lélés da cuca

Marcelo Rebelo de Sousa está - outra vez - desesperado, já admite às claras ser candidato presidencial, e já entroniza como adversário nada mais nada menos que Mário Soares. É triste. Marcelo já fez trinta por uma linha, já inventou até uma suposta doença incurável ao Prof. Cavaco e mesmo assim ninguém lhe liga, nem à sua putativa predestinação presidencial. Dantes, quando era jovem, e ainda tinha alguma creatividade até ia tendo piada, agora mete dó. Quem vai acabar a lucrar com tudo isto vai ser o Dr. Balsemão, sim, porque na impossibilidade de o fazer na TVI ainda vamos ver o Prof. Marcelo - o génio incompreendido que tomou banho no Tejo - num qualquer reality-show televisivo para a plebe o conhecer melhor.

Entretanto o Prof. Freitas, como consequência de (mais uma crise de) ciúmes pelas reações ao artigo de Campos e Cunha este domingo no Público, resolveu também ele dar uns ares da sua graça. Pretendia Freitas ser ainda mais sublime que Campos e Cunha - que tenta ser poder e oposição ao mesmo tempo - e mostrar da sua suposta lucidez. Acontece que - e atentando apenas às suas esfarrapadas explicações esta manhã à TSF - o que passou foi algo completamente diferente. Cego pela vaidade, e pelo desejo de protagonismo, Freitas acabou por confessar explicitamente aquilo que se suspeitava - que não há apenas um problema de comunicação, mas antes um - de fundo - de estratégia, e de rumo. O que Freitas confessou é que também eles - os tais que ele caucionou depois de saber quem eram - não estavam preparados, foi apenas o poder pelo poder. Não estavam eles, nem estava ele. As coisas são o que são.

Publicado por Manuel 11:21:00  

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