A apagada e vil tristeza a que chegamos.

Um leitor deste blog que assina como xavier, deixou um comentário que sintetiza o que há para dizer e que só os blogs o podem dizer com esta pungência e imediatismo: os media tradicionais não podem falar esta linguagem e as letras do alfabeto do jornalista tradicional não comportam esta conjugação. Mesmo em artigo de opinião, só os comentaristas de carreira se poderiam dar ao luxo desta liberdade de expressão.

Muitos poderão dizer: é catastrofismo! É negativismo;é bota-abaixismo! Não é! É um retrato muito fiel do Portugal que nos tem legado os principais figurões da farsa que vivemos, durante estes últimos decénios e se há pessoas que chegaram a estas conclusões - que subscrevo, aliás - os motivos e razões podem ser apresentados, para quem ainda seja como os cegos, podendo e devendo ver sem obstáculos o que está à vista desarmada.

Eu não queria acreditar que atingimos os limites da nossa competência, enquanto povo. Mas os sinais aí estão a confirmar as minhas suspeitas:

Um país de corruptos; Apontados corruptos e até foragidos a candidatarem-se a eleições e as sondagens a colocá-los no poder;

O regime democrático transformado numa partidocracia; Os partidos políticos colonizados pelos grupos de interesses sanguessugas;

Os políticos, verdadeiros vendedores de banha-da-cobra, já não são os homens bons da terra, mas apenas aqueles que carreados ao colo pelos padrinhos, ascendem nas estruturas partidárias exactamente para esse efeito: São políticos de aviário.

Os governos que em lugar de governar o país, governam-se e desgovernam o país, fazendo da vida de milhões de portugueses gato-sapato; O interesse público metido na gaveta e os interesses partidários e clientelares a emergir como farol da gentalha governante;
O princípio da legalidade, feito de plasticina e moldado aos interesses clientelares;

As estruturas do Estado sugadas até ao tutano (veja-se o que aconteceu aos biliões dos fundos europeus, o que acontece nos Institutos públicos, nas enpresas públicas por onde se passeiam regularmente os cães de fila, os homens de mão dos partidos, sugando milhões aos cofres do Estado, directa e indirectamente, enquanto a populaça sua as estopinhas e arrota com a factura); O compadrio, a cunha, a informação privilegiada, como forma banal e banalizada de actuação;

O negócio admitido (quando não fomentado) dos incêndios;

Os projectos megalómanos decididos sem estudos prévios mas que certamente servem interesses clientelares ávidos destes ElDorados, destes paraísos da corrupção, capazes de transformar orçamentos de milhões em despesa de biliões. Para a sua barriguinha, para a barriguinha dos senhores políticos e quejandos e dos respectivos partidos políticos;
Mário Soares candidato a PR para que Cavaco não se pavoneie pela Avenida...
A prolixidade legiferante e a má feitura das leis como forma de empastelar a acção da justiça e deixar "gaps" como portas de cavalo para os negócios mais escusos e os pareceres externos milionários para grandes escritórios e empresas de consultoria;

O ataque às magistraturas que estavam a chegar perto dos poderosos, desde os seus privados vícios aos seus criminosos negócios;

Os municípios transformados em máquinas de corrupção, que deixam atrás de si uma esteira de desordenamento urbanístico, de agressões ao meio ambiente, de depauperação das suas populações, de endividamento das gerações futuras;
(...)

Portugal está a saque! ou somos simplesmente incompetentes?

Olhamos para o PM e para os ministros e ouvimos o seu discurso, como todos os outros discursos de todos os outros PM: de circunstância, sabidolas, de esperteza-saloia.

O que não admira: isto não passa de um país de chico-espertos (com honrosas excepções, como por exemplo o meu amigo Senhor Manuel da Lagariça, analfabeto, trabalhador à jorna e poeta popular nas horas vagas).

Se os sucessivos governos tivessem como meta da sua governação o interesse público, verdadeiramente o interesse do país, certamente que haveria áreas de actuação comuns a todos eles, medidas tomadas que fossem do agrado de todos eles.
Não há: Vem um governo e diz. Vem outro e desdiz. Vem outro e revoga tudo e dá novas cartas. Vem outro e já não e assim, agora é ao contrário. É o desnorte. Ou talvez não seja.

