exigência versus desistência

Vai longo e aceso o 'debate' nos comentários aos nossos posts. Há de tudo, desde o desencanto puro e duro, passando pela resignação, até ao aparecimento de uma nova classe de comentadores - os avençados - cuja única função é fazer ruído, e lançar FUD (Fear, Uncertainity and Doubt). Desconfia-se dos partidos, descrê-se na democracia, suspira-se. E no entanto, a democracia, os partidos, são aquilo que quisermos que sejam, e que nós deixarmos que sejam. Mãos à obra.

Publicado por Manuel 23:08:00  

20 Comments:

  1. Anónimo said...
    "os avençados - cuja única função é fazer ruído"

    São os Maneis da vida...
    Anónimo said...
    Caro anónymous das 11.20

    Então ainda não acabou o turno ?

    A avaliar pela qualidade do texto, parece que já houve rotação de pessoal.

    Tenha uma boa noite !
    Anónimo said...
    Caro Manuel
    O seu post é contraditório em si mesmo.
    Se entende que não se deve desconfiar dos partidos, descrer na democracia, suspirar, então para quê meter... mãos à obra?
    Que obra?

    Mais: Do que tenho visto não se descrê na democracia.
    Descrê-se nos homens que a distorcem, que a menorizam, que a envergonham, que a assassinam.

    É preciso, sim, meter mãos à obra de repôr a democracia nos seus legítimos carris.

    E com isso, e para isso, afastar os seus corruptores.

    è preciso devolver a democracia à democracia.
    Manuel said...
    Não há qualquer contradição, xavier.


    Os partidos são um espelho, um espelho da sociedade. Se esta é melhor do que o panorama oferecido, então é altura de fazer subir a qualidade dos agentes políticos.

    Simples.

    O drama é o conformismo e o laxismo de muitos que se abstem dos seus deveres cívicos e depois se queixam das consequências.

    Você sabe-o! Por isso diz que é preciso devolver a democracia à democracia, os partidos ao povo.
    crack said...
    Concordando com o que escreve: "Por isso diz que é preciso devolver a democracia à democracia, os partidos ao povo.", imagine-se que se aceita o seu desafio: "Mãos à obra." - e começamos por onde?
    Anónimo said...
    Caro Manuel,
    Assim sendo, concordo inteiramente consigo.

    Caro Crack,
    Denunciar.
    Isto que aqui se tem feito(neste e nos outros em que isto se faz) é já um primeiro passo.
    Há poderes fortíssimos na sociedade que podem denunciar, esclarecer, formar correntes de opinião, propor a mudança.
    O problema numa sociedade como a nossa é que acabamos todos por ser primos ou enteados uns dos outros, todos com almoços para pagar, todos com rabos de palha.
    Diz o povo que anda meio mundo a enganar o outro meio.
    Quem pode mudar o estado de coisas é o povo, o dono da democracia.
    Mas não é com o seu voto.
    Votar nos actuais dirigentes partidários é escolher entre morrer de tiro nos miolos ou morrer trincando uma cápsula de cianeto.
    è evidente que este é um discurso metafórico e radicalizado.
    Mas não anda longe da verdade.
    Denunciar é preciso.
    Verdade é preciso.
    É preciso que cada um de nós, em casa, no tabalho, no lazer, faça o melhor que sabe e pode, Mas também que exija o melhor.
    É preciso cultivar a exigência do que é o nosso direito, em cada balcão público, em cada momento da nossa vida.
    É preciso exigir cultura e ensino de qualidade.
    Sem esses valores e sem uma exigência pessoal, interessada e altruísta, não chegaremos lá.

    É preciso muito, muito mAIS.
    Mas, que sei eu...!
    josé said...
    Xavier:

    V.poupa-me os comentários e os ...postais!
    Subscrevo o que disse, claro.
    josé said...
    Caro Pedro M:

    A solução parece tão fácil quanto um ovo de Colombo:

    Competência e Honestidade!
    Parece simples, não?!

    Pois parece-me também que é simplesmente utópico. Eppure...
    Anónimo said...
    Diz o Povo "Cada cabeça cada sentença"
    Cada comentário neste post revela o que vai na cabeça de cada um, mas felizmente que a sentença é a mesma. A diferênça parece estar apenas na metodologia, mas é assim que as coisas começam a tomar forma.
    Há que começar a exigir exigência, passe o pleonasmo, e contrariando(?) o josé, nada é utópico, o que é preciso é meter mãos à obra
    começando por nós próprios, no trabalho, na rua por ex. exigindo que as autoridades actuem, fazendo cumprir a Lei. Penso que é assim que se pode começar de uma forma democrática, porque depois veem as outras formas(!)
    Anónimo said...
    Comentário aos posts - "A apagada e vil tristeza..." e " Incêndios em escalada,..." Ass.Maria da Fonte II
    Adenda aplicada a "exigência vs desistência"

    Na tal sociedade civil terá de existir uma norma básica: a aceitação da discordância, da diferença e do conflito - e isso não é impedimento da amizade, do respeito e da admiração do Outro...
    Na Suíça, na Holanda, na Bélgica...ou no Reino Unido não se conhecem todos também? Ou só têm relações sociais dentro do mesmo "clã"?
    Não pode haver limites para as ideias. O problema português é complexo pela dimensão e energia dos "buracos negros" que "absorvem" tudo o que de inovador e audaz surge na escuridão do espaço...público!
    Precisam-se IDEOPÚBLICOS, isto é cidadão livres idiotas que queiram apresentar novas visões em público!!

