Aparte das reacções dos homofóbicos do costume, o impacto da notícia do Expresso de que 10% da população portuguesa é homossexual foi nenhum. A explicação é óbvia, trata-se de algo que hoje em dia é visto como pertencendo exclusivamente ao foro comportamental; que é um fenómeno transversal a toda a sociedade e que por esta é olhado com naturalidade e saudável indiferença. Quem não deve ter ficado nada satisfeito com os resultados e as análises da sondagem, foram os movimentos G&L e seus derivados já que a sua representatividade expressa politicamente está aquém da realidade. Tratam-se afinal de um conjunto de cidadãos que na sua maioria não vivem a sua sexualidade como uma forma de militância, o que me leva a crer que também não se revêem nas teses defendidas por aqueles grupos que, com excepção do empenho em causas (justas) como alargar a todas as uniões os efeitos do casamento e o direito à adopção de crianças por casais homossexuais, quando temos uma lei que já permite que individualmente o façam, reduzem os seus horizontes a objectivos estratégicos como a sua ordenação como padres e a participação no folclore da celebração matrimonial.
Publicado por contra-baixo 15:40:00
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