"Holocénico", o livro.


No final da semana passada, com a calma dos tempos geológicos e sem trombetas mediáticas, renasceu em livro o finado holocenico.blogspot.com, numa edição ERA / Colibri.

O “Holocénico” (que por aqui andou entre Fevereiro de 2004 e Março de 2005) foi um dos mais estimulantes blogs culturais do seu tempo. Num estilo directo e incisivo, António Carlos Valera, arqueólogo de profissão, escrevia com clareza e simplicidade sobre questões complexas, sem ceder à simplificação grosseira que tantas vezes contamina os cientistas em textos de divulgação. Reflexões sobre o património, a arqueologia e seu exercício profissional, o ensino universitário, a produção do conhecimento, foram temas dominantes, a que se juntaram entradas sobre assuntos tão diversificados como o multiculturalismo, a construção de identidades, a semiótica dos espaços e lugares, a participação cívica, ..., numa agenda de cunho muito pessoal, marcadamente avessa à banalidade e à mediocridade.

Em torno do “Holocénico”, cedo se congregou uma comunidade virtual, interessada e participativa, que o enriqueceu de comentários, em geral de assinalável qualidade.

O livro de 267 pp. agora publicado, intitulado Holocénico (o Blog), compila uma selecção das principais entradas e alguns dos comentários que apareceram naquele blog, num volume de cuidado grafismo, com um tipo de letra que remete para o suporte digital da publicação original.

Um “filho” da blogosfera, a não perder.

Publicado por Gomez 12:36:00  

4 Comments:

  1. Anónimo said...
    Oh meu caro Gomez, confesse lá: Na volta você é amigo do autor...
    Gomez said...
    Amigo ou não do autor, sou admirador confesso desta obra. E a julgar pelos comentários no blog, "Holocénico", não serei o único :-)
    Dou ao caro anónimo o conselho que sempre me tem norteado nestas coisas: borrife-se na opinião publicada (neste caso, a minha) e julgue por si na livraria mais próxima.
    Anónimo said...
    Não leve a mal... estava a brincar por causa de você sabe o quê...

    Seja como for, é um alívio perceber que ainda posso brincar sem me virem pegar fogo à casa...
    Gomez said...
    He, he... pois é.
    Os que odeiam o riso ainda estão no tempo do ven. Jorge (d' "O nome da Rosa", claro).

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