a diferença



À míngua de ideias, à falta de um projecto, tudo serve. A última de que se lembraram, para criticar Cavaco, foram as fotos deste com os netos, publicadas no último Expresso. Tais fotos, tal 'utilização' da 'família', foram imediatamente comparadas com o passado recente e com a utilização que Carrilho fez, na sua desastrada campanha autárquica, da mulher, Bárbara Guimarães e do filho do casal. Acontece que as situações não são, em bom rigor, minimamente comparáveis, nem de perto, nem de longe. Carrilho usou, e abusou, do mediatismo da mulher, e do filho do casal, não para provar que era um cidadadão normal, com uma vida e uma família normais, mas porque julgava que poderia transferir para si o share de que o brand Bárbara Guimarães dispõe na imprensa cor-de-rosa, e assim beneficiar eleitoralmente. Já Cavaco, limitou-se a aparecer como um homem normal, avô, ao lado do seus. Mais, ao mesmo tempo que aparecia a esposa - e sobre isso ninguém sussura uma sílaba - teve o cuidado de notar de que , na campanha, Cavaco estaria a solo, remetendo a família para o sossego doméstico. Um mundo de diferença.

Publicado por Manuel 15:55:00  

3 Comments:

  1. Arrebenta said...
    Eu
    por exemplo
    vou muito educadamente votar Maria Cavaco Silva,
    assim defendendo o comércio tradicional,
    onde a moça se pareceria,
    digamos,
    com uma,
    sei lá,
    modista,
    costureira de bainhas,
    mas esse é o meu critério,
    e não passo,
    tecnicamente,
    de um dos muitos analfabetos funcionais formados durante
    THE GREAT PORTUGUESE DISASTER (1985/1995)
    Teófilo M. said...
    Pois, a fotografia saiu no Expresso e não num cartaz publicitário.

    A diferença é enoooorme!
    Ricardo Alves said...
    «À míngua de ideias, à falta de um projecto, tudo serve. A última de que se lembraram, para criticar Carrilho, foram as fotos da mulher deste com o filho, publicadas no último Expresso. Tais fotos, tal 'utilização' da 'família', foram imediatamente comparadas com o passado recente e com a utilização que Cavaco fez, na sua desastrada campanha presidencial, da mulher e dos netos do casal. Acontece que as situações não são, em bom rigor, minimamente comparáveis, nem de perto, nem de longe. Cavaco usou, e abusou, de mediatizar a mulher, e os netos do casal, não para provar que era um cidadão normal, com uma vida e uma família normais, mas porque julgava que poderia transferir para si o share de que o brand Maria Cavaco Silva dispõe na imprensa cor-de-rosa, e assim beneficiar eleitoralmente. Já Carrilho, limitou-se a aparecer como um homem normal, pai e marido, ao lado dos seus. Mais, ao mesmo tempo que aparecia a esposa - e sobre isso ninguém sussura uma sílaba - teve o cuidado de notar de que, na campanha, Carrilho estaria a solo, remetendo a família para o sossego doméstico. Um mundo de diferença.»

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