não há paciência
sexta-feira, agosto 12, 2005
O Eduardo Nogueira Pinto, habitualmente mais lúcido, n'O Acidental, não só se manifesta solidário com os Espírito Santo como chama a atenção para uma prosa, no Sinédrio, assinada por Francisco Proença de Carvalho, que, ao que parece, subscreve. Haverá, segundo Proença de Carvalho, uma doentia ânsia pelo escândalo, por parte - pasme-se - da imprensa portuguesa, a qual dará crédito a um bando de tresloucados terceiro mundistas brazucas sem ponta de credibilidade. Proença, fala naturalmente na cobertura dada cá ao mensalão, que, segundom ele infundadamente denegriu já uma série de alminhas piedosas, não que não haja - ele lá sabe - empresários pouco sérios, e até recorda os prejuízos, graves diz, para a nossa auto-estima. Mas faz mais, andou até a estudar um pouco mais o caso, não sabemos se, para tirar tão iluminadas conclusões, ligou ao Dirceu, ao Jefferson ou quem sabe ao Pallocci, e conclui não se ter passado, nada, cá, rigorosamente nada de irregular. Isto é aquilo a que se chama o ataque preventivo, evitar que uma imprensa que não tem investigado rigorosamente nada, por laxismo, medo e cobardia, e andado a reboque do copy & paste, se auto-censure simplesmente. Saúdades do Pravda, e, porventura, dessa economia de mercado de sucesso que é a China, só pode. Mas o pior é que no dia em que a casa for abaixo, e vai ir, acreditem, vão ser anjinhos como estes, impolutos, que vão aparecer, na linha da frente, voluntariosos, a disponibilizar-se para tomar conta do estaminé. Convém, pois, e a tempo, recordar, que são - objectivamente - tão culpados como os outros, cúmplices, objectivos, de uma farsa. Como Lula, também não sabiam de nada, nem suspeitaram de nada. Não há paciência.
Publicado por Manuel 18:30:00
1 Comment:
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- Anónimo said...
7:22 da tarde, agosto 12, 2005o catraio da zezinha nogueira pinto trabalha na plmj do Júdice. Estavam à espera de quê?