Desenhos
quinta-feira, agosto 11, 2005
Um texto repescado de um sítio acabado, para o ameno dos dias de Verão:
Saudações! O meu nome é joe dalton , costumo andar armado de caderno e lápis e sou amador de arte ligeira, como é a banda desenhada.
Suponho que por ser arte menor, poucos lhe ligam. Contudo, para outros, não é tão menor quanto isso, porque pressupõe o domínio da arte do desenho, da criação de personagens, de paisagens, lugares e a sua expressão plástica. No desenho, o talento vê-se e exige-se- e nunca engana.
A banda desenhada é o reino da onomatopeia, da historieta e dos heróis de papel: a catalogação em livraria, costuma fazer-se por autor ou por personagem. O meu irmão Averell nunca sabe por onde começar...e pergunta sempre se Hermann é nome de gente ou de personagem: costumo dizer-lhe que já era e ele não percebe...eheheh!
A BD começa portanto com o desenho, porque é historieta contada em imagens que se baseia em argumentos escritos. Há pessoas que fazem bem as duas coisas: Disney e o planeta que criou; Hugo Pratt e o seu Corto Maltese e outros escorpiões do deserto; Hergé e o imortal Tintin; Edgar P. Jacobs e o arrojado Mortimer secundado pelo capitão Blake; Tardi e as histórias da Adèle Blanc- Sec (hummm... jolie brin de fille!); Franquin e o Spirou que deu também em nome de revista; Miquelanxo Prado e o seu Montano de gabardina; Brescia e Mort Cinder em registo negro de corvo;. Outras, só fazem bem acompanhadas, em tandem: Moebius/Giraud, por exemplo só lá vai, nas cowboyadas ou na space-opera, com ajuda de Charlier ou Jodorovski que lhe explanam os argumentos. Outro grande argumentista francês, René Goscinny, dos mais prolíficos e que chegou a escrever historietas simultâneas para o Astérix desenhado por Uderzo; para a história do grã vizir Iznogoud que queria ser califa no lugar do califa e desenhado por Tabary, num delírio verbal e... para o meu mestre Morris e a minha sombra negra Lucky Luke, essa nemesis que me persegue sem dó nem piedade, até me ver de mãos atadas e atrás das grades, para cantar no fim “ i´m a poor lonesome cowboy and it´s a long way from home”.
Entre os americanos dos comics, a maravilha encontra-se na ficção científica de Alex Raymond e Flash Gordon; nos variadíssimos super heróis Superman, Batman e Spiderman; no mágico Mandrake; no Fantasma ( não soa bem em inglês), Jungle Jim e na maravilha do pastiche ao romance negro que é Rip Kirby desenhado por Prentice e o Agente Secreto X9 , desenhado com um virtuosismo espantoso, por A. Raymond, a que se lhe seguiu sem perda de qualidade Williamson, o primeiro com a ajuda argumentista de D. Hammet. Outra pérola do desenho é O Príncipe Valente de Harold Foster e Tarzan de B. Hogarth.
Tudo isto se pode consultar na www. Nem todos os desenhos estão disponíveis e nem todas as historietas se podem ler, porque algumas são de pobreza franciscana quanto a argumentos. Mas o conceito em si de historieta desenhada é uma pequena maravilha e há bandas desenhadas que são de antologia.
Para dizer a verdade, as histórias são mais do agrado do meu irmão Averell: eu gosto mais dos desenhos, mas isto são gostos.
joe dalton
Publicado por josé 18:34:00
2 Comments:
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Parabéns.