uma entrevista
domingo, outubro 30, 2005
a não perder, a de Belmiro de Azevedo, ao Diga lá Excelêcia.
Belmiro de Azevedo discorda «totalmente» da construção de um novo aeroporto na Ota e da implementação da linha ferroviária de alta velocidade TGV. Em entrevista ao programa «Diga Lá, Excelência», da Rádio Renascença e jornal Público, o patrão da Sonae apresenta sugestões de investimentos que, na sua óptica, seriam muito mais úteis para o país. Comboios de mercadorias a ligar Sines a Madrid e a divisão do tráfego aéreo pelo Porto, Alverca, Montijo, Beja e Faro, para aliviar o Aeroporto de Lisboa, seriam as opções de Belmiro.
O empresário comentou ainda a política nacional. Para Belmiro de Azevedo, foi Santana Lopes quem «ofereceu» o cargo de primeiro-ministro a José Sócrates. Quanto à prestação do actual chefe do Governo, apesar do «grande esforço», o empresário considera que Sócrates ainda não tomou nenhuma «grande decisão estratégica importante». Quanto à proposta de Orçamento de Estado para 2006, Belmiro de Azevedo advoga que carece de componente estratégica e que as previsões para as exportações são irrealistas. «Não pode haver aumento de exportações sem produto em quantidade, com qualidade e competitivo globalmente», sustenta.
Numa altura em que se fala na necessidade de reduzir o número funcionários públicos, o empresário diz que é preciso começar a resolver a situação e critica o discurso do Governo de que não vão haver despedimentos. «Temos de ter respeito pelos 750 mil trabalhadores, mas também temos de ter consciência de que há 200 ou 250 [mil] a mais», sublinha. (...) [resumo do Portugal Diário]
Publicado por Manuel 17:05:00