duas notas do Brasil...
domingo, outubro 16, 2005
Serviço Público
Pela Bandsports pude assistir, em directo, ao Porto-Benfica. Para além dos golos do Bruno Gomes e dos comentários do Sílvio Luiz, o que eu mais gostei foi ver a devoção mariana da boa gente do norte, acenando à virgem. Como a virgem já tinha ameaçado que se ia embora se lhe mostrassem lenços brancos, espero agora ansioso a sua ascenção aos céus.
in Gândavo
Conexão Portuguesa - Combustíveis
Na semana passada a revista Veja já tinha revelado as actividades de "consultoria" que o irmão de Lula, Genivaldo Inácio da Silva, o Vavá, desenvolvia junto de empresários com interesses no governo, nomeadamente facilitando o seu acesso ao Palácio do Planalto. A coisa era organizada a ponto de Vavá ter mesmo montado um escritório num prédio comercial com três funcionários, assessoras e tudo. A revista contou que Vavá tinha conseguido, por exemplo, que o presidente da Federação Brasileira de Hospitais fosse recebido pelo assessor especial da presidência, César Alvarez.
Esta semana Veja conta mais. Para além de Alvarez, Vavá conseguiu que um outro cliente seu fosse recebido por ninguém menos que Gilberto Carvalho, amigo do peito e chefe de gabinete de Lula (e metido no caso de Celso Daniel até ao pescoço).
E quem foi esse cliente especial merecedor de tanta atenção? Ninguém menos que Emídio Simões, empresário português ligado a negócios de futebol com a Académica e de construção civil em Coímbra e já envolvido nas trapalhices habituais àquela tríade tão portuguesa de clubes/autarquias/empresários de construção.No Brasil, Simões é, segundo a revista "um dos controladores do Riviera Group, conglomerado que atua nos setores imobiliário, turístico e energético" tendo tentado, ultimamente fechar negócios com a Petrobras, que envolveriam a importação e distribuição de álcool combustível brasileiro nos mercados português e europeu, por meio de um terminal que a Nacionalgás, uma das empresas controladas pelo Riviera, pretende construir no Porto de Sines. Aínda segundo a Veja, a "intermediação" de Vavá produziu resultados: uma semana após seu encontro com Gilberto Carvalho, o empresário esteve no Rio de Janeiro – mais uma vez acompanhado pelo omnipresente Vavá e sua "assessora" Cristina Caçapava – para uma visita à sede da Petrobras. Foi tratar da assinatura de um memorando de entendimento entre a estatal e uma das empresas controladas por seu grupo, a Nacional Gás. Ou seja: tanto a intermediação de Vavá (cujas passagens aéreas foram pagas pelo empresário) quanto as negociações do grupo português com o governo caminham muito bem.
Previsivelmente, o Planalto e a Petrobrás já negaram tudo e Lula, como sempre, não soube de nada.
in Gândavo
Publicado por Manuel 10:08:00
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