    Ass. Maria da Fonte II
    2005-08-24;01:54
    Anónimo said...
    Os Pilares duma Democracia são a Liberdade e a Justiça.
    Em Portugal não há Justiça. E não me venham com desculpas, pois uma justiça lenta não é justiça. Portanto em Portugal não democracia. E não havendo democracia também não há futuro. Este país daqui a dois ou três anos estará deseperado a bater em tachos e panelas. Talvez a partir daí surga algo de novo e positivo. Para já, estamos condenados.
    Anónimo said...
    Qualquer dia, e não está tão longe quanto isso, alguém vai abandonar a esperança, as palavras, e aderirá à política do dinamite. Basta a taxa de juro subir e se perder a casa, basta a perca de emprego, basta...

    Infelizmente não tenho coragem para o fazer, porque acredito que quando começar a ser arriscado ser político, os ratos (a má moeda) começarão a abandonar o navio (a vida pública).

    Se calhar na base do terrorismo islâmico também está isto, gente que nada pode contra a corrupção instalada nos regimes árabes e que só vê no nihilismo bombista a solução para a realidade.

    diogenes
    Anónimo said...
    O fundo da questão é que os dois grandes partidos do "Bloco Central" (PS e PSD) tornaram-se federações de interesses instalados e toda a espécie de lobbys cujo único objectivo é viver à custa do estado. A proximidade do Poder, para ser utilizado em torno dos seus interesses é o objectivo que os move. Aqui não há nenhum programa político para o desenvolvimento do país nem para a resolução das suas debilidades sociais e económicas. Bem pelo contrário.

    Para perpetuar esta situação foram introduzindo na opinião pública, através dos meios de comunicação social que det~em e controlo, a ideia de que não há alternativa, de o sistema só pode alternar entre estes dois partidos, condicionando tudo a um pretenso voto útil, em que se rejeita um para se ganhar outro semelhante.

    Como no totobola estes interesses só apostam em triplas, por isso ganham sempre.

    Quanto à forma de sair disto, concordo com o Xavier. Mas só se resolve quando se romper este monopólio.

    José Manuel
    Anónimo said...
    "os avençados - cuja única função é fazer ruído"

    São os Maneis da vida...
    Anónimo said...
    Sobre as grandes vantagens dos partidos alternativos, convém lembrar a história do PRD, que passou como um cometa pela vida política portuguesa.
    De repente, com a promessa de ser "diferente", "sério", "honesto", e basicamente contra a "corja" dos Políticos (os outros) conquistou 18% nas primeiras eleições (é pouco menos do que o PSD tem agora!!).

    Há portanto um mercado potencial muito grande para a Seriedade, mas o problema é que quem cai numa já não cai à segunda: é mesmo imprescindível que às promessas correspondam os actos.

    Do comentário acima do Manuel ficou no ar uma sugestão que depois não vi desenvolvida, e acho a mais interessante de todas:

    " é altura de fazer subir a qualidade dos agentes políticos".

    Como isto não deve ir lá por decreto, e eu ainda não consegui passar desta evidência de LaPalisse (que era bom que isto acontecesse), acho que era útil recolher mais opiniões sobre esta matéria.
    maria said...
    O Regime está podre, a estrutura que o sustenta está podre, não é possivel recauchutar o que existe.
    Há que partir do zero, e vai ter que ser o povo, vamos ter que ser todos nós, de todas as opniões, de todos os credos, com humildade mas sem medo, que vamos ter que resgatar Portugal.
    Basta olhar para trás e encontraremos na nossa História, situações perdidas, que nós portugueses, com astúcia e valentia, soubemos tão bem ganhar.
    Todos os portugueses têm a resposta dentro de si, todos nascemos com esta força e este amor por Portugal.
    Fomos feridos na asa, mas não vencidos,fomos enganados, postos a leilão, mas só vamos ser vendidos se deixarmos.
    Até ao ultimo fôlego, há esperança, até existir um portugês, existirá Portugal
    João Santos said...
    Não sei se existe descrença na democracia! A descrença, e naturalíssima, é nos agentes que protagonizam, em cargos institucionais, essa mesma democracia em Portugal.

    Afinal, existem muitos paíse (felizmente) onde a democracia funciona regularmente; são países onde existe um forte sentimento nacional e onde as pessoas são educadas em termos de cidadania e percebem o significado da palavra.
    Anónimo said...
    Não concordo nada com as idiotices que aqui se dizem, provavelmente fruto de depressão congénita.

    Portugal tem políticos de alto nível e prestigiados internacionalmente. Qual o país com a nossa dimensão e com os nossos pobres recursos naturais que tem tantos políticos e intelectuais reconhecidos internacionalmente?

    Às idiotices desta Loja deixo mais esta pergunta:

    Digam lá qual o país no mundo, mais ou menos da nossa dimensão ou mesmo maior (com excepção de Israel), com recursos naturais semelhantes aos nossos (em água, carvão, petróleo, minérios, solos férteis), que tem um PIB/capita maior do que o nosso?

    Dou-lhes o prémio do Euromilhões se encontrarem algum. Não venham com Japões, Irlandas, Luxemburgos,
    Finlândias, etc., porque esses têm logo resposta imediata da minha parte a chumbar-vos no exame, por indecente e má figura.

    Tenham juizo seus deprimidos!
    Estudem Geografia política, física e económica para não dizerem tanto disparate!
    Anónimo said...
    Nónó ataca novamente!
    Anónimo said...
    Então seus tótós idiotas, quando respondem à minha pergunta feita à 1:24?

    Ainda andam a procurar lá nas prateleiras da Loja?

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