Os proxenetas

A limpeza coerciva das matas portuguesas tem o mesmo valor real que teria a alimentação coerciva dos refugiados de Darfur. Uma medida inexequível, na medida em que a maioria dos proprietários, trabalhando a tempo inteiro numa actividade díspar, não dispõe de meios nem de tempo. No entanto, cai bem junto dos eleitores urbanos, distantes do mundo rural e incapazes de destrinçar um castanheiro de um cacto. Corajoso seria repor a distribuição das espécies anterior à prostituição da floresta.

Publicado por Nino 21:49:00  

5 Comments:

  1. Anónimo said...
    O nosso amigo Sampaio gosta é de jogar golfe no Algarve. Todo o resto deveria é estar calado...
    Anónimo said...
    O pior é que ninguém se entende sobre o significado de "limpeza da floresta".
    Nos terrenos muito inclinados a limpeza de vegetação rasteira pode ser contraproducente, por causa da erosão dos terrenos.
    Os do ambiente não querem limpeza, porque vai afectar o microssistema existente. E o Estado ajuda a cortar a vegetação rasteira, mas não ajuda a retirá-la da mata. E ficando lá ainda é pior, porque seca e é um autêntico rastilho.
    Anónimo said...
    O pior é que ninguém se entende sobre o significado de "limpeza da floresta".
    Nos terrenos muito inclinados a limpeza de vegetação rasteira pode ser contraproducente, por causa da erosão dos terrenos.
    Os do ambiente não querem limpeza, porque vai afectar o microssistema existente. E o Estado ajuda a cortar a vegetação rasteira, mas não ajuda a retirá-la da mata. E ficando lá ainda é pior, porque seca e é um autêntico rastilho.
    Anónimo said...
    Tive uma propriedade que ardeu o ano passado, e os funcionários de uma repartição qualquer foram lá perguntar-me quantas árvores tinham ardido, e explicar que papel tinha de preencher para habilitar-me a um subsídio de não sei quantos euros por árvore.

    Respondi que não, trocava o subsídio por árvores novas, pedi conselho sobre que espécies replantar que fossem mais apropriadas ao solo e resistentes ao fogo, ofereci-me para ir levantar as árvores jovens a um viveiro qualquer.

    Responderam que não, que o que podia era pedir o tal subsídio e depois tratava da minha vida.

    Ainda não fui levantar o subsídio, já não vou. Replantei mais ou menos o que me aconselhou um agricultor da zona e pronto.

    É por isso que me parece boa ideia esta do Ministro da Agricultura, de só dar subsídios a quem replante o que deve e não o que lhe apetece.
    Só espero que consiga pô-la em prática.
    Anónimo said...
    Todos os Ministros incluindo o n/v Primeiro deveriam ter direito a 5+1 semanas de férias, as 5 primeiras no Quénia e a outra obrigatóriamente a limpar as bermas das nossas estradas por esse País fora.
    Poderia dar-se a alternativa, para aqueles que são da província o poderem fazer nas suas terras, sempre dava + uns votos.

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