Plagiarius

A propósito de plágios, fica aqui um caso concreto, com alguns anos e apresentado por Pierre Assouline, na revista Lire, de Janeiro de 1992, dirigida então por Bernard Pivot.

A polémica recente com o livro Equador, de Miguel Sousa Tavares, que terá motivado já uma queixa crime contra o autor de um blog anónimo, por ofensa à honra do autor do livro, incita a que se estude um pouco mais a noção de plágio na nossa ordem jurídica e principalmente a noção de plágio em concreto e com o significado que deverá ter na ordem social, na ética de costumes.

Se bem que nem tudo que se copia em obras literárias, possa ser considerado plágio, o assunto está longe de esgotar a atenção nos media e tem passado, mesmo em blogs que lhe dedicam atenção, como se fosse um fait-divers entre um blogger anónimo, apontado como caluniador e cobardolas e um autor respeitado e por isso mesmo insusceptível de malfeitorias aos direitos de autor e à consideração geral de quem lê e compra livros.
Parece no entanto, que a posição correcta neste alinhamento de atitudes, seria talvez a de verificar em primeiro lugar se há razões concretas, entre as que foram apresentadas, para se considerar a existência de cópia,mesmo parcial ou fragmentada. E depois disso, saber se a cópia pode constituir plágio literário.
Para essa discussão que não se faz, por razões que me escapam, dou dois contributos.
Citando dois blogs.
O de Frederico Duarte de Carvalho, para mim tanto faz. onde se publica a imagem da revista Focus, em que se transcrevem parágrafos das duas obras - a do autor e a do livro de Diminique Lapierre e Larry Collins, Cette nuit la liberté, de 1975, publicado em Portugal, pela Ática, em 1976- e que permitem a comparação.

E o deste escriba- Portadaloja- onde se explora um pouco mais o assunto, com grandes plágios à mistura.

Publicado por josé 01:33:00  

4 Comments:

  1. rb said...
    Pelo menos numa coisa MST foi original: citou as fontes do "plágio". Eu, que até aqui não tinha tido pachorra para ler o livro, comecei agora a lê-lo pelo interesse que a polémica me despertou. Os mais maquiavélicos dos mais maquiavélicos até dizem que MST terá estado por trás do tal blog anónimo e que isto tudo não passou duma jogada de marketing. Se foi assim eu caí bem no engodo.
    rb said...
    E tomando como base o estudo da revista francesa Lire, Plagiatur, parece-me que MST está inocente (se é que alguém ainda tinha dúvidas). O empréstimo terá sido indirecto e legítimo, pelos critérios da quantidade e da sinalização das fontes.
    António Balbino Caldeira said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    António Balbino Caldeira said...
    A culpa, meu Amigo, ainda vai cair nas malvadas das aspas, cê-efes ou autor-data... Se elas não existissem... bastava a referência final da colagem.

    Mais tarde, voltarei ao assunto lá na minha eira. Enquanto a Pide/formiga branca tão reclamada for deixando... E o Google não aceitar a prática censória da liberdade blóguica que autoritariamente lhe recomenda o sistema português. E não for proibido de escrever a todos aqueles que não forem filtrados nos media coxos - a ameaça da desgraçada da concorrência gratuita dos blogues que diminui o soldo mensal confortável dos avençados.

    O mundo está a mudar. Não há maior cego do que aquele que não vê a sua revolução física.

Post a Comment