critérios


PÚBLICO - Não existem fogos florestais e urbanos em Portugal. Parece que é tudo mentira! O que trás os Portugueses preocupados são os "Sequestros" e a "Desocupação da Faixa de Gaza". Acho que a Tânia Laranjo esteve no Brasil de Férias.

no Nova Floresta, a propósito das capas dos jornais que temos.

A 5 de Agosto
de... 2003, Ferro Rodrigues, então líder do PS, pedia uma reunião extraordinária da Assembleia da República, a 4 de Agosto visitava alguns dos concelhos mais fustigados pelas chamas na zona centro e em Proença a Nova considerou inadmissível o Parlamento estar fechado para férias quando o país atravessa um momento tão trágico. Já o nosso presente Primeiro-Ministro, regressado de... férias, e agindo como se agora é que a coisa fosse grave, vai para as TVs repetir, pelo menos quatro vezes, que, até agora, ardeu menos que em 2003. Pela primeira, vez um incêndio entrou por uma capital de distrito dentro, da terceira cidade do país. A norte, entre Afife e Viana, ardeu tudo, e a serra da Arga é agora uma memória, tendo o Hospital de Viana do Castelo estado em riscos de (ter de) ser evacuado. Recordam-se do que o PS disse, há dois anos atrás, quando um incêndio entrou por Oleiros dentro ?

Adenda - Ler a excelente e muito a propósito reflexão, em editorial, do João Morgado Fernandes, no DN.

Publicado por Manuel 22:57:00  

7 Comments:

  1. Anónimo said...
    Facto: até ver, ardeu concretamente menos de metade da área ardida em 2003;

    Facto: O país está sem chuva significativa desde há mais de 10 meses.

    Facto: Acenderam-se mais do dobro dos incêndios em 2005 que em 2003;

    Conclusão: a eficácia no combate aos acendimentos deste ano é incomparavelmente melhor que há 2 anos;

    Desconto: Nem Durão Barroso apagou nenhum fogo em 2003 nem Sócrates foi até agora indiciado como tendo acendido qualqer fogo este ano; ou vice versa.
    Conclusão 2: Se calhar até faz sentido que "medidas de fundo" como as que são reclamadas para resolver estruturalmente o problema não sejam tomadas à pressa por um Governo que tomou posse 2 meses antes do início dos primeiros fogos.

    O resto são adivinhas.

    Especulação: Quem se mostra tão assanhado com as férias dos outros e o faz tantas vezes por dia em horário útil, não estará apenas desempregado e ressabiado? Isso não se resolverá apenas com algum trabalho útil?
    Fernando Martins said...
    É de facto, "admirável" e impressionante o que o PS disse em 2003 perante a vaga de incêndios de esse ano (tal como é, de facto e sem ironias, admirável o que os partidos não têm dito este ano, não acirrando a crise e aproveitando esta oportunidade para fazerem demagogia...).

    Até a proposta do BE de não visionamento em Telejornais de imagens de fogo (que, repita-se, incita os incendiários pirómanos a continuarem a sua labuta...) foi pedagógica e interessante (pela 1ª vez concordo com o Berloque...).

    Também o facto de este ano haver muitos incêndios e pouca (sic...) área ardida, como diz o Costa dos Bombeiros (os das ignições, como repete ufanamente às televisões, termo estúpido que deve ter ouvido a um Bombeiro pouco esclarecido e que agora papagueia) têm uma explicação simples: houve pouca precipitação, formou-se pouca biomassa e assim acaba por arder menos área e menos biomassa vegetal (não, os Bombeiros com o PS não ficaram melhores, pois 3 anos sem material novo de combate a incêndios paga-se caro).

    Propostas:
    1. Venha o material de outros países ajudar...
    2. Comprem material novo aos bombeiros...
    3. Comprem, de uma vez por todas, meios áreos (não aluguem)...
    4. Lei das Sesmarias Florestais já (volta, D. Fernando!)...
    5. Explorem a possibilidade de recolher a biomassa vegetal e queimem-na, produzindo energia...
    6. As prisões portuguesas estão cheias de gente sem tendências piromaníacas que não se importavam de dar uma ajuda nesta área...
    7. A GNR e FA devem trabalhar mais na prevenção e, por vezes, na luta contra as chamas...
    8. Pensem em apoiar um pouco mais o voluntariado em Portugal...

    P.S. Ontem a minha querida Coimbra também estava a arder...
    josé said...
    Muito bem, caro/a senhor/a jornalista!

    COntinue por essa vereda que vai direito ao...logro!
    Tope-lhe as estatísticas e deixe-as rolar como números cegos em cima da mesa do jogo.

    E depois pergunte, por telefone se assim bem entender o que pensa delas a gente de Coimbra e de Viana do Castelo, por exemplo.
    Luís Bonifácio said...
    A preocupação comas estatísticas da área ardida, apenas revela que este governo, tal como os anteriores, não tem qualquer plano, não tem qualquer estratégia, para limitar os estragos.
    O país arderá até que São Pedro actue.

    Assistiremos portanto a uma instrumentalização das estatísticas. E para sabermos a verdade teremos que olhar para fora.

    Esta discussão sobre a estatística da área ardida parece-me aquela dos historiadores revisionistas que dizem que morreram apenas 1 milhão de judeus nos campos de concentração - Como se isso diminuisse o crime dos Nazis, como se isso diminuisse a tragédia!
    Anónimo said...
    Temos um país completamente desordenado com florestas sem regra nem acesso

    Habitado por pessoas que só gritam quando arde no Verão e não mexem uma palha para limpar na Primavera

    Temos milhares de bombeiros com pouca formação específica

    E meios antiquados e insuficientes

    Temos uma população de psicopatas pirómanos anormalmente elevada

    Temos as cadeias cheias de gente em prisão preventiva

    Temos juizes que mandam pirómanos para casa no pino do Verão com pulseiras electrónicas e recomendações de "juizinho, vá lá".

    Temos alguns (espero que muito poucos) bombeiros corruptos e com interesses em fogos

    Temos albufeiras e rios vazios devido à seca

    Temos uma população de dezenas de milhares de militares que estão mais confortáveis nos quartéis que a patrulhar matas (sei como é pois já lá estive em época de fogos)

    E podia continuar durante mais um bocado...

    Mas interrompo pois estou ansioso por ver como é que os supra-esclarecidos que arremetem contra o António Costa com tanta energia se propunham tratar disto em 2 meses.

    E de caminho avisem as instituições científicas competentes para a existência da vossa suprema inteligência, a bem da investigação neurológica.
    Anónimo said...
    Tânia Laranjo esteve de férias no Brasil? Ó, Tânia, é a sua sorte! Se não fosse isso, a esta hora já estava presa por suspeita de incendiária...
    Olindo Iglesias said...
    Tão triste quanto a devastação causada pelos incêndios é ver Portugal ser notícia na BBC World constantemente pelas piores razões (ora é arrastão, ora é pedofilia, ora é crise económica).

    Na BBC world vê-se o melhor e o pior do combate aos fogos, desde o Canadair até ao bombeiro sem qualquer tipo de protecção a carregar um balde de plástico carregado de água na esperança que o seu pequeno esforço faça a diferença.

    É triste ver que trinta anos de democracia apenas trouxeram corrupção, roubos, fraudes e governantes que de tão fraca moral e inqualificáveis práticas nem vale a pena comentar.

    Ainda me pergunto se alguma vez valerá a pena regressar a Portugal. Qq dia já nem para passar férias vale a pena.

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