Talvez seja apenas os senhores políticos e os seus partidos a governarem-se e a governarem as suas clientelas. O que fazem e podem fazer impunemente.

Têm tudo pra o fazer, desde o domínio das estruturas económicas e financeiras pelos seus clientes, passando pelo domínio dos media - os jornalistas são cada vez menos jornalistas e cada vez mais jornaleiros (de jorna) - até uma classe votante anónima e amorfa, manipuláveis como um rebanho, que os reconduz sistemáticamente no poder, dando o carácter formal e a aparência de uma democracia. Atingimos os limites da nossa competência?

Quero acreditar que não, mas a merda da realidade (ou melhor, a realidade de merda) está aí...

Publicado por josé 10:53:00  

38 Comments:

  1. Afonso Henriques said...
    Mercê da sua incompetência autista, compadrio compulsivo e deixa andar irresponsável, o regime republicano tem vindo a criar com sucesso as condições propícias a um clima de descontentamento generalizado que, noutros tempos, conduziria a um inevitável golpe militar e à extinção do simulacro de democracia em que vivemos.
    Pela segunda vez em menos de um século, a república prova que é parte do problema. Nunca da solução.
    Anónimo said...
    Faço minhas as palavras deste Post
    josé said...
    Caro afonso:

    Até gostaria de simpatizar com a sua proposta. Mas quando me lembro do Henrique de Bragança...
    josé said...
    Pela minha parte, é simples de perceber:

    O regime democrático implica uma série de liberdades; poderes e contra-poderes.
    Uma monarquia teria sempre que conciliar isso mesmo. Na Espanha; na Inglaterra e na Holanda etc. é isso que acontece.
    Porém, não é pelo facto de Espanha ser uma monarquia que o PSOE de Gonzalez se atolou em Roldans e Cª.

    E não foram as virtualidades da monarquia quem salvou o regime...

    Não tenho tempo para elaborar mais, mas se preciso logo continuo.
    Luís Filipe Rodrigues said...
    Subestimamos quem colocou o país nesta situação pois temos que reconhecer méritos a essa conspiração que continua a crescer, basta ouvir as opiniões dos comentadores especializados nas TV's que em grande parte são os mesmos que nos puseram nesta situação. O que interessa é denunciá-la e acabar com ela e isso implicaria um esforço de cada um. Eu faço a minha parte.
    Anónimo said...
    É mesmo fácil e apelativo o discurso do bota-abaixo, do "eles são uma merda" (nunca sou "eu", são sempre "os outros", não é...?), do "fim da República", etc etc.

    Mas...

    Por muito que doa aos depressivos do regime, o mundo pula e avança, e há quem trabalhe todos os dias e produza coisas e viva bem. Sem compadrios, sem vergonhas, sem políticas, sem lágrimas e ranger de dentes.

    Ainda não deram por isso?

    É sair à rua e ver...

    E por muito giras que sejam estas "tribunas", as opiniões não têm que ser "definitivas", "arrasadoras", não me consta que tenham aparecido sarças ardentes aí pela 2ª circular a derramar o Espírito sobre tanto putativo salvador da Pátria...


    Bebam qualquer coisa que a azia passa...
    josé said...
    Ainda bem que há sempre uns contentinhos que se arranjam. Outra coisa não seria de esperar e deve ser muito bom, conseguir viver sem pensar.

    Há por aí uns milhares deles, sem dúvida.
    Gostam de ver a TVI;de apreciar os futebóis e assim estará bem.

    No entanto, o caro anónimo enganou-se no némero da porta.
    O discurso de bota-abaixo não é para esses feitos idiotas úteis para quem está sempre tudo muito bem, desde que a sua vidinha corra sobre rodas, bem entendido.

    Não, caro anónimo!
    O discurso que acima se transcreveu e que V. tresleu, é mais ou menos ou causa destes:

    "As estruturas do Estado sugadas até ao tutano (veja-se o que aconteceu aos biliões dos fundos europeus, o que acontece nos Institutos públicos, nas enpresas públicas por onde se passeiam regularmente os cães de fila, os homens de mão dos partidos, sugando milhões aos cofres do Estado, directa e indirectamente, enquanto a populaça sua as estopinhas e arrota com a factura);
    O compadrio, a cunha, a informação privilegiada, como forma banal e banalizada de actuação;"

    Abra os olhinhos, caro anónimo!
    josé said...
    Caro JSNovo:

    Como é óbvio, sim!
    Mas vamos trocar o certo pelo duvidoso?!
    E com o risco de apanharmos um Henrique?!
    Anónimo said...
    Essa do abrir os olhinhos tem graça, caro jos.

