Lisboa é gente de bem
quinta-feira, junho 02, 2005
O comité popular de apoio à candidatura de José Sá Fernandes é constituído esmagadoramente por proletariado oprimido, privado de meios de produção próprios, gente que se vê obrigada a vender a sua força de trabalho para poder sobreviver, como professores universitários, arquitectos, advogados, actrizes, médicos, historiadores, pintores, realizadores, engenheiros ou críticos de arte.
Publicado por Nino 16:50:00
13 Comments:
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Non/Nee me enganas. É a pura das verdades o que o Ninno diz pois quem refere vê-se obrigado a vender a sua força de trabalho para poder sobreviver. Tal como eu. E o Ninno?
Tal como o DESEMPREGO não ser a DOENÇA, mas sim a CURA. Basta encontrar uma maneira equitativa de distribuir a abundância. Se tivesse que escolher entre o homem de lisboa e o Ninno para a encontrar, desconfio que escolhia o HOMEM.
Mais interessante do que as pessoas que apoiam os candidatos (cada um tem o que merece, e vamos à vida...) é, no meu ponto de vista, lêr as linhas programáticas de cada um deles.
Já que estamos a falar desta candidatura, e depois de uma leitura muito rápida das tais "linhas" não posso deixar de confessar que, muito embora venha de onde vem, esperava muito, mas mesmo muito mais.
"Reutilização das águas de lavagem nos autoclismos e na rega" (já agora, como ?)
"Plantação de uma árvore por cada bebé nascido em Lisboa" (esta do bebé é mesmo uma ternura!)
"Recriar um novo Passeio Público na Avenida da Liberdade" (com caleches municipais para ser mais tipico ?)
"Consagrar à utilização pública as arcadas e o piso térreo do Terreiro do Paço" (esta tem carradas de originalidade ...)
"Consagrar à utilização municipal os Conventos da Graça e de Arroios (numa primeira fase) e os Conventos do Carmo, Loios e Janelas Verdes (numa segunda faze" (já agora, desculpem a curiosidade, para que utilização ? e a talhe de foice, feito com que dinheiros?)
Um teatro de revista permanente no Variedades e/ou no Maria Vitória e uma sala de music hall (juro que vem mesmo assim nos texto ...) no Capitólio. (E já agora, onde vão instalar o "sardinha assada
open air" ?)
E muito, mas mesmo muito mais teriamos para referir, mas já estou a ocupar muitissimo espaço.
Para finalizar, uma sugestão:
Será que "A Grande Loja ..." não poderia abrir um blogue para discutir sériamente os programas dos vários candidatos, sejam eles "perfilados" ou "gelatinados" ?
Atreva-se.
Admito que deve ser do adiantado da hora, mas confesso que não percebi patavina do seu comentário das 10.43.
Importa-se de traduzir ?
Não era consigo mas sim com o Ninno.
Não se esqueça que, apesar de tudo, são os capitalistas que criam o trabalho. É por haver capitalistas gananciosos que o camarada usufrui de comodidades tão triviais como a televisão, a internet, o telemóvel e o carro. Se fosse pelos seus irmãos, só lá para o ano 3000 teríamos atingido tal patamar.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Então agora são os capitalistas sózinhos que criam emprego ?
Só não percebo, a ser assim, porque andam sempre tão interessados em conquistar o chamado "aparelho de estado".
Ele são "cedências graciosas" de altos quadros da administração privada a"transferirem-se", com "grandes sacrificios pessoais" para a função pública, ele são soberbas contribuições monetárias para as campanhas publicitárias (vide caso dos sobreiros), etc. etc. etc.
E se fossemos todos um pouco menos jucosos e um pouco mais sérios na abordagem destes problemas ?
Cumprimentos
As comodidades triviais que refere não foram inventadas por capitalistas gananciosos. Esses sacralizam e fazem sacralizar o dinheiro. Digo-lhe, sem qualquer ironia, que se não fossem esses tais capitalistas gananciosos teria sido possível concretizar no Séc. XX o sonho do fim do Séc. XIX, do mundo em paz consigo e entre si e com abundância para todos. Lamento que não o compreenda pois me parece possuir todos os dados. Desculpe mas não sou comunista. Niet também é não em Neerlandês, eh.
Um capitalista ganancioso é uma benção para a sociedade, desde que não recorra a métodos fraudulentos na angariação da sua fortuna, cabendo ao Estado o dever da sua fiscalização. O trabