Esta é de Graça
quarta-feira, setembro 19, 2007
E também vai a seco porque esta transcrição, não pretende significar uma tomada de posição partidária, fosse ela qual fosse, mas apenas a Graça que este comentário inegavelmente tem.
Vem hoje, no DN.
Em 27.4.2006, ele defendia uma redução moderada e progressiva da carga fiscal. Mas, em 19.3.2007, criticava a proposta de descida dos impostos feita por Marques Mendes. E, em 8.9.2007, admitia que se podia esperar até 2009 para essa redução.
Em 11.5.2006, não podia estar de acordo com o afã contestatário "que hoje flagela Sócrates". Mas, em 19.3.2007, queria "ver Sócrates bombardeado todos os dias pelo que faz e não faz".
Em 24.3.2005, pretendia acabar com o pagamento de quotas em massa, em que vem um senhor da aldeia com mil contos... Mas, em 2.8.2007, criticava o facto de só se poder pagar quotas na sede central, por cheque, vale ou transferência multibanco e com código PIN, acrescentando que a relação humanizada, antes assegurada por um velho cobrador, foi substituída por uma relação como a que temos, por exemplo, com a EDP.
Em 6.5.2004, entendia ser inadiável um pacto de regime entre os dois maiores partidos, em que incluía a Justiça. Mas, em 9.2.2006, criticava o pacto sobre a Justiça, considerando-o feito ao arrepio do sentido de Estado que se pretende ao propor pactos de regime.
Em 11.6.2006, ainda desafiava o Governo para acordos de regime. Mas, em 4.8.2007, considerava que tais pactos ou acordos só se justificam para viabilizar o normal funcionamento do sistema, dando os exemplos de Israel quanto à guerra, da Alemanha no pós-guerra quanto à recuperação do país, e ainda da Alemanha quanto ao recente impasse eleitoral, referindo-se assim a situações políticas "muito drásticas e perigosas" e opinando não ser isso que se passa em Portugal.
Em 15.9.2005, considerava injusto que se atacasse o Governo de Sócrates pela elevada taxa de desemprego. Mas, decorridos três meses, em 22.12.2005, afirmava que o desemprego continuava a aumentar, observando "como se vê não faltam motivos para fazer uma oposição construtiva ao Governo socialista".
Em 6.1.2005, declarava que não apoiaria Cavaco Silva numa futura eleição presidencial. Mas, em 27.10.2005, considerava-o o único candidato a sério e com invulgares condições para ser um grande presidente.
Em 24.2.2005, a sua escolha presidencial recaía em Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, em 1.6.2006, ironizava sobre as qualidades que podiam faltar a Marcelo e, em 30.11.2006, atacava-o contundentemente.
Em 11.5.2006, dava uma palavra de estímulo e compreensão para com os ministros da Saúde e das Finanças, considerando o encerramento das maternidades, com uma ou outra excepção, uma medida irrebatível. Mas, em 3.3.2007, achava que os dossiers do encerramento das maternidades e das urgências têm sido geridos de uma forma tão atabalhoada que um agente infiltrado da oposição não faria melhor.
Em 24.11.2005, desejava longa vida à Ota. Mas, em 14.6.2007, passava a defender a solução Portela + 1.
Em Abril de 2005 afirmava que o primeiro referendo a realizar devia ser o europeu. Mas, em 28.6.2007 dizia-se contra esse referendo e a favor da ratificação parlamentar do tratado.
Em 29.12.2004, era a favor de Braga como capital de cinco distritos. Mas, em 13.4.2006, propôs que a capital da região norte ficasse no interior de Trás-os-Montes.
Em 26.4.2007, se fosse presidente do PSD desejaria eleições intercalares em Lisboa. Mas, em 6.8.2007, dizia não podermos falar de estabilidade e "ter feito tudo para deitar abaixo a maior câmara do País".
Em 2.3.2006, elogiava o Governo que achava ter transmitido alguns sinais de esperança e outros de justificada apreensão, mostrado vontade política de afrontar interesses instalados, gerido bem o timing dos silêncios e dos ministros, sabido afastar-se de medidas polémicas e crises de circunstância. Mas, em 27.7.2007, tentou copiar, tarde e a más horas, o que Marques Mendes tem vindo constantemente a dizer e reconheceu "que o governo socialista não cumpre o que prometeu na campanha eleitoral: dois anos passados, há mais desempregados, há mais miséria, há mais listas de espera, há mais impostos, há menos maternidades, há menos segurança, há menos justiça social, há menos liberdade".
E ainda agora, aceitou o debate na SIC Notícias, para anunciar dias depois que não o aceitava e passar a aceitá-lo outra vez, decorridas 24 horas.
