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quinta-feira, julho 14, 2005
João Miranda sai em defesa de Victor Constâncio, Campos e Cunha, Mira Amaral e tantos outros...
Uma pessoa que recebe um benefício injusto deve abdicar unilateralmente dele? O que é que isso resolve? O benefício será simplesmente atribuido a outro e tudo continuará na mesmo, excepto para quem abdicou dele que fez papel de pato.
Publicado por irreflexoes 14:39:00
2 Comments:
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E o postal do JM é anarquista, como é bom de ler.
O JM anda a dar a volta ao mundo das dieias liberais e agora parou no conceito do "salve-se quem puder" ou melhor, "cada um por si que se safe"!
Bela moral, sim senhor e que o von Mises subscreveria... para dizer que era exactamente o contrário que seria aconselhável a um liberal.
Em resumo: continuo sem saber o que é o liberalismo.
Por aqui, blogosfera devia havwer muito mais serviço e menos servilismo dos exploradores que nos (des)governam.
A resposta é precisamente a contrária. O ministro nunca deveria ter decidido no Conselho de Administração de que fazia parte um sistema de regalias tão abusivo (lembro a pergunta do RAF que pediu o exemplo de uma só empresa cotada na NYSE ou outra em que um administrador recebesse por um só mandato uma reforma (antecipada...) de 8 mil euros para o resto da vida...
Quem vai para o poder tem de servir o povo e não servir-se dele. Se não quer sacrificar-se, não deve ir. Fique nos tais presumidos lugares dourados na privada onde supostamente se ganham mundos e fundos.
Eu publiquei o salário de Greenspan (cerca de 140 mil dólares/ano), que depois o Dependente copiou - o João Miranda disse que era o Chairman do FRB que ganhava pouco. Não ocorreu o motivo do serviço público - apenas o do interesse individual.
O senhor Greenspan também não administra os seus investimentos - existe uma comissão nomeada para o efeito. Por cá, quem nestes lugares teve preocupação semelhante? E quantos não compram e vendem títulos através de familiares e amigos a partir de inisde trading?
O liberalismo levado ao extremo do absurdo tem destas coisas: defender o abuso do poderoso em detrimento da protecção do interesse público. Ainda me lembro do Prof. Pedro Arroja defender os contratos de casamentos temporários (que se esqueceu de aplicar aos filhos...) e a permissão do doping para garantir a igualdade de oportunidades nas competições desportivas!...