Éticas & privilégios, associados
quinta-feira, outubro 20, 2005
Um Hóspede habitual do Incursões, deixou por lá este comentário que merece destaque na montra desta Loja...
Li hoje na comunicação social que a Comissão de Ética da AR considerou compatível a actividade de António Vitorino na sociedade de advogados GPCB & Associados com as funções de deputado. Face a tão douta decisão o deputado da Nação, António Vitorino, pode representar a GALP, e indirectamente o Estado, nas negociações com os italianos da ENI. Pelo duplo exercício de funções, o Estado pagará a António Vitorino o exercício da sua função de deputado e a GALP pagará, talvez indirectamente, a tarefa de representante naquelas negociações. Provavelmente, António Vitorino exercerá as funções de deputado durante o dia e as de negociador durante a noite, que é, como se sabe, a melhor altura para os políticos negociarem (durante o dia estão ocupados com a gestão da coisa pública). Moral da coisa: A reforma do sistema partidário, que muito justamente se reclama, tem de ser antecedida pela reforma da Comissão de Ética da AR e, talvez, pela reforma da própria AR.
- 1.ª Nota de rodapé: O Presidente da Comissão de Ética da AR não participou na votação por ser sócio de uma sociedade de advogados.
- 2.ª Nota de rodapé: O que é que este assunto tem a ver com o tema em discussão: Também aqui o problema está na interpretação e aplicação da lei. Neste caso, os membros do PS na Comissão de Ética consideraram que as sociedades de advogados são sociedades civis e não de comércio e industria, razão porque não estão abrangidas no impedimento do Estatuto dos Deputados. Se necessário fosse, também concluiriam por enquadrar as Sociedades de Advogados como instituições de utilidade pública. Enfim, valha-nos a moral, porque pela Ética da AR…
Publicado por josé 17:04:00
3 Comments:
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O Conselho de Ministros aprovou hoje o Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego 2005-2008 (PNACE)!!! O PNACE enumera de forma objectiva uma estratégia e um conjunto de 125 medidas concretas que visam dar corpo à agenda de modernização do País no horizonte de 2008 e promover o crescimento e o emprego, dando resposta aos objectivos definidos nos domínios de crescimento e sustentabilidade das contas públicas, governação e administração pública, competitividade e empreendedorismo, investigação, desenvolvimento e inovação, coesão territorial e ambiental, eficiência dos mercados e qualificação, emprego e coesão social.
E é assim, com a prata da casa e sem fanfarronices e sem consultorias milionárias que se governa e relança o país para sairmos desta maldita crise.
E a introdução já é um must. Uma trademark!
"deixemo-nos de..." ahahahahah!