mal, muito mal...

... é o mínimo que se pode dizer da forma como está a decorrer a campanha eleitoral para as presidenciais. O único beneficiado é ironicamente o governo que à sombra do debate delicodoce em que decorrem os debates presidenciais faz o que quer e o que lhe apetece, perante os olhares comprometidos de uns e embaraçados de outros. Não é uma questão de trazer a Ota e o TGV para o centro do debate, é uma questão de simplesmente falar claro e sem ambiguidades. 'Assim', nenhum presidente eleito terá legitimidade, nem formal nem substancial, para o que quer que seja. Sobre a Ota e ao TGV bastava dizer que mesmo sendo matérias da competência governamental pela magnitude das verbas envolvidas e das implicações, para a presente e futuras gerações, não podem ser tomadas de ânimo leve, pelo que exigem um amplo consenso e debate nacional. Do tipo daqueles que se obtem... por exemplo num referendo. Em nome de tacticismos cínicos (que se esperam não venham a sair demasiado caros) sobre o regime nem uma palavra, sobre a reforma do sistema político/administrativo nem uma sílaba, resumindo-se tudo, ou quase, a um confronte de 'personalisdes'. Em suma, uma oportunidade perdida.

Publicado por Manuel 22:34:00  

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