objectividade e da defesa da legalidade democrática, conclua-se pela dignidade deste seu gesto.

Post a Comment