    (gostei do tom carinhoso, paternalista, prova definitivamente e bem a superioridade do argumentosinho... continue assim, por favorzinho...)

    Como os olhos só vêem para fora, fica sempre ilibada a responsabilidade individual, não é?

    Da minha parte, com os olhinhos abertos como de costume, sempre e quando encontrar um corrupto tenciono denunciá-lo à PJ; se encontrar um incendiário tenciono avisar a GNR, etc etc.
    e quando achar que há políticos que me merecem mais confiança que os outros, voto neles.
    Simples.

    Lamento, mas os meus olhinhos não servem para carpir mágoas inconsequentes sobre moinhos de vento.

    Sobre estas corrupções e interesses todos, quando opta por meter "Institutos, Políticos, etc etc...", já viu a quantidade de gente com família, carreira e seriedade que está a meter no mesmo saco? Ou nunca conheceu ninguém sério e honesto?

    Não haverá aí uma psicanálisezinha
    que resolva esse seu problema de falta de amigos?

    Da minha parte, repito, quando tiver conhecimento directo de ilegalidades tenciono cumprir o meu papel de cidadão: denunciá-los às autoridades competentes.

    E vou obviamente dando o desconto a quem à falta de tomates para denunciar o que sabe vai falando do que imagina que gostaria talvez um dia de saber.

    Assim me permitam estes olhinhos que a terra há-de comer (aprecia o neo-realismo provinciano cá do burgo, suponho...).
    Arrebenta said...
    Excelente texto
    Fernando Martins said...
    Subscrevo na integra o texto...

    Quando é que cai a III República ...?

    P.S. - Não comparem o fim do Governo Gonzalez de España com esta m... em que estamos atolados...
    Anónimo said...
    Já agora, quem é o "Henrique de Bragança"...?
    Se é o D. Duarte de Bragança, este Senhoe tem currículo: ex-piloto de helis na Guerras Ultramarinas, Presidente de diversas instituições (nomeadamente as Caixas Agrícolas), bom patriota, sem enriquecer à custa alheia...
    Alguém se lembra Timor 87 - Vamos ajudar...? Da sua luta por Timor, por Cabinda, das suas ligações a muitas das Casas Reais da Europa, reinantes e não reinantes...?
    Anónimo said...
    É, de certeza, o Cardeal D. Henrique o último Rei da II Dinastia...!
    Teófilo M. said...
    Gostei muito do que disse o xavier, subscrevia até algumas partes, mas a culpa é só dos políticos e dentro deles principalmente dos socialistas!!!!

    Ora deixem-se disso, meus senhores.

    Os políticos têm as costas largas, mas quem é que os põe lá?

    Quem é que financia as campanhas dos meninos;
    Quem é que os alimenta com chorudas avenças durante as suas carreiras; Quem são os patriotas que por uma valente mão cheia de Euros estão dispostos a tudo vender ao parceiro estrangeiro apenas tendo o lucro como meta final;
    Quem é que durante todo este tempo tem através do papelinho votado nos partidos como se fossem clubes de futebol, sem ligar para o que lhes é prometido;
    Quem é que vota nos sindicalistas profissionais, para não os aturar no emprego, e depois anda durante o ano a gritar contra eles acusando-os de preguiçosos;
    Quem é que vê os sindicatos apenas como um grupo de madraços que servem para discutir as tabelas salariais e nada mais exige em troca;
    Quem é que é incapaz de fazer um boicote sério às gasolineiras, pois prefere cortar no tacho, na educação ou no vestuário do que na voltinha ao fim-de-semana;
    Quem é que tem um ensino podre e se está a marimbar para isso, como se não nos afectasse a todos nomeadamente aos que têm filhos e não têm meios de fortuna para os sustentar;
    Quem é que deixa de ir ao futebol em protesto contra os preços dos bilhetes doando esse mesmo dinheiro ao corpo de bombeiros lá do sítio;
    Quem é que reclama na rua as desastrosas actuações do patronato com o aumento dos contratos a termo e precaridade nos empregos, preferindo recorrer às cunhas e amigos para colocar o rebento em vez de exigir concursos públicos decentes;
    Quem é que vive acima das suas posses e adora exibir sinais exteriores de riqueza que não possui?

