“Moro num país tropical”
quarta-feira, julho 13, 2005
Verifica-se que, em alguns dos artigos de uma proposta de lei aprovada recentemente na generalidade pelo parlamento, se utiliza o termo “procedimento concursal” em vez de “procedimento por concurso”. Acontece que a palavra “concursal” não consta de qualquer dicionário português de língua portuguesa.
Sugere-se aos senhores deputados, já que não têm tempo para ler com toda a atenção o que lhes é dado a votar, que seja criado na AR um qualquer serviço para revisão da redacção em língua portuguesa dos diplomas, de modo a evitar disparates como aquele. Caso não haja verba, destaquem para a função professores de português em situação de horário “0”, ocupando-os assim numa tarefa que é urgente e necessária.
Sugere-se aos senhores deputados, já que não têm tempo para ler com toda a atenção o que lhes é dado a votar, que seja criado na AR um qualquer serviço para revisão da redacção em língua portuguesa dos diplomas, de modo a evitar disparates como aquele. Caso não haja verba, destaquem para a função professores de português em situação de horário “0”, ocupando-os assim numa tarefa que é urgente e necessária.
Publicado por contra-baixo 13:55:00
7 Comments:
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Sugere-se que substitua o "que não tem tempo para ler", por "que não têm tempo para ler".
De qualquer forma é bom que alguém sugira alguma coisa aos nossos deputados que dizem interviu em vez de interveio.
Se fosse só aí. Mas até os tribunais superiores usam essa mesma expressão (http://www.dgsi.pt/jtca.nsf/0/bbf2cee42198f66780256f90003f97cc?OpenDocument)
já para não falar dos jornalistas.
Não obstante, suspeito que a maioria nem sequer sabe quem é o Calisto, quanto mais lerem e apreciarem o gongorismo dos discursos de antanho.
lucklucky
O recurso a professores de português envolveria uma certa perigosidade. Julgo que se obteriam melhores resultados, e mais económicos, com a mera consulta a um dicionário da língua portuguesa.
Mas cada vez que focam lá o redondel está sempre meia-dúzia a lerem os jornais.