Fátima tem um novo santuário
sexta-feira, outubro 12, 2007
Neste momento, decorre a procissão de velas, em Fátima. Muitas dezenas de milhar de pessoas, reunidas, com um simples propósito: a prática da sua religiosidade, em grupo e congregação.
Hoje, as imagens passam em directo, na RTP1. Amanhã, estarão nos jornais.
Para todos os laicistas, com o ateísmo à ilharga, aí fica uma lição. Em vão, certamente.
Publicado por josé 22:17:00
44 Comments:
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Onde já li a mesma coisa para fins vários ?Um só ajuste no conteúdo e nos fins, mas o resultado é o mesmíssimo.Aliás, só mesmo um País como Portugal para dar-se ao " luxo" de dispensar milhes de pessoas numa semana de trabalho para demonstrarem a fé peculiar que os faz tanto diferentes, e sempre iguais.( serão desempregados, ou empregados nas IPSS pagas por todos nós? )Parece, isso sim , que o Vaticano com o Bento XVI não vai nas medidas do santuário, e deixou a promoção para as viagens aéreas.
Tal como respeito os que vão à Kaaba.
Tal como os que vão ao muro em Jerusalém.
É tudo uma questão de entender que podemos não ter aparecido por cá, por obra e graça do acaso e da necessidade, como escrevia há uns anos jacques Monod.
Já agora porque é que a Câncio, o CAA, o professo Vital ainda não estão na Birmânia, a dar o seu apoio ao governo laico-militar, lutando contra a nojenta tentativa de tomada do poder pelos monges autocratas budistas.
Continuem a alimentar esses mentirosos, comedores de meninos, ladroes de dinheiro e mentes que fazem bem.
A religião (não só a católica) é o maior problema do mundo, e será que um tipo que escreve num blogue não percebe isso, ele pensa que foi deus que criou a net? Jesus o Windows? O diabo os vírus? Alá o Linux?.
Estes tipos só dão para rir mesmo.
LOL
O quanto não terão para obra social ...
o nada não existe. Existe?
É preciso respeitar a fé dos simples e dos complexos.
Os simples, andam de joelhos com as mãos debaixo ( o que aliás já nem acontece) porque sentem o sacrifício físico como uma espécie de redenção. O conceito é muito antido e os muçulmanos também o partilham. É por isso que se vêem fiéis a auto flagelarem-se até fazerem sangue.
Há depois a fé complexa que é a do Papa actual. Uma fé elaborada em conceitos que são interessantes para quem os ler.
Como o Deus em que ambos têm fé é o mesmo, julgo que a fé de uns e de outros, é idêntica. Exprime-se é de maneira diversa.
Fátima é isso mesmo. E quem diz Fátima, diz Lourdes, ou diz TIbete.
Eu sou crente de todas as religiões que supõem a existência de um Ser que nos criou.
Calhou de ter nascido aqui e por isso sou cristão e católico. Só por isso.
Seria menos se por acaso conseguissem provar-me aquilo que me dizem.
Como não conseguem, estamos no mesmíssimo plano de igualdade. Com uma diferença: os crentes, não costumam gozar com os não crentes. O inverso não é verdadeiro e isso faz a diferença que me autoriza a se pouco condescendente.
ehehe
Verdade que já li isto chapado. Não acreditam, acham-se superiormente inteligentes pelo facto, mas são seres tão frágeis que temem os malefícios da crença, mesmo os simbólicos.
free to think, to express my thoughts
free to live to my own ideal
free to live for myself and those I loved
free to use all my faculties, all my senses
free to spread imagination's wings
free to investigate, to guess and dream and hope
free to judge and determine for myself
free to reject all ignorant and cruel creeds, all the "inspired" books that savages have produced, and all the barbarous legends of the past
free from popes and priests
free from all the "called" and "set apart"
free from sanctified mistakes and holy lies
free from the fear of eternal pain
free from the winged monsters of night
free from devils, ghosts, and gods
For the first time I was free. There were no prohibited places in all the realms of my thought, no air, no space, where fancy could not spread her painted wings
no chains for my limbs
no lashes for my back
no fires for my flesh
no master's frown or threat
no following another's steps
no need to bow, or cringe, or crawl, or utter lying words.