    Já é tempo de começarmos a olhar para o que não fazemos e deixarmos apenas de criticar os políticos e governos, que só se aproveitam do que lhes é oferecido de mão beijada pela maioria de todos nós.
    Afonso Henriques said...
    Caro José,

    Talvez fosse interessante um debate sobre a mudança, ou alternância de regime em Portugal. Mas seria uma coisa feita com calma, com pés e cabeça, sem gritaria nem grande estrelai.
    Quando alguém compara Portugal e Espanha, raramente refere que no mesmo periodo de tempo (de 1975 a 2005)e partindo lado a lado na grelha de partida em termos de iliteracia, miséria e atraso generalizado, a diferença de posicionamento hoje em dia destes dois países é flagrante; ora uma das diferenças notórias no seu percurso de 30 anos é a do regime político em que isso aconteceu.
    Dêm-se as voltas que se queiram dar.
    Cumprimentos
    josé said...
    Não, caro anónimo. O Henrique de que falo é um ser humano, de certeza muito carente de atenção e que teve a infelicidade de nascer como nasceu.
    Vi-o em Ponte de Lima, há dois anos, a olhar as corridas de cavalos e basta olhar para o pobre Henrique para perceber instantâneamente que a monarquia não aguentaria ter um rei como ele- por muita simpatia que se possa tem com a pessoa - e eu tenho.
    Por outro lado, quanto ao D. Duarte, sim senhor! Podia ser rei que eu apoiaria, sem qualquer reserva: conhece as nossas tradições; respeita-as; parece culto qb e é nitidamente um "bom serás"! Talvez tivéssemos assim que aturar uma autêntica "regente". Mas não será isso que já temos e sempre tivemos?! Mesmo com a Maria, mulher do Cavaco?!
    As mulheres também mandam...

    Para conhecer a linhagem do pobre Henrique ver Aqui
    Ele é até o...duque de Coimbra! Valha-nos Sª Engrácia...
    Anónimo said...
    Ó Pedro M

    Não percebi as afirmações do saco, como aliás o resto do, digamos, raciocínio.
    Afirma então que "é uma injustiça" e siga a marinha, tanto faz, vai tudo junto porque "já está no mesmo saco".

    Pois.
    Haverá um fundo qualquer de lógica nisto, deve ser questão de esburacar mais um bocadinho...

    E leia lá o que disse, pois não afirmei "ter tomates" (o que aproveito aliás para afirmar nesta ocasião), o que quis dizer é que das duas uma (vou tentar assim de forma simples, pode ser que consiga captar melhor):

    1 - Ou quem vitupera corrupções e compadrios sabe do que fala e portanto é cobarde por não ir à polícia
    OU
    2 - Não faz idei, "ouviu dizer", "vê-se mesmo pela expressão dos olhos", etc etc, adora alinhar em "teorias da conspiração" e ofensas gratuitas sem provas.

    Deu para perceber agora?

    É que "ter tomates" não é necessariamente andar por aí a distribuir postas de pescada, à mistura com injúrias e difamações.

    Mas isto explicando devagarinho talvez um dia noutra encarnação você perceba.
    josé said...
    Caro Afonso henriques:

    Estou de acordo com a sua análise quanto a Espanha.

    Porém, não acho que a evolução espanhola recente se tenha ficado a dever ao regime monárquico.
    E daí, talvez tenha alguma razão.
    Se tivéssemos lá o D. Duarte Pio, nunca teríamos chegado a...Macau como chegamos, ou seja, de malas na mão...

