fontes anónimas

Corre neste momento no éter televisivo da RTP2, um programa sobre jornalistas e...blogs!

Sobre blogs que se dedicam a política e são completamente anónimos, o jornalista do Público, António Granado, acabou de dizer que a opinião nesses blogs anónimos, "vale nada! Vale zero!"

Pergunto mais uma vez:
E o que vale a opinião de um jornalista que se apoia em fontes anónimas para escrever aleivosias?!
Zero mais um?!

O blogger Rogério Santos, fala agora que é contra os blogs anónimos.
Quem é o blogger Rogério Santos? Que blog tem?!

"Um Anónimo não tem direito a ter opiniões. Tem direito a dar informação, e depois os jornalistas"...bla bla bla. Esta pérola é do mesmo António Granado.

Então pergunta-se ao António Granado:

O que é um blog anónimo?!
Poderia perguntar por exemplo, ao seu colega Eduardo Dâmaso, se ele não tivesse saído entretanto. Pode perguntar também a certos jornalistas que escrevem no Público sobre assuntos judiciários.

Estes jornalistas julgam-se mesmo importantes! Mas importantes são mesmo as fontes, muitas delas anónimas...

Publicado por josé 00:31:00  

7 Comments:

  1. Arrebenta said...
    A NÃO PERDER, E A DIVULGAR, EM
    http://great-portuguese-disaster.blogspot.com/
    "DE L'ANNONCE FAITE À MARIE"
    MD said...
    O que se está a passar agora é que os jornalistas, em particular os comentadores (sejam eles de politica, futebol, ou outro assunto qualquer) estão a ver o seu poder desaparecer como "opinion makers", para pessoas anónimas (anónimo, não porque não tenha nome, mas porque o nome não é conhecido do publico em geral).

    Certamente que esta é uma situação inaceitável para esses referidos comentadores, pois dado o ritmo de crescimento dos blogues eles correm sérios riscos de terem de se inscrever no Centro de Emprego mais próximo da sua residência.

    A propósito de anonimato, não achei piada nenhuma a ter de me inscrever no blogger para poder colocar este comentário.
    André Carvalho said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    André Carvalho said...
    Caro José,

    Concordo completamente contigo, e aproveito para te informar que o bloger Rogério Santos é Professor de Comunicação na UCP e tem o blogue Indústrias Culturais.
    josé said...
    Obrigado. Fico a saber e já ontem procurei e fiquei na mesma. Ou seja, se antes não sabia, agora fico a saber que tem um blog.
    E daí?!
    Isso torna-o mais conhecido?!
    Não conto ler o que escreve, porque o que disse é indício suficiente de inanidade cultural. Por isso, pode alimentar a indústria de opinião que quiser e vender o produto a quem quiser.
    Por mim, que faça bom proveito, mas continuará numa saudável anodinato.

    O que pretendi dizer foi que mesmo o nome de alguém num blog não muda a essência das coisas: a opinião que se exprime num blog vale por si mesma, independentemente de quem a produz.
    E se quem o faz, assina como nome próprio, pois que lhe faça bom proveito. O que já não parece muito legítimo é criticar quem o não faça e lhe retire a carta de legitimidade para blogar, só por isso.

    Por isso insisto:

    o que é um blog anónimo?
    O que não tem nome? O que á animado por uma fantasma insusceptível de qualquer reconhecimento?
    Também será anónimo o blog que tem endereço de e mail e cujos colaboradores já são mais ou menos conhecidos dos leitores, mas que ainda assim preferem assinar sob pseudónimo?!

    E isso que problemas causa aos não anónimos?!
    Problemas voyeurísticos?!
    josé said...
    Outra coisa:

    Ontem no programa apareceu um João Gonçalves.

    Não fixei o nome intermédio, por isso pergunto:

    É o mesmo João Gonçalves que aqui escreve?!
    Ranulfina said...
    Menosprezar uma opinião, porque essa opinião provém de alguém que não se conhece, é problemático, e perigoso.

    A democracia em que vivemos, baseia-se num direito constitucional, chamado voto. O voto é uma opinião, dada por uma pessoa, de pose e uso pleno dos seus direitos de cidadão. Essa opinião, é por definição expressa por um voto directo, SECRETO e universal.

    Colocar em causa uma opinião por ela se secreta, corresponde a colocar em dúvida o resultado de uma eleição, porque não se conhece a identidade de todos aqueles que votaram num partido.

    A posição defendida, é, evidentemente uma reacção corporativa (mais uma) de uma classe que está lenta mas inexoravelmente a perder o seu poder.

    Brites de Almeida

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