O Costa dos castelos de cartas
sexta-feira, setembro 28, 2007
Uma vez que temos os timoneiros desta Loja de volta, voltemos ao assunto, aqui.
Os comentadores publicamente conhecidos, aplaudem a atitude de Santana. Mas repudiam a atitude da Sic-Notícias e acham que a direcção de informação da estação, e o incrível Ricardo Costa, andaram mal e deveriam ter procedido de outro modo, não interrompendo a entrevista. Este, em comunicado acha que não faltou ao respeito a Santana; que este foi excessivo na atitude “desproporcionada” e ainda o remoca ao dizer que mais uma vez, deixou a meio uma coisa.
Ora aqui, nesta atitude da Sic-N de Ricardo Costa, é que a porca anda a torcer o rabo, porque a lógica deste, não é a mesma da atitude de Santana. E assim acaba por surgir um diálogo de surdos. Atentemos nos argumentos e nos motivos da surdez.
Santana ficou ofendido com a interrupção. E devia, segundo a maioria das opiniões e ainda segundo o senso comum destas coisas. Levou a mal e a novidade da reacção, provocou os aplausos que se podem ler.
E a SIC de Ricardo Costa, andou mal?
Este jornalista, é um exemplo concreto do actual jornalismo televisivo português. Duas ou três vezes, em entrevistas e habitualmente no programa da Sic-Notícias, Expresso da meia-noite, disse coisas, sobre notícias e deu opiniões sobre as mesmas, numa mistura curiosa de cronista-jornalista que já enjoa nos media portugueses, pela vulgaridade e profusão.
O jornalismo tipo Ricardo Costa é também, uma vergonha nacional, por vários motivos. Um dos principais, tem a ver com esta tabloidização crescente da informação televisiva. A chegada de um treinador de futebol, famoso e envolto em polémico, é entendida como matéria informativa primetimesca que suplanta a prioridade de uma entrevista a um convidado sobre matéria política candente. A reportagem, previsivelmente, nada traria de especial, sendo relevante apenas o aspecto voyeurístico em se poder ver o treinador a sair do aeroporto e nada mais.
Essa evidência, no entanto, não chegou para perceber e evitar a falta de respeito pelo entrevistado. Mais e pior, nem sequer foi entendida como tal e agora, em comunicado, a estação achou normalíssima a actuação. Excessiva, foi o qualificativo justificativo. Desproporcionada, foi a resposta encontrada. Falta de respeito? Que nenni.
É este tipo de informação televisiva que ataca os casos Maddies, os casos judiciais e os casos que aparecem do modo que depois todos criticam e lamentam, sem perceber que por trás de uma redacção, está uma chefia e no caso, o incrível Ricardo Costa.
A televisão de flashs, superficialmente justiceira, especulativa, medíocre e ridícula, tem uma boa imagem no director da Sic-Notícias.
Publicado por josé 00:13:00
Uma apreciação incisiva e certeira sobre a comunicação social televisiva portuguesa.
Gostei da reacção de Santana.
Aliás é este tipo de atitude de um certo arrojo que me refiro quando falo dele como de alguém necessário a um PSD aparentemente acomodado ao politicamente correcto.
Um beijinho
Maria
O tal luzidio Costa, tem esse ar, mas que vem de dentro, de uma mentalidade que não conhecço mas da qual vejo os efeitos.
Sempre que o ouço falar, fica-me a impressão que por ali não mora o sentido correcto do jornalismo a sério, mas apenas um simulacro, uma mistura de pimba informativo, com segurança na expressão.
Ricardo Costa parece-me o Emanuel da informação televisiva.
Tal como este sobre a música sol e do,de influências folclorizantes, mesmo estrangeiras, tem um discurso fluente e assertivo sobre a ideia de informação.
Tal como este, segura o que diz, como se fosse a verdade indiscutível da correcção informativa e como domina estes aspectos do jornalismo flash, brilha no escuro da falta de crítica.
É um cretino.