    Assim, basta ver quem lá esteve então onde está agora: no governo!
    Quase todos! De facto, é bem capaz de ter alguma razão.
    josé said...
    ...mas repare que não foi o rei Juan que evitou a cultura do "pelotazo" dos socialistas fomistas que se atracaram ao Orçamento como bestas famintas.
    O Roldán até abarrotava de pesetas nos off shores e fugiu para o extremo Oriente a ver se escapava.
    Outros Condes e Ruizes Mateos, porém, foram angavetados efectivamente, apesar de o Ministério Público espanhol estar submetido ao executivo.
    Lá os Garzons fazem o que tem de ser feito, em medos.
    Aqui fazem o que podem e é muito pouco.
    É essa a diferença: somos pobrezinhos em tudo, principalmente na cultura cívica.
    Afonso Henriques said...
    Em monarquia quando algo corre mal, o Rei é sempre chamado a responder pelos desmandos da coroa. Em república, o presidente acaba por ser um Chefe de Estado a prazo, com limite de validade, sem ter recebido a mínima formação para desempenhar um cargo da responsabilidade que é o de Chefe de Estado. No Portugal republicano de agora (e de sempre) qualquer caramelo pode ser chamado pelo respectivo partido para se candidatar a presidente da república. O resultado está à vista.
    A "res publica", sendo de todos, não é de ninguém.
    E isto para não falar da trapalhada anual dos fogos, este ano alcandorada a fenómeno meteorológico com direito a previsão diária e tudo.
    Enfim.
    Afonso Henriques said...
    Quanto à importância do papel que o rei Juan Carlos desempenhou na passagem da Espanha de um regime totalitário para uma moderna democracia europeia julgo que fala por si só.
    Mesmo, e sobretudo, quando a opção de regresso a um regime totalitário lhe foi oferecida na ponta das armas por Tejero Molina e Milans del Bosch em 21 de Fevereiro de 1981.
    Relembro ainda que em Portugal foram os republicanos quem acabou com o sistema dos círculos uninominais e quem instaurou a censura nos jornais na sequência da "revolução" de 1910.
    Os 7% de votos que o partido republicano obtivera nas últimas eleições antes do regicídio de 1908 eram por demais insuficientes para que pudessem aspirar a uma significativa mudança na vontade do eleitorado nas eleições que se seguiriam, em Maio de 1908.
    O que não conseguiram com os votos, conseguiram a tiro.
    Anónimo said...
    Bravo, José!

    A mais brilhante apologia do fascismo que já vi nesta Loja! E olhe que este elogio que lhe faço é sincero, porque tem aí colegas seus na Loja também brilhantes na apologia do fascismo.

    Só um conselho: não passe cá pela minha terra, porque o matam antes de entrar. E olhe que não sou do Alentejo nem da comuna de Almada..., sou cá do norte muito cristão.

    Sabe porquê? Porque a minha terra avançou mais em trinta anos do que em séculos! Veja lá a infelicidade que você teve!...

    Cumprimentos e continue assim desesperado e disparatado, para que a vitória da nossa democracia seja certa.
    josé said...
    Ó caro anónimo:
    Vá depressa tratar essa paranóia! Está em estado agudo...
    josé said...
    Agora mais a sério:

    V. é capaz de me dizer o que é o fascismo?!
    Repare que não disse "fassismo"...

    Se eu defendo a democracia representativa; as liberdades cívicas e políticas em geral; se defendo a existência de partidos ( defendo até o modelo italiano de pulverização, veja lá) e se defendo principalmente uma escala de valores em que a competência deve sempre sobrelevar o amiguismo e o clubismo, seja maçónico ou de outra tendência, talvez seja obrigado a repensar o que disse caro anónimo.
    E se o não fizer, estamos entendidos: precisa de tratar essa paranóia que vê fassistas em todo o lado por onde se ataca o regime político que se fez em trinta anos de Portugal democrático e que sobrevive pelos vícios apontados pelo Xavier.
    Está contente com o resultado?!
    Anónimo said...
    José:

    Mil vezes os incompetentes deste regime democrático do que os competentes da sua aristocracia imaginária!
    Porque foram eles, e não escrevenhidores de disparates idiotas como você e outros seus colegas idiotas desta Loja fascisante, que na prática fizeram avançar Portugal mais em trinta anos do que em séculos! Mais em trinta anos do que em séculos, ouviu!

    Escreva lá na sua História de Portugal: "mais em trinta anos do que em séculos!"

    Em hospitais, em centros de saúde, em escolas, em universidades, em estradas e autoestradas, em melhoria de portos, aeroportos e caminho de ferro, em electrificação do país, em saneamento básico e abastecimento de água domiciliária, no tratamento de resíduos industriais e domésticos, em telecomunicações, na modernização do comércio grossista e retalhista, nas artes, nas letras, nas ciências, nos desportos, etc., etc.,etc.etc., etc., etc., etc., etc.