Hoje, tanta volatilidade compulsiva faria Verdi reescrever uma ária célebre: "L'uomo è mobile / qual piùma al vento..."
Em 11.5.2006, não podia estar de acordo com o afã contestatário "que hoje flagela Sócrates". Mas, em 19.3.2007, queria "ver Sócrates bombardeado todos os dias pelo que faz e não faz".
Em 24.3.2005, pretendia acabar com o pagamento de quotas em massa, em que vem um senhor da aldeia com mil contos... Mas, em 2.8.2007, criticava o facto de só se poder pagar quotas na sede central, por cheque, vale ou transferência multibanco e com código PIN, acrescentando que a relação humanizada, antes assegurada por um velho cobrador, foi substituída por uma relação como a que temos, por exemplo, com a EDP.
Em 6.5.2004, entendia ser inadiável um pacto de regime entre os dois maiores partidos, em que incluía a Justiça. Mas, em 9.2.2006, criticava o pacto sobre a Justiça, considerando-o feito ao arrepio do sentido de Estado que se pretende ao propor pactos de regime.
Em 11.6.2006, ainda desafiava o Governo para acordos de regime. Mas, em 4.8.2007, considerava que tais pactos ou acordos só se justificam para viabilizar o normal funcionamento do sistema, dando os exemplos de Israel quanto à guerra, da Alemanha no pós-guerra quanto à recuperação do país, e ainda da Alemanha quanto ao recente impasse eleitoral, referindo-se assim a situações políticas "muito drásticas e perigosas" e opinando não ser isso que se passa em Portugal.
Em 15.9.2005, considerava injusto que se atacasse o Governo de Sócrates pela elevada taxa de desemprego. Mas, decorridos três meses, em 22.12.2005, afirmava que o desemprego continuava a aumentar, observando "como se vê não faltam motivos para fazer uma oposição construtiva ao Governo socialista".
Em 6.1.2005, declarava que não apoiaria Cavaco Silva numa futura eleição presidencial. Mas, em 27.10.2005, considerava-o o único candidato a sério e com invulgares condições para ser um grande presidente.
Em 24.2.2005, a sua escolha presidencial recaía em Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, em 1.6.2006, ironizava sobre as qualidades que podiam faltar a Marcelo e, em 30.11.2006, atacava-o contundentemente.
Em 11.5.2006, dava uma palavra de estímulo e compreensão para com os ministros da Saúde e das Finanças, considerando o encerramento das maternidades, com uma ou outra excepção, uma medida irrebatível. Mas, em 3.3.2007, achava que os dossiers do encerramento das maternidades e das urgências têm sido geridos de uma forma tão atabalhoada que um agente infiltrado da oposição não faria melhor.
Em 24.11.2005, desejava longa vida à Ota. Mas, em 14.6.2007, passava a defender a solução Portela + 1.
Em Abril de 2005 afirmava que o primeiro referendo a realizar devia ser o europeu. Mas, em 28.6.2007 dizia-se contra esse referendo e a favor da ratificação parlamentar do tratado.
Em 29.12.2004, era a favor de Braga como capital de cinco distritos. Mas, em 13.4.2006, propôs que a capital da região norte ficasse no interior de Trás-os-Montes.
Em 26.4.2007, se fosse presidente do PSD desejaria eleições intercalares em Lisboa. Mas, em 6.8.2007, dizia não podermos falar de estabilidade e "ter feito tudo para deitar abaixo a maior câmara do País".
Em 2.3.2006, elogiava o Governo que achava ter transmitido alguns sinais de esperança e outros de justificada apreensão, mostrado vontade política de afrontar interesses instalados, gerido bem o timing dos silêncios e dos ministros, sabido afastar-se de medidas polémicas e crises de circunstância. Mas, em 27.7.2007, tentou copiar, tarde e a más horas, o que Marques Mendes tem vindo constantemente a dizer e reconheceu "que o governo socialista não cumpre o que prometeu na campanha eleitoral: dois anos passados, há mais desempregados, há mais miséria, há mais listas de espera, há mais impostos, há menos maternidades, há menos segurança, há menos justiça social, há menos liberdade".
E ainda agora, aceitou o debate na SIC Notícias, para anunciar dias depois que não o aceitava e passar a aceitá-lo outra vez, decorridas 24 horas.
Hoje, tanta volatilidade compulsiva faria Verdi reescrever uma ária célebre: "L'uomo è mobile / qual piùma al vento..."
Publicado por josé 21:15:00
1 Comment:
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Lá vai ter de chorar mais um pouquinho...
Isto anda entregue aos bichos