Não, não vou acusar Vasco Pulido Valente de plágio, apenas me apraz notar que hoje no Público ele resumiu de forma sublime muito do que aqui já foi dito sobre a vaga moralista que visa retirar "regalias" aos políticos.
Publicado por Manuel 14:46:00
2 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A resposta tem sido os recurso sistemático a benefícios como as pensões, os subsídios de reintegração e o mecanismo de "revolving door" (de que a relação IBERDROLA / Dr. A. Moura é um bom exemplo - mas não o único).
Na realidade se compararmos o vencimento de um qualquer ministro com o dos administradores de empresas públicas de que deles dependem o anacronismo é evidente.
Acresce que não considero que haja nada de chocante nos subsídios de reintegração, quer sob a forma de um montante fixo ou subsídio mensal concedido durante um período temporário (p.ex. max. 1 ano ou até á obtenção de um emprego ou ao estabelecimento de uma actividade remunerada).
O estabelecimento de regras transparentes e claras que evitem a acumulação de cargos virtuais é sem dúvida necessária. Mas em meu entender os ordenados da classe política são em muitos casos ridiculamente baixos.
Obviamente que nos tempos que correm tal medida é muito provávelmente impossível de pôr em prática.
É também forçoso reconhecer que muito embora o desempenho dos políticos seja, muitas vezes, objecto de críticas considerando-se que ganham mais do que merecem, o mesmo se poderia dizer de muitos eleitores, desde o operário, ao gestor, passando pelo funcionário público, os quadros e profissões liberais (p.ex. há alguma razão para que uma consulta médica em Portugal seja mais cara que na Belgica ou no Luxemburgo).
Talvez fosse aconselhável que cada um, parasse com esta manifestação de inveja mesquinha sobre quanto ganha o vizinho do lado, e se concentrasse em perguntar a si mesmo se ao final do dia o benefício produzido para a comunidade estava em relação com o montante recebido. Talvez assim Portugal se tornasse um país diferente, com um menor défice de produtividade.
Agora imaginem um 'juiz' do TC, também pode aos 40 e picos ganhar uma reformazita para o resto dos seus dias... Valia a pena saber quantos ex-deputados, ex-administradores, ex-governante, ex-presidentes estamos a sustentar... E prever o custo de tais tenças...