    Tanto assim foi que o mundo já elegeu alguns políticos portugueses como políticos de eleição, como Freitas do Amaral, como presidente da AG da ONU, Mário Soares, como vice-presidente da Internacional Socialista e figura internacional de destaque, António Guterres, como presidente da IS e agora Alto Comissário da ONU para os refugiados, J. Cutileiro, primeiro presidente da Organização da Defesa Europeia, e tantos e tantos intelectuais e políticos portugueses que foram e são presidentes ou líderes de Associações Internacionais, cujos nomes não conhecemos mas que existem, frutos da nossa democracia. Repito, frutos da nossa democracia, e não das suas imbecilidades.

    Raros povos da nossa dimensão e com os mesmos pobres recursos naturais têm tido tanto reconhecimento internacional dos seus filhos.

    Sr. José: mude de discurso de banha da cobra! Não precisa de dizer disparates para ser levado a sério. Basta ter bom senso e conhecer o país, o antes e o depois.

    Julga que por ser do contra e arrasador nos seus comentários contra tudo e contra todos do nosso abençoado regime democrático olham mais para si?
    Se pensa assim, deixe de ser mentalmente adolescente e cresça, amadureça e apareça.

    E deixe-se de Lojas. Se ainda não tem partido, crie o seu e submeta-se a votos com os seus colegas desta imunda Loja, para verem o povo escarrar-lhes na cara pelos disparates que dizem.
    Anónimo said...
    Menino Josezinho:

    .... E Durão Barroso, como presidente da Comissão Europeia, por consenso entre os seus pares.

    Perdoe-me o lapso de memória.

    Ah!.... E não paga nada pela lição.
    josé said...
    Se quiser discutir ideias, estou por aqui. Se quiser chamar nomes, pode ir para outro lado.
    Para o raio que o parta, por exemplo!
    Vê? Não custa nada dizer disparates...
    Logo mais rebaterei os seus argumentos que considero débeis. mas respeito o seu anonimato e a pessoa por detrás.
    Anónimo said...
    José:

    Ok.
    Arrependa-se dos disparates que diz e por mim está perdoado pelo mal que fez aos portugueses.
    Anónimo said...
    Menino José:

    Usando a sua linguagem boçal, remeta-se à realidade de merda que você é e deixe de insultar os portugueses com boçalidades fascisantes de menino de escola.

    E peça a alguém que lhe meta nesses miolos: Portugal avançou mais em trinta anos do que em séculos!!!
    Graças aos "incompetentes" e "corruptos" do seu cabaz de disparates e de banha da cobra.
    Anónimo said...
    O problema de Portugal é mais profundo e não é uma mudança do regime que o vai fazer. Na monarquia constitucional eram exactamente os mesmos, mas muito mais graves e profundos do que hoje. Esses problemas são o atraso, a pobreza e a ignorância e principalmente a forma como no meio disto alguns chicos-espertos manobram influências junto do poder político e económico para manter uma posição dominante a nível social, político e económico.
    A nossa monarquia, entre a partir da Regeneração (uma espécie de bloco central da época) foi atravessada por sucessivos escândalos que a colocaram sem qualquer ponta de credibilidade. Basta ler o Eça e ver as caricaturas do Bordalo para ter uma ideia da vida política e social da época. Apesar da República ser vista como uma espécie de solução milagrosa acabou por falhar e repetir o mesmo pântano em que se atolou a monarquia.

    O caminho é outro e passa por maior instrução, mais consciência cívica, mais cidadania e, principalmente menos medo (por exemplo o medo de ser despedido se exercer os seus direitos cívicos ou questionar situações obscuras).

