Lá dentro

O preso Zé "Prisas" Amaral, conseguiu fazer um blog, aparentemente na prisão.
E com interesse. O título já é um programa: Memórias do Cárcere.
Em epígrafe escreve: "ninguém nasce com cadastro". Também acho. O caminho faz-se caminhando, Zé "prisas" Amaral!

Publicado por josé 23:31:00  

21 Comments:

  1. opatrao said...
    Porquê?
    Imagino que isso seja importante para decidir se vai adorá-lo ou odiá-lo...

    já agora, leiam lá o post chamado "Afinidades". Lembrei-me logo da grande loja ;)

    Repito o que já disse noutro comentário. Este blog já foi interressante.
    maloud said...
    Claro que não conhecia e achei perturbante. O universo prisional assusta-me. Quando tive um dos meus rebentos em crise de crescimento, com alguns disparates que às vezes estão associados, tinha pesadelos pavorosos, em que fatalmente era preso. Nunca consegui ver com indiferença a prisão seja de quem for, mesmo de comprovados homicidas. Abri uma única excepção para o Marc Dutroux.
    Nota: o rebento nunca roubou ou assaltou.
    maloud said...
    José
    Não sei se conhece as regras do universo prisional, mas caso conheça, esclareça-me uma dúvida. Este blog feito a partir do cárcere tem caixa de comentários não filtrada pelo que percebi. Será que o seu autor pode escrever na caixa com a mesma liberdade com que por exemplo o José escreve, ou isso é proibido?
    james said...
    Terá o seu interesse o dito blog, mas é de uma hipocrisia extrema, os sites mencionados no mesmo. Será que o blog é patrocinidado pela DGSP e pelo CEJ?
    Deixa-me rir....
    james said...
    Maloud,

    apetecia-me dizer algo sobre o que comentou, mas sem lhe querer aguçar a curiosidade em demasia, vou fazer um esforço imenso para me conter e abster-me de comentar...
    Sabe a quem devia fazer a pergunta? A um recluso. Esse, dir-lhe-ia quais as semelhanças e as diferenças dentro da populacão prisional...
    Mas pode ser que o José consiga usar do "eufemismo" ou da "metáfora" e a esclareça sem ambiguidades.
    maloud said...
    Hefastion
    Eu não conheço nenhum recluso, nem ninguém que já tivesse estado preso. Não me movo no mundo dos famosos, nem no outro.
    james said...
    Maloud,

    já imaginou um recluso, mesmo que não famoso, com um estatuto especial dentro da cadeia? Há-os às dezenas...
    Embora exista um Juíz do Tribunal de Execução de Penas, já pensou na margem de manobra e na discricionaridade de um director dum estabelecimento prisional?
    Agora, a tudo isto, junte a própria Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e o Centro de Estudos Judiciários...
    Retomando a sua pergunta das 11:25 PM, tudo é possível, Maloud, mesmo sem se ser famoso ou quase-famoso....
    james said...
    Rectifico: "mesmo sem ser famoso ou quase famoso"
    james said...
    {"ninguém nasce com cadastro". Também acho}.

    Também acho.
    Mas o "azar" começa quando se apõe o "labéu" e se inicia a "carreira", não é assim, José?
    Os americanos e os franceses já não estudaram isso até à exaustão?
    zazie said...
    eu não faço ideia do que diz o código sobre o assunto. E é claro que o estatuto dos presos é diferente. Isso todos sabemos.

    Mas há-de haver algo escrito no caso de ser proibibido a um recluso usar um meio de comunicação mediático. E aí não estará escrito só nos livro destinados a reclusos VIP.

    Imagino que o mais provável é nem existir nenhuma disposição legal que o interdite directamente.

    Como andam por aqui tantos advogados e de mais juristas há-de haver quem saiba para lá do senso comum das "vantagens". Isso para mim nem é senso comum, é falar ao acaso.
    zazie said...
    por outro lado, não entra na cabeça que nada impeça qualquer preso de criar blogues. Imagine-se uma rede de crime com um dentro a dar instruções para os que estão fora eheheh

    até agora têm de o fazer com muito mais dificuldade, né?
    james said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    zazie said...
    não percebo.

    1- qualquer código. Tudo o que é permitido ou não faz parte da lei e a lei está escrita em códigos. Não é assim?

    Se houver uma proibição geral não há-de ser particularmente para x ou y. O que é particular são as mordomias, incluindo tv ou computador. Mas daí a ter direito de comunicar por net vai uma grande diferença. Dei o exemplo da rede de crime que tenha dentro um cabecilha e os outros cá fora a monte. Seria facílimo controlar todas as operações.

    Não vejo em que é que se aplica o sapateiro e muito menos o chinelo.

    Azar o meu que tenho este vício da racionalidade.


    Quanto a ascos é palavra de tal modo desagradável que a devia guardar para a dizer em privado aos seus.
    james said...
    Zazie,

    ainda que não se me tenha dirigido, remeto-a para os meus comentários anteriores e para a CRP.
    Quanto ao Código de que Código é que fala?
    Isto, enquanto o seu amigo José não escreve um opúsculo sobre a matéria...
    Quando escreveu VIP, até confundi a sigla com VPV... veja lá o (v)asco que me criou.
    "falta de senso" o meu...
    Conhece o aforismo não vá o sapateiro além do chinelo?
    zazie said...
    bom, fez bem em apagar o que disse.

    Para além de não ter dado provas de grande perspicácia até tinha sido grosseiro. Com a Vasco Pulido Valente metido a martelo e mais os ascos.
    james said...
    Zazie,

    o meu comentário que comentou (que cacofonia) apresentava uma gralha, daí tê-lo retirado. Sanada a gralha, recoloquei-o.

    Ser-se racional não é sinónimo de ser-se lógico.

    Obrigado pelo "chá" (pontas de Ceilão) que me ofereceu, mas faço gala em desconhecer os códigos da blogosfera...
    A Zazie, apronta-se para elaborar outro decálogo, como o "outro"? Desejo-lhe sucessos e muita eficácia na sua execução.
    Boa noite e bom fds.
    james said...
    Ser-se arguto e perspicaz é fazer "refresh", antes de comentar...
    zazie said...
    ó caraças, anda tudo passado na blogosfera.

    Que treta de código, caramba? código das lei! não sabe o que é?

    você quer dizer anormalidades do VPV no meio de um debate sobre a legalidade ou não legalidade de os presos poderem ter blogues, força.

    A "perspicácia" é toda sua.

    O meu código é mais simples. Marimbo-me para o que não me interessa.

    Bom fim-de-semana e muita lógica
    zazie said...
    e muita Sylvie Vartan, de caminho...
    maloud said...
    O Zé "Prisas" Amaral explicou hoje numa adenda ao post, que a regra é não contactar com as visitas.
    zazie said...
    Não se percebe se as regras são as dele em relação ao blogue: não dialogar com quem comenta, se as que lhe impuseram na prisão para lhe permitirem o blogue. Tecnicamente é impossível controlar-se isso a não ser por filtro no próprio computador. Bastava inventar qualquer outro nome e ir para qualquer outro site ou janela ou chat e estava a comunicar com quem bem lhe apetecesse.

    Mas não vou interessar-me por mais nada. Há um lado voyeur nestas coisas que não me interessa alimentar. Quanto muito fiquei com uma ligeira curiosidade do ponto de vista legal. Sem formular qualquer juízo.

    Sempre me fez confusão a variação de cambiantes que se pode ter face a um preso. Prefiro não ter nenhuma, ainda que a única que entenda é a religiosa. O rezar pelo arrependimento e coisas assim. Mas também estou out nesse caso.

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