Relatório da esquerda caviar (melhorado)
sábado, junho 11, 2005
O dia de ontem foi manchado por uma ignóbil carga policial sobre 500 jovens que limpavam tranquilamente o areal de Carcavelos. Três deles deram entrada directa no serviço de otorrinolaringologia com areia nos ouvidos, dois outros padecem de tendinite após resistência ao esticão de alguns banhistas, encontrando-se ainda em observação, e um sexto, mais escrupuloso no asseio da praia, é o caso que inspira mais cuidados, pois suspeita-se que sofra de insolação. Os restantes 494 estão a monte recuperando do traumatismo psicológico de tamanha ingratidão, pelo que devem receber uma comenda compensatória aquando das cerimónias do dia de Portugal de 2006, a realizar na Cova da Moura.
Blocus Sinistrum (antigo Post Scriptum)- A análise do Professor Rosas, na pena de Kilas:
Desses 500 jovens, 499 têm menos de 16 anos de idade; foi uma violência bárbara a forma como a PSP actuou que deveria, em primeiro lugar, ter dialogado com esses jovens e mostrar-lhes que o seu comportamento estava errado, que se podiam magoar como, efectivamente, aconteceu: 3 deles ficaram com areia nos ouvidos e outros 2 ficaram com uma tendinite...
É que, convenhamos, esses jovens têm a sua personalidade em formação e a violência da PSP, gratuita, pode comprometer o seu devenvolvimento psico-afectivo e incutir-lhes a revolta a a violência, coisa que, até então, eles nem sabiam o que isso era!...
Por outro lado, a culpa de tudo isto foi dos banhistas que, em manifesta atitude provocatória de burgueses, foram à praia levando consigo sinais exteriores de riqueza e de burguesia: relógios, telemóveis, alianças, etc.
Publicado por Nino 08:36:00
está-se mesmo a ver o que lhe vai acontecer brevemente, num está-se ?
Bem lembrado, essa da fada Oriana! Contudo, talvez neste caso , seja mais útil ler e reflectir no que Rudolph Giuliani fez em Nova Iorque.
TEnho evitado discorrer sobre este assunto, por receio de incorrer em disparates.
Prefiro aguardar uns dias, antes de debitar uns palpites.
COntudo, assim à partida, este fenómeno parece-me muito grave do estado de sítio a que chegamos em certas regiões do país.
Não é só em Lisboa. Também no Porto se apresentam algumas situações similares.
O problema - e já estou a entrar naquilo que disse não querer- tem a ver com anos e anos de anomia policial. A culpa não será dos polícias - que são sempre do melhor que podemos alguma vez ter, é bom que toda a gente tenha a noção clara disto!- mas sim dos comandos e dos políticos de pacotilha que vamos tendo.
O pior deles todos, está lá agora mesmo a refulgir no ministério da Justiça. Já foi do ministério da administração interna e nesse tempo disse e escreveu que a polícia que havia não era a dele...
Imaginem a que tipo de polícia se referia!
A todas as acções tomadas por um ser humano correspondem responsabilidades e consequências. No bom e no mau sentido. É isto que temos que ensinar e aplicar desde cedo aos jovens. Para que no futuro possam ter oportunidade de decidir com senso quais as acções a tomar na sua vida, individualmente, em família, profissionalmente, em sociedade.