    José Manuel
    Anónimo said...
    A propósito vale a pena recordar este textode Bertholdt Brecht:

    O Analfabeto Político
    Bertold Brecht

    O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

    O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais

    José Manuel
    Afonso Henriques said...
    Não foi só em Portugal que se "avançou mais em 30 anos do que em 3 séculos".
    Isso aconteceu no mundo inteiro. Nomeadamente na Europa.
    Só que entre o que se avançou nqa Europa e o que se "avançou" em Portugal é diferença entre o insuportável atavismo reacionário do republicanismo militante e a realidade das monarquias europeias contemporâneas.
    Espanha percebeu isso a tempo. E quem ficou a ganhar foi o povo espanhol.
    Portugal? Ainda não.
    maria said...
    Queria apenas fazer uma breve, mas não pequena rectificação.
    O Senhor Dom Duarte ao contrário do que muitos portugueses, terão sido levados a pensar,não é (graças a Deus!),o "possivel" futuro Rei de Portugal, existem outros pretendentes ao trono na descedência de D. João VI.
    As razões que me levam a fazer tal afirmação, são de ordem juridico-constitucional e já sobejamente discutidas.
    Por outro lado, não duvido, que no caso de uma Restauração da Monarquia, seria sempre no sentido da rotura e nunca uma "mudança" na continuidade.
    Só valeria a pena uma Monarquia, que assegurasse aos cidadãos direitos e liberdades, com que a Republica acenou, mas que nunca cumpriu.
    O Rei seria o garante, o guardião, o fiel depositário dos valores da identidade da Nação portuguesa , seria o nosso escudo, alguem aclamado pelo povo, vinculado á pátria, escolhido entre os vários descendentes da Casa de Bragança.
    Até lá, o uso dos simbolos da Casa Real, feita por parte de qualquer dos pretendentes ao trono de Portugal, é indevida e abusiva.
    Perante isto, deveria ser criado de imediato um Conselho de Regência, até a eventual Restauração da Monarquia, e a aclamação do primeiro Rei da 5ª Dinastia.
    sugiro uma visita ao blog monarqicoblogspot.com, onde decorre neste preciso momento um debate sobre o tema.
    É urgente a intervenção de todos, para encontrar uma solução para Portugal.
    Afonso Henriques said...
    Cara Ana Rita Bívar,

    A questão, por enquanto, é tão sómente a de mudança de regime.
    Dos muitos, variados e desvairados putativos candidatos ao lugar de pretendentes se falará a seu tempo.
    Espero eu.
    "Contar espingardas" nesta altura sobre quem estará ou não mais bem posicionado para preencher o lugar parece-me prematuro, quiçá, pueril.
    Nevertheless, rezam as crónicas que não tendo Dom Manuel II deixado herdeiros durante o longo interregno por que passou em terras de Albion, o herdeiro legítimo será Dom Duarte Pio de Bragança.
    Cumprimentos.
    Anónimo said...
    Por favor não mandem o ANÓNIMO embora.

    Sinceramente, não fazem ideia do gozo que me tem dado esse ANÓNIMO.
    Esta vida não pode ser só de coisas sérias, também temos que nos rir um bocado.

    Por favor não mandem o ANÓNIMO embora.
    Anónimo said...
    As preocupações do Xavier, também são as minhas. O problema, é que mesmo votando não conseguimos fugir à alternância PSD-PS e estes partidos estão rendidos ao poder económico, esses sim os verdadeiros governantes. Não quero com isto dizer que existam alternativas melhores, mas uma pluralidade partidária mais equilibrada na assembleia da república talvez funcione melhor que uma maioria absoluta. Mas para votarem diferente, também as pessoas têm de pensar diferente.
    O trabalho de diversão feito pelas TV's condiciona o pensamento fechando os horizontes do público ao invés de os abrir. Se a um público for oferecida uma programação mais instrutiva e voltada para os problemas do país ele tenderá a interessar-se mais por esses temas. Se pelo contrário forem oferecidos os estupidificantes programas de consumo fácil será isso que se habituará a apreciar.
    Não se trata de uma teoria da conspiração (como refere o anónimo) mas de actos que até podem ser inconscientes. Por exemplo, se um jornalista aprofunda uma matéria que mexa com poderes económicos, bastará um telefonema entre directores (que até se conhecem das socialités, de caçar juntos no Alentejo, etc), para que o jornalista se veja entre a espada e parede, entre os filhos que tem para criar e o desemprego. Poderá ainda ser alvo de "assassinato profissional" que é o fim daqueles que não obedecem às ordens dos patrões. A manipulação existe e está bem à vista, bastando ver certos painéis de debate que só contemplam os partidos de maioria ou de tendências similares. Há temas que são tabus e são pouco abordados, limitando-se a fugazes perguntas pelos(as) entrevistador(es).
    Contra isto, falo e falo todos os dias, no café, no trabalho, com os amigos, nas lojas e mesmo com desconhecidos, sobre o estado do país, sobre o que perdemos e que ainda vamos perder, sobre o mundo que deixaremos aos nossos descendentes. É a minha arma, falar para fazer reflectir. Se em cada dez, um reflectiu já valeu a pena. Não sou político e detesto a politização das discussões, apenas quero um país melhor, com mais justiça social, porque sinto que o sistema actual está a falir. Se não se fizerem reformas profundas e corajosas o país vai mesmo bater no fundo e nessa altura seremos uma nação que apenas viverá do turismo e serviços, sempre debaixo da alçada da UE por declarada imcompetência de nos governarmos a nós próprios.


