Como a Francisca não incendeia carros, não passa na TV
domingo, novembro 13, 2005
Francisca Aguiar, de 18 anos, é uma adolescente "normal", como insiste em dizer. Não é nenhum génio. Faz tudo o que as suas colegas fazem: sai à noite, namora, viaja, vai ao ginásio. O que a distingue é mesmo o seu percurso académico brilhante. O truque para alcançar a média de 19,9 valores com que terminou o ensino secundário é "praticar muito". "O essencial - diz - é ter livros com exercícios semelhantes aos que saem nos exames [nacionais do 12.º ano]" e, claro, "ter muita atenção nas aulas". Foi este resultado que lhe valeu o Prémio Nacional Professor José Pinto Peixoto, atribuído ao aluno que, em cada ano lectivo, complete o ensino secundário com a melhor classificação final. (...)
Concluído o secundário, começou uma nova etapa. Francisca frequenta agora o curso de Medicina na Faculdade do Hospital de São João, no Porto. A opção deveu-se ao facto de sempre ter estado "inclinada" para esta área. Antes do 10.º ano, "gostava de Artes", mas, como viu que esta área "não dava grande coisa", optou pela Medicina. Pediatria, Psiquiatria ou Neurocirurgia são as áreas em que pondera especializar-se mais tarde. Pediatria porque gosta "das crianças"; as outras duas áreas porque "ainda há muito para descobrir no cérebro".
Francisca Aguiar sabe que a dificuldade aumenta, mas é com à-vontade que prevê que "vai ser difícil" ter as notas que tinha até agora. "Na Faculdade de Medicina somos todos igualmente bons", diz a aluna, que não parece ansiosa com o futuro e nunca se sentiu pressionada para obter qualquer resultado. "Era por mim que queria ter boas notas", garante. "Tentei sempre dar o meu melhor", diz ainda. Para além da satisfação pessoal gerada pelo prémio, Francisca vai receber a quantia de mil euros, a que ainda não atribuiu destino. "Provavelmente, vou guardar o dinheiro", conclui.
[Público]
Publicado por Nino 08:15:00
9 Comments:
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creio que é melhor a rapariga nao responder muito a perguntas, porque pode nao aparecer umas semlehantes aos que ela já tenha lido
para uma cadela que esteve no espaco, um sistema de ensino no qual a ênfase nas notas é tao grande como no sistema do ensino secudário português só dá para produzir bem poucas Franciscas. É pena para o país.
Os meus parabéns à menina, por ter encontrado a sua vocacao (outro assunto delicado no tal sistema de ensino observado pela cadela que voltou do espaco).
Bem hajam
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