abortos


[1037] -- O PS deu mais um tiro no seu próprio pé, infelizmente. Se ainda existissem dúvidas elas teriam sido esclarecidas por Jorge Miranda. Jaime Gama não tem alternativa e terá de esclarecer o seu partido de que a sessão legislativa continua a ser a mesma e, logo, não poderá haver nova proposta de referendo sobre o aborto. Dito isto, se Gama não demonstrar a isenção política que o cargo exige, deve esclarecer-se que Jorge Sampaio continua a ter toda a legitimidade para recusar o referendo, ao contrário do que transparece do artigo de Ana Sá Lopes (Público, 15.9.2005: 11).

P.S . -- Refira-se que sou a favor da despenalização do aborto. Mas, que raios, será assim tão difícil fazer as coisas bem feitas?

[ADENDA] Carlos Loureiro relembra aqui um precedente que ajuda a esclarecer as eventuais dúvidas.

Paulo Gorjão

Publicado por Manuel 22:49:00  

7 Comments:

  1. Anónimo said...
    A despenalização do aborto é um erro monumental.
    A lei que existe já é sufcientemente abrangente para casos extremos.
    Recordo que estamos a falar de uma vida ou de um projecto de vida, como preferirem, que abrir mais um precedente vai aumentar ainda mais o numero de abortos, que quem opta por os fazer, raramente é por questões económicas, as mulheres com menos meios são hoje em dia as que melhor recebem a chegada de um filho,são as mulheres que acreditam que a vida se planeia numa agenda , as mulheres com carreira, com outro tipo de "responsabilidades", que optam irresponsavelmente pelo o aborto.
    Não sou contra o aborto por razões morais ou religiosas, sou contra o aborto por razões naturais.
    " Na Selva quem protege as crias é a fêmea", e nesta selva a fêmea é a mulher, caso alguem se tenha esquecido disso.
    É um erro seguir pelo caminho pelo qual as mulheres hoje optaram para vencer no mundo do trabalho, é um erro quererem se parecer cada vez mais com o homem para competir com o homem, a mulher não é por natureza uma alternativa ao homem é um oposto logo, assumir tranqilamente a sua condição só pode ser um trunfo em qualquer área da sua vida.
    A opção pelo aborto passa pelo egoismo cego da mulher e pela comodidade tão tipica da raça masculina.
    Para o poder, é mais uma questão de numeros, sai mais barato ao Estado "financiar" abortos, do que dar o seu contributo na educação de cidadãos responsaveis, lbertando estas mentalidades cativas da mediocridae e dependentes do consumismo, é comum ouvir-se a afirmação surreal, de que "fiz um aborto, porque sabia que não ía poder dar ao meu filho um computador, uma boa escola, uma consola, uns ténis de marca etc... e depois ele não ía ser feliz.".
    A única coisa que um filho precisa é amor desde o momento em que é gerado
    e se por qualquer razão anormal, a mãe não sente esse vinculo, o que não faltam é mulheres capazes de dar esse amor.
    A vinda de um novo ser é sempre motivo de alegria para a humanidade, é alguem unico e irrepetivel que vai contribuir e interagir, que tem direito á vida como todos nós tivemos, que como nós, não vai nascer com um atestado de felicidade, mas como nós tem o direito de lutar por ela.
    Por isso o aboto tem de ser uma discussão publica, por isso o aborto não pode nunca ser visto como um decisão pessoal, um direito ou uma liberdade adquirida.
    Desde o momento em que outra vida é gerada dentro de mim, a minha liberdade fica limitada, não posso decidir a vida de outro só porque essa vida depende de mim, o meu corpo deixa de ser o meu santuário para passar a ser o santuario de outra vida durante 9 meses.
    Aborto é sim um crime, e é uma lei dos homens que serve mais uma vez os homens e não as mulheres.
    Uma grande parte das mulheres aborta pressionada ou pela ausencia ou pela vontade do pai da criança, a liberdade que apregoam vem servir mais uma vez a liberdade e a irresponsabilidade masculina, que tem vindo cada vez mais a asfixiar o universo femenino, dando lugar a corpos moldados com silicone com sinais graves de disturbios alimentares e uma estrutura de vida descomprometida, egoista e acomodada que nada tem a haver com o ser livre, querem mesmo prisão mais vil que esta?
    Depois não se queixem dos esquadrões G e dos Catelo-Brancos da vida, foi este desprezo pela femenilidade e maternidade da mulher que deu origem a uma sociedade populada por estes verdadeiros abortos.
    Pedro Sá said...
    1. A Ana Rita Bívar é completamente reaccionária, e defende a redução da mulher ao papel de mãe e dona de casa. Idiota é o marido que se casar com ela que a vai andar a sustentar. Comigo nunca contariam para estes filmes.

    2. A opinião de Gomes Canotilho e Vital Moreira sobre o assunto já vem de 1993 e legitima a posição do PS. Parecem-me ter razão os professores de Coimbra. Post no Descrédito sobre o assunto !
    Anónimo said...
    Este Pedro Só é de uma ignorância supina e de um reaccionarismo primário. Daqui a 100 anos quando os nossos bisnetos olharem incrédulos para as leis abortistas, como nós olhamos hoje para as leis esclavagistas, hão-de contar o Pedro Sá, e os palermas de Coimbra, entre os energúmenos.
    Acaso o que o Vital diz é para levar a sério? Um abortista militante terá opinião isenta nesta questão? Ó Sá, use as meninges que só lhe faz bem.
    Anónimo said...
    Fique sabendo Pedro Sá, que não me agrada nada que comentem o que eu não disse.
    Como essa sua atitude não demonstra qualquer tipo de elevação, resta-lhe o silêncio ou se teve alguma dificuldade em entender o que escrevi, um pedido para que me explicasse melhor.
    As minhas opniões ao contrário de muitos são bem fundamentadas, falo do que sei, sobre o que não sei estou calada.
    Permita que esclareça o seu equivoco, sou divorciada, tenho dois filhos do meu casamento e há dois anos tive outro filho, depois de ter sido pressionada pelo pai do meu filho a fazer um aborto, assumi o meu filho sozinha, sustento a minha casa e educo os meus três filhos sozinha com todas as dificuldades com que todas as familias hoje têm de enfrentar e fique sabendo que não troco a minha liberdade e independencia por nenhum casamento ou qualquer outro tipo de falsa estabilidade, e o facto de eu pensar assim não põe em causa a minha condição femenina, quem a põe em causa são primitivos como o Pedro Sá, que julgam que feminilidade está vinculada a qualquer tipo de escravidão ou situação de dependencia.
    Leia um pouco sobre as sociedades matriarcais, conheça mais a fundo a mulher e talvez assim aprenda a respeitar a vida.
    Anónimo said...
    Ana Rita Bivar,

    A minha admiração pelo seu comentário.

    Obrigado.

    PS: Permiti-me fazer um copy para minha informação pessoal e não só.
    Anónimo said...
    Ana Rita Bivar,
    Só depois do meu said anterior é que li os comentários seguintes.

    Deixe-me dizer-lhe uma coisa:

    Já tenho idade para ter netos mas infelizmente não os tenho

    As suas palavras são uma benção para a humanidade

    Na Sociedade, felizmente(?) há sempre quem pense diferente, por isso ela evolui, mas infelizmente também há tarados, mas esses contam muito pouco.
    Não passe, pf, "cartucho" a estes "gajos"
    Fernando Martins said...
    Obrigado, Ana Rita Bivar, por parte de um pai que esperou ansiosamente 7 anos para conseguir sê-lo...

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