    Manuel
    josé said...
    Caro Manuel ( comentador):

    Peguemos então naquilo que refere como "painéis de debate":

    Como é sabido, os órgãos de informação com maior poder de penetração na opinião pública, pelo menos de imediato e com imagens que valem sempre mil palavras e fascinam audiências basbaques, são as...TV!

    Que lugares de debate temos em Portugal?!

    Saliento um, porque é o que vejo( recuso-me a ver a SIC e a TVI): o programa Prós & Contras da apresentadora Campos Ferreira.

    Quem aparece geralmente nos tais painéis?! O Bloco Central em peso, Sempre! Sempre!
    Poderá não ser de propósito e acredito em certa boa fé da apresentadora que não será est+upida de todo. Mas a verdade é que formatou o programa daquela maneira e não há volta a dar-lhe.
    O discurso torna~se assim uma pequena varinate daqueles que vemos ser feito na AR.

    Uma vez, sobre um tema que já não lembro, esteve lá p maiot tycoon dos nossos media tradicionais: Pinto Balsemão himself.

    Que disse ele de especial? Banalidades e mais banalidades para não mexer muito com as coisas estabelecidas, o chamado satus quo.
    Mas disse uma coisa que me impressionou vivamente e que já tinha aliás lido algures nos anos setenta e oitenta a propósito do sistema político:

    Disse que actualmente os políticos que nos representam no Parlamento e ocupam lugares de liderança nos assuntos do Estado, são tendendialmente profissionais da política. E disse mais: disse que achava isso muito bem!!!

    Está tudo dito a propósito da renovação política a la Balsemão.

    O que proponho então, como comentador de blogs, eu josé, anónimo e alegre por o ser?
    Isto:
    Pulverização do espector político como aconteceu na Itália! Acabam as vacas sagradas; surgem pequenos partidos à semelhança dos BE e outros verdes, amarelos e brancos e temos uma democracia em melhor funcionamento se aparecerem os melhores.
    Será essa a condição, claro.
    Poderá isto ser um programa viável?
    Desconfio que não até chegarmos ao ponto de ruptura com este sistema.

    O Saldanha Sanches, disse há pouco tempo numa entrevista que os políticos da geração dele, julgam-se donos do país.
    Basta ver o Albero Costa; os Lacões todos que pululam por essas comissões parlamentares há anos e anos e toda uma clique dirigente de Vitorinos e outros LOureiros para se concluior que tem toda a razão.

    É esse sistema de perpetuação do poder, através de esquemas fraudulentos para o próprio regime democrático, que deve acabar quanto antes. Fraudulento porque parte de bases que não permitem o pleno funcionamento da alternância real entre pessoas. Escolhem-se uns aos outros para as listas em eleições. É esse o momento chava pra percber como tem funcionado o sistema. Basta ler jornais para entender isto.

    Se este sistema de continuada corrupção política não acabar, são eles que acabam com a democracia, porque a transformam em oligarquia, como já se vão vendo sinais bem visíveis por aí.
    Vejam a atitude do Mário Soares por exemplo que perdeu já toda a vergonha em resultado do eudeusamento que lhe prestam, injusto e desmeurado. O tipo agradece, claro- e julga-se um génio. O Ceausescu também se julgava - a mulher dele então nem se fala!
    maria said...
    Caro Afonso Henriques,

    Informe-se melhor, embora não seja um assunto urgente, convem estar preparado.
    A verdade deve sempre ser dita.

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