I was free. I stood erect and fearlessly, joyously, faced all worlds. And then my heart was filled with gratitude, with thankfulness, and went out in love to all the heroes, the thinkers who gave their lives for the liberty of hand and brain
for the freedom of labor and thought
to those who fell on the fierce fields of war, to those who died in dungeons bound with chains
to those who proudly mounted scaffold's stairs
to those whose bones were crushed, whose flesh was scarred and torn
to those by fire consumed
to all the wise, the good, the brave of every land, whose thoughts and deeds have given freedom to the sons of men.
And I vowed to grasp the torch that they had held, and hold it high, that light might conquer darkness still."
Robert Green Ingersoll
Bonito, porra !
E Deus apareceu por obra e graça do acaso?
Ou quem criou Deus? Ou sempre existiu?
O argumento para a crença em Deus de que o Universo necessita de um "criador" é fraco: se este Universo complexo como é, necessita de uma criador que o tivesse desenhado, então esse criador seria necessariamente pelo menos tão complexo como a obra que criou. E sendo tão complexo, não necessita por sua vez de um criador que o tivesse criado?
As questões relativas à natureza do Universo são partilhadas por toda a gente, mas não é na religião que se encontram as possíveis respostas. É na ciência, que consegue ser tão recompensadora, satisfatória, misteriosa, bela e transcendente
como qualquer religião... Com a vantagem de ser verdadeira. :>
Como combatente da guerra civil americana, teve de obedecer a ordens dos comandantes; teve de suportar a prisão e ouvir a sentença: vais embora, mas se prometeres que não te metes noutra...
Ingersoll, morreu aos 65 anos de ataque de coração. Durante a vida notabilizou-se pelos discursos e pela palavra. Foi adepto do agnosticismo e humanismo.
Seria o que hoje é um mação.
Livre, Ingersoll?
Talvez- o de dizer o que pensava, mas nem tudo.
Exemplo, Ingersoll? Talvez, mas a Wikipedia não adianta muito sobre isso.
Por outro lado, a liberdade verdadeira é a de não se sentir subjugado. Ingersoll, seria livre?
Antes de mim, já Santo Agostinho o tentou.
Por mim, acredito apenas, por causa da minha sensibilidade e inteligência. Nada mais.
E respeito quem não acredita, sendo certo que nunca me provarão o seu ponto de vista.
Um poeta, como Ingersoll, é livre?
As tretas libertam?
A ideia que Deus também foi criado, não faz sentido, nesta lógica que parte assim do conceito que Deus é eterno e nós também, porque para Ele voltaremos de uma forma ou outra.
Não há outra base para a crença. Se não fosse essa a base, então qual havia de ser?
De uma forma ou outra? O que quer isto dizer? Em forma de almas em direcção a uma dimensão inatingível chamada de Paraíso? E este Deus eterno, qual a sua natureza, falando rigorosamente? É um Deus "omnipotente"* que consegue estar em todo o lado ao mesmo tempo e que provoca milagres consoante a sua vontade? Ou é um Deus mais discreto? Qual o seu papel no Universo que conhecemos?
Cientificamente, o que propõe é uma hipótese extraordinária...
É a única verdade que poderemos afirmar, com toda a certeza.
Este pó de estrelas que somos, veio de algum lado, ou será que o lado é um conceito relativo e a dimensão exacta nos escapa?
Pode uma formiga adivinhar o que pensamos sobre a mesma?
Einstein disse que Deus não jogava aos dados e quando o disse tinha um sentido preciso para a afirmação.
Há grandes cientistas crentes e outros não crentes.
So what?
I do not believe in a personal God and I have never denied this but have expressed it clearly. If something is in me which can be called religious then it is the unbounded admiration for the structure of the world so far as our science can reveal it. (Albert Einstein, 1954)
I believe in Spinoza's God who reveals himself in the orderly harmony of what exists, not in a God who concerns himself with the fates and actions of human beings. (Albert Einstein)
"Cientificamente não consigo explicar nada porque não sou cientista. Os cientistas, por outro lado, também não o conseguem."
