A importância do cruzamento de dados nas finanças...

  • Fase 1 - Uma empresa qualquer doa a uma instituição de solidariedade social o montante de EUR 2.000,00.
  • Fase 2 - A essa empresa é pedido um recibo de EUR 12.000,00.
  • Fase 3 - Através do Fisco, consegue-se deduzir 1/3 do valor, recuperando assim EUR 4.000,00.
  • Fase 4 - O "benemérito" fica com EUR 4.000,00 e a instituição de solidariedade com EUR 2.000,00.

A totalidade da doação foi prestada pelo Estado.

Publicado por António Duarte 15:11:00  

9 Comments:

  1. Anónimo said...
    sem casca;-)
    Anónimo said...
    Na Fase 2 não é antes "a essa instituição de solidariedade social"?
    Anónimo said...
    Pois... e não esquecer que a instituição ter que comprovar com recibos de obras "feitas" no valor de 12.000€.

    Devia ter ido para empreiteiro...
    Anónimo said...
    Venerável António Duarte,

    Essa operação já foi chão que deu uvas. Hoje em dia, e sempre que uma empresa é auditada pelas finanças ou pelos ROC(s), costuma ser exigida a apresentação do meio de pagamento e a sua confirmação via banco, se há "suspeitas" é também confirmada a entrada do donativo na entidade beneficiária. Quando a coisa corre mal á empresa, para além de adicionar á matéria colectável, ainda se arrisca a levar com uma tributação autónoma baseada em despesas confidenciais. Conheço pelo menos dois casos em que assim aconteceu.
    Anónimo said...
    Contas feitas o benemérito dono da empresa benemérita empocha (lui même), livres de impostos, 10.000 euros e a empresa benemérita empocha 2.000 euros. Mesmo que pague algum em extras é um admirável negócio de solidariedade social. Mas pode ser alargado a outros sectores (nalguns casos o IVA ainda torna estes casos mais interessantes).
    Anónimo said...
    ...ou ainda: uma ISS realiza um peditório público que rende 1000;deposita no banco 101000; e assim se faz entrar no circuito bancário 100000,vindos sabe-se lá de onde,(pensando melhor até se sabe), que são devolvidos à procedência, descontados de um fee para despesas. "As ISS lavam mais branco".
    Anónimo said...
    Tantos casos se conhecem; porque não participarem esses esquemas e crimes à PJ ou ao MP, chamando os bois pelos nomes? Ou até mesmo por aqui? Será que não querem ser chamados de delatores? Não tenham receio de limpar essa escumanha da nossa sociedade e procurar diminuir a economia paralela que nos prejudica a todos, embora mais os cumpridores dos seus deveres e obrigações.
    Anónimo said...
    E o dinheiro que as pessoas doam para contas específicas publicitadas por bancos, permitam aos bancos, ao entregar o dinheiro, fazê-lo como seu e usufruir de benefícios fiscais?

    agradeço esclarecimento
    obrigado
    diogenes
    Anónimo said...
    Agradecia que me dissessem se o actual DG dos Impostos, quadro do BCP, o tal do salário milionário, embora eu pense que isso tem menos importância no caso, tem, também ele, ligações à Opus Dei. Poderia estar aqui a chave para explicar a situação, no MF e PGR, de um processo de burla fiscal envolvendo vários milhões de contos e que, aparentemente, aguarda calmamente a prescrição em Dezembro do próximo ano.
    Enfim uns, os parvos, ou pagam os impostos ou são penhorados; outros, os eleitos do senhor, pintam a manta sob protecção do altísssimo. Não está certo, pois não ?

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