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Informatização dos gabinetes dos médicos de família adiada para final de 2006
Mil computadores para centros de saúde encaixotados há um ano

Cerca de mil computadores adquiridos pelo Instituto de Gestão Informática e Financeira (IGIF) do Ministério da Saúde no final de 2004 para equipar os gabinetes dos médicos de família continuam encaixotados.

Público Online

Publicado por Manuel 12:27:00  

7 Comments:

  1. xatoo said...
    tambem não comento
    (é o choque encaixatológico)
    O Reformista said...
    E muitos, como o meu que já vai na segunda vaga, apesar de desencaixotados ainda não têm os progrmas que era suposto terem.
    Informática do Direito said...
    Esta espantosa manifestação de desperdício numa instituição sob tutela governamental seria impensável em França, na Alemanha ou no Reino Unido; como nós, portugueses, somos ricos, e eles são pobres, o fenómeno é perfeitamente natural e compreensível.

    Peço vénia para chamar a atenção para um ou dois aspectos relacionados com esta notícia.
    É sabido que o tempo médio de vida de um computador “desktop” é de 5 anos (o tempo médio de vida útil de um portátil é muito inferior, 2 anos, segundo os especialistas).
    Logo, se um computador de secretária foi comprado e não foi usado durante 1 ano, 20% do tempo de vida útil desse computador já lá vai, ainda antes de o computador ter sido desempacotado.
    Por outro lado, é sabido que os preços da alta tecnologia baixam 4 vezes por ano, e muitas vezes baixam substancialmente, o que significa que, por exemplo, aquilo que comprámos por 100 há 1 ano poderia hoje ser comprado por 40, 50 ou 70.
    Isso acontece não só com o hardware (a máquina propriamente dita) mas também com o software (os programas que correm nessa máquina).
    O simples decurso do tempo implica assim uma forte taxa de desvalorização do material e a única forma de combater essa tendência para a desvalorização é o emprego apropriado dessas máquinas em operações que rentabilizem a sua aquisição, ou seja, desenvolvendo utilidades que no seu conjunto tenham um valor superior ao desvalor resultante do decurso do tempo.
    O que implica a necessária formação de utilizadores (neste caso, dos médicos, dos enfermeiros e dos funcionários administrativos dos centros de saúde); como é evidente, neste caso não houve formação, à boa maneira portuguesa haverá um simulacro de formação depois de os computadores terem sido desempacotados (se houver).
    Agora imaginem que cada um desses computadores custou a módica quantia de, em moeda antiga, 200 contos – fez-se um investimento de 200.000 contos nos mil computadores em causa.
    Desses 200 mil contos, 40.000 já se perderam (1/5 do valor inicial)
    Uns 20 a 30% do software já estão desactualizados: mais 40.000 contos de perda.
    Ou seja, já se perderam 80.000 contos, sem contar com a falta de formação que ainda irá entrar em custos e o regular abaixamento dos preços.
    Concluindo, quer isto dizer que provavelmente os 200.000 contos do investimento inicial já estão neste momento reduzidos a cerca de metade – a inépcia, a incúria, a falta de programação de acções, a falta de rigor, a ignorância e o “deixa-andarismo” atiraram à rua com 100.000 contos.
    Isto, partindo do princípio que os tais computadores são "desktop", computadores de secretária.
    Porque se forem portáteis os valores do desperdício multiplicam-se e o resultado não é mau, é catastrófico.
    Palavras para quê ?
    São artistas portugueses...
    naoseiquenome usar said...
    É de facto um desperdício revelador de uma má previsão, a traduzir-se numa má gestão.
    Contudo, antes de termos processos clínicos electrónicos por exemplo, há que ter a perfeita noção de que há coisas básicas por resolver e, uma delas, é o até agora, desinvestimento nos médicos de medicina geral e familiar/clínicos gerais...com repercussão na má qualidade de vida em termos locais dos muitos Portugueses que não podem aceder a outros cuidados e vão todos desembocar nas urgências hospitalares.
    Instalem-se e rentabilizem-se os computadores sim, senhora... mas...
    josé said...
    Diz AQUI mesmo, no sítio do IGAPque o serviço em causa- o Instituto de gestão Informática e Financeira do Ministério da Saúde, foi inspeccionado já em 2002.
    Alguém sabe do relatório da Inspecção?!

    Aliás, para que serve o IGAP?

    Segundo constaAQUI, nas actividades em curso, não constam inspecções a esses serviços...

    Mas pode ser que algum blogger afoito em inspeccionar serviços alheios, nos possa esclarecer...

    Poderá? ( desta vez omito o link...)
    naoseiquenome usar said...
    ... A IGAP (inspecção-Geral da Administração Pública), como se sabe não fez nada que fizesse sentido... daí... estar moribunda...
    josé said...
    Ah! Então deve ser por isso que andam para aí armados em juízes dos juizes...a escrever em câmaras corporativas.

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