Todos nós temos (ou deveríamos ter) uma curiosidade em saber como o Universo funciona, a ciência já respondeu a algumas coisas, a outras não. Com o passar do tempo iremos saber mais. Hmm.. A maior parte dos cientistas é não crente (pelo menos depois de Darwin). Relativamente a cientistas proeminentes a percentagem de crentes é bastante baixa.
Mesmo que isso fosse verdade,
retira-se daí o quê em relação a Deus?
Ele há cada um...
Ou vamos ter novos cultos a cientistas como os que se fizeram em relação a Newton?
Não disse e o que disse a propósito dos dados, revela uma humildade científica e uma noção de relatividade das crenças: podem estar certas ou erradas. Por isso mesmo é que são crenças.
O positivismo e a cientificidade, é o bezerro do nosso tempo.
P.S. O Miguel Bombarda era um louco perigoso. Coitado do Lombroso ao pé daquilo.
"...e uma noção de relatividade das crenças: podem estar certas ou erradas. Por isso mesmo é que são crenças. "
Mas as crenças de teor religioso/supersticioso são produto das épocas e das tradições: os deuses viking, os deuses romanos...
Ninguém hoje em dia acredita em Thor. Ele pode existir com o seu martelo e cabelos vermelhos, mas isso é altamente improvável. :>
Hoje sabe-se que não há delírios parciais; um espírito tocado pela loucura é louco todo ele. E não só nos limites que na aparência vem marcar (...) o delírio especial (...). Que é pois de admirar que na loucura jesuítica tudo (...), convenções sociais, gritos de consciência, fulgores da verdade, se tenha sacrificado à ideia fixa (...): ad majorem dei gloriam"
BOMBARDA, Miguel, A ciência e o jesuitismo. Réplica a um padre sábio, Lisboa, Pareceria A. M. Pereira, 1900, pp. 186-187.
Depois internavam-se os menos perigosos e os restantes eram deportados para uma ilha. E assim se exterminava a loucura jesuítica.
O desalmado acabou por ser morto por um paciente menos perigoso e não consta que fosse jesuíta.
O mundo supersticioso era pagão. Foi a religião católica quem contribuiu para o discernimento racional. Foi também dela que vieram as grandes contribuições científicas muito antes de se falar em ateus. Os ateus eram os adoradores do demo. Os marginais das heresias. Nunca tiveram a menor importância teórica na Idade Média nem no Renascimento.
O ateísmo é um refómeno moderno das luzes, com a tal divinização dos cientistas. Os versos que se fizeram ao Newton ainda hoje são um must. Foi adorado como um deus.
Numa revista Science et Vie que tenho por aí, perguntava-se se o Homem não virá já programado de nascença para acreditar num Deus criador...
Deixo um link, http://www.solstice.us/russell/religionciv.html
(E saio de mansinho deste blog...)
ehehehhe
chorei a rir. Disse logo que estava aí a prova da diferença entre o obscurantismo religioso e a inteligência ateia.
E estava segura que fazia parte do segundo grupo mesmo sem ter feito os testes
ahhahaha
Bastava-lhe a fezada.
Isto dava um livro de ficção científica.
Aliás, é nos livros de FC que se ganham algumas ideias fantásticas para explicar este fenómeno da vida humana e do universo.
Os ateístas só ganhavam em pesadelos com a leitura das obras de Philip Dick
É mesmo um fenómeno que me ultrapassa porque hoje em dia já nem tem o pretexto de ser uma iconoclastia anti-poder.
E há pessoas inteligentes que se deixam levar por essas emoções doentias e são capazes de hipotecar o intelecto e até a honestidade teórica por uma jacobinice. Ainda agora foi o Fiolhais com aquele artigo no Público.
Dá vontade de perguntar: para quê?
ehehehehe
Ora, na maior parte das vezes, o que alguém diz sobre assuntos, mesmo da sua competência técnica ou teórica, pode e deve ser discutido e corre o risco do constituir disparate tão soez como o de qualquer diletante ou curiosos.
Ainda vou procurar onde li isso, porque é interessante o verdadeiramente iconoclasta. Seria no Dragão?
«O argumentum ad verecundiam (argumento da autoridade). Em lugar de razões, recorre-se a autoridades reconhecidas segundo o grau de conhecimentos do oponente. (...) tem-se então bom jogo quando se tem do nosso lado uma autoridade respeitada pelo oponente. É porém certo que haverão para ele tanto mais autoridades válidas quanto mais limitados forem os seus conhecimentos e aptidões. Caso estes sejam de primeira ordem, ele reconhecerá somente poucas autoridades, ou mesmo nenhuma. Quando muito acreditará em quem seja especialista duma ciência, arte ou mester de que ele pouco ou nada conheça; e mesmo nestes, com profunda desconfiança. Ao invés, as gentes comuns têm um profundo respeito pelos especialistas de todo o género. Ignoram que a razão pela qual se faz profissão de uma coisa não é o amor dessa coisa mas do que se lucra ela - e que quem ensina alguma coisa raramente a conhece a fundo; pois se a estudasse como deveria, em geral não lhe restaria tempo para ensiná-la. Mas para o vulgus existem muitas autoridades dignas de respeito: por isso, caso não se encontre nenhuma que seja adequada, há que tomar uma que o pareça ser, e citar o que alguém disso noutro sentido ou noutras circunstâncias. As autoridades que o oponente não consegue entender são as que causam maior efeito. (...) Os preconceitos mais generalizados também podem passar por autoridades. Pois a maioria pensa, como refere Aristóteles, que "diz-se que existe o que a multidão acredita": sim, não existe opinião alguma, por mais absurda que seja, que os homens não adoptem rapidamente, logo que se consiga persuadi-los que ela é geralmente aceite. O exemplo age sobre o pensamento deles como sobre os seus actos. São carneiros que seguem o guizo aonde quer que ele os conduza: é-lhes mais fácil morrer do que pensar. É curioso que a universalidade de uma opinião pese tanto junto de tal gente, podendo eles ver por si próprios que as opiniões se adoptam sem ajuizar e somente por imitação.(...)
Aquilo a que se chama opinião geral é, quando se vê bem, a opinião de duas ou três pessoas; e disso nos convenceríamos se víssemos como nasce tal opinião generalizada. Veríamos então que primeiramente foram duas ou três pessoas que a admitiram, ou a avançaram ou afirmaram, e que houve a benevolência de se acreditar que elas a haviam examinado a fundo; supondo suficiente a competência dos primeiros, alguns outros, cuja indolência incita a antes acreditarem nas coisas do que darem-se à pena de as examinarem. Assim cresceu de dia para dia o número desses adeptos indolentes e crédulos: pois logo que a opinião tenha por si um bom número de votos, os seguintes pensam que ela não poderia havê-los obtido senão graças à justeza dos seus fundamentos. Os restantes foram então constangidos a reconhecerem o que era comummente admitido, para não serem considerados uns espíritos inquietos que resistem às opiniões universalmente admitidas, ou uns impertinentes que se crêem mais espertos que toda a gente. Aderir torna-se então um dever. A partir daí, o pequeno número dos que são capazes de ajuizar cala-se: e os que têm direito a falar são os absolutamente incapazes de forjarem uma opinião ou um juízo por si mesmos, os que apenas ecoam as opiniões de outrem. Pois o que detestam em quem pensa de outro modo, não é tanto a opinião diferente que professa, mas o atrevimento de querer ajuizar por si mesmo; coisa que eles próprios, evidentemente, jamais fazem, e da qual têm a mínima consciência.»
O maisa profundo deste Portugal, continua a ser Portugal.
Quem se recusa a entendê-lo cai num autismo que não me parece saudável.
Por várias razões de que destaco uma: compreender esse Portugal Profundo que vem do antigamente e não se formatou com ideias avulsas estrangeiras, pela televisão e pelos media em geral, animados pela corrente de pensamento unificado, ainda vale a pena.
As raízes portuguesas, não vicejam nos media. Alimentam-se nesse Portugal profundo e se as pessoas lhe dessem maior atenção não se cometeriam erros e erros sucessivos.
Um deles, o mais grave é o que se tem vindo a cometer na Educação precisamente.