O capelista dos Grilos.
terça-feira, setembro 25, 2007
Sendo constitucionalista, nada lhe escapa do conteúdo programático da lei fundamental, aprovada também por ele, na Assembleia Constituinte de 1976. Um dos princípios de fundo, sempre invocado quando promete a sorte grande das cautelas que publicita, é o da separação da Igreja e do Estado. O Estado, para este capelista dos Grilos, é assim uma coisa a modos que, desligada do genuíno sentir popular e ligada ao conceito reduzido e estreito, aprovado no PREC, quando ainda oficiava junto de outros viandantes da Internacional Socialista e Proletária que garantia os amanhãs a cantar para o dia seguinte.
É por isso que sobreleva sempre, quando anuncia da sua cubata ideológica, o vigésimo premiado, o artigo constitucional que não existe, a impor a extinção dos símbolos e rituais religiosos, nas cerimónias laicas.
A Constituição de 76, diz: “ As igrejas e comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto
Para o capelista, este artigo proíbe o exercício de qualquer actividade em que intervenha sotaina, sobrepeliz ou estola, ou mesmo traje civil com cruz à mostra, em cerimónia pública.
Nada que ressume a sinal de cruz, se admite nas redondezas dos lugares públicos.
O que afecta o capelista é, afinal, a Cruz. O sinal de Cristo, incomoda-o sobremaneira.
Com finca-pé num artigo inexistente, positiva a política da separação das funções do Estado, defendendo o laicismo mais radical que atira com as práticas de origem religiosa para os confins das sacristias, onde só entram as batinas religiosas e as beatas protegidas.
Nunca aceitará a laicidade de colaboração, concordatária e pacífica, imposta pelas tradições, usos e costumes. Para o capelista, a imagem de um governante a benzer-se numa cerimónia pública, é uma blasfémia laica contra a Cosntituição jacobina.
Nem adianta acenar-lhe com a História, com os nossos reis, com a consagração de Portugal a uma ideia religiosa, católica, há séculos. Os costumes que se enraizaram na tradição popular, valem nada, para o capelista destas ideias laicas e de peregrinação incerta.
Benzer com água benta, fazer o sinal da cruz em público, respeitar a tradição dos padres e bispos, inaugurarem monumentos e rezarem pelo sucesso dos empreendimentos, são tudo sinais das “relações iníquas que o Estado estabeleceu com a Igreja Católica, conferindo-lhe privilégios inadmissíveis á luz da Constituição e da própria Concordata”.
Um dia destas, ainda o vamos ver, lá da sua capelinha particular, a anunciar o vigésimo da extinção de todos os cruzeiros em lugares públicos. De todas as cruzes visíveis, fora das igrejas e- quem sabe!- a proposta terminal de alteração do símbolo da cruz na bandeira portuguesa, com as cinco chagas de Cristo. Em seguida, virá a sugestão revolucionária de alteração das cruzes em monumentos públicos, e remoção de pinturas com motivos religiosos, das cúrias laicas dos edifícios do governo central.
Publicado por josé 22:47:00
Primeiro comuna, agora xuxa de esquerda e anti-clerical
Valha-nos nosso Senhor Jesus Cristo.
Seria então uma mulher da Igreja. Comprometida com a Igreja.
Sempre era um modo gentil de satisfazer a vontade do meu pai que tantas vezes achou que daria boa freira.
Este VM : tanto fundamentalismo ...
até a ele assenta mal.
Um bj
Maria