Impressões selectivas
segunda-feira, março 06, 2006
Sócrates “impressionado” com sistema de ensino finlandês
Esperemos que as "impressões" se estendam aos pontos centrais da notícia:
1) A Escola Básica de Ressu tem 400 alunos, com idades compreendidas entre os sete e os 16 anos, e 37 professores no quadro. Um ratio professor/aluno de quase 1 para 10. E cá?
2) A autarquia suporta todos os custos de funcionamento, incluindo livros e outros materiais escolares. por cá, ainda estamos no percurso inverso. Será para manter?
3) O primeiro-ministro quis saber se os alunos com maiores dificuldades de aprendizagem são ajudados com aulas extra, mas os responsáveis da escola explicaram-lhe que esse tempo lectivo suplementar era considerado desnecessário. por cá, as aulas de substituição estão na moda. É para manter?
4) Depois de ler uma história em inglês, o professor pediu às crianças para abrirem os respectivos computadores e seleccionarem um programa informático de aritmética - apelo que foi cumprido imediatamente. Em abnda larga ou estreita, o ratio de computadores/aluno ainda não é de 1/1, como lá. Para alterar?
5) Nas conversas que teve na escola, José Sócrates ficou ainda mais espantado quando ouviu que na Finlândia os melhores alunos "querem ser professores". "Não é por causa do salário, que não é muito elevado. Ser professor significa respeitabilidade social", explicou uma das directoras da Escola Básica de Ressu. E por cá, como se tem tratado a respeitabilidade dos professores?
Não basta ficar impressionado, é preciso perceber porquê ...
Publicado por irreflexoes 12:12:00
Aula extra nada tem que ver com aula de substituição.
No primeiro caso, são uma ou mais horas utilizadas fora do horário normal do estudante, para o "ajudar" a recuperar.
No segundo caso, aplica-se quando falta um professor, e outro se ocupa dos "meninos e meninas".
Quanto ao perceber porquê, meu caro, a resposta está dada pelos próprios finlandêses: "ser professor significa respeitabilidade social".
Diga-me, daqueles professores que conhece, quantos merecem esta "respeitabilidade social".
É que fazer cursos de jardinagem ou culinária para "acrescentar" créditos à carreira docente não ajuda nada à respeitabilidade social, não acha ?
Cumprimentos.
Mas compreendo duas coisas: essa formação é feita em tempo que não conta como de trabalho, pós-laboral, e muitas vezes interessa mais a proximidade e a conveniência do que a matéria. A outra coisa é que é o Ministério que aprova as acções. E alguns professores depois de uma, duas, três vezes a fazerem acções de formação complicadas e a verem os colegas a não se chatearem acabam por ir atrás e escolher a via do facilitismo.
Trabalhei 15 anos numa multinacional Sueca.
Em 76, recebi na empresa, um Director Geral Sueco com 34 anos.
Na 1ª reunião disse-nos:
Quando for marcada uma reunião para as 15H, devemos estar todos sentados as 14h55m
Os Portugueses vivem acima das suas possibilidades, com gente muito rica mas a maioria muito pobre.
Nada mudou ate á presente data
1- quase 1 para 11 ( nao quero ser ranheta mas eles sao bastante bons na matematica)
2- A autarquia recebe 17,5% dos rendimentos dos seus habitantes, mas sei ond epretende chegar.
3- provavelmnate nao ha aulas de extra porque ha condições para acompanhar e diagnostar os problemas dos alunos. Requer formaçao e competencias dos professores e um sistema que funcione.
4- O ratio comp /aluno é 1/1 na escola ou em todas as escolas? tenho as minhas duvidas sobr esta ultima possibilidade, alem de que me parecer francamente despesista. É possivel que esta escola tenha um curriculo especifico, as diversas instituições especializam-se em determinadas áreas. Esta está numa area central da cidade e onde residem pessoas com elevado poder de compra e bons conhecimentos de ingles e informatica. mais informaçao no site da escola:
http://www.webbitakomo.fi/ressu/EN
5- "os melhores alunos querem ser professores" é treta para inglês ver, a realidade e um pouco mais amarga. Mas é verdade que nao ganham muito e sao respeitados, ao contrario dos portugueses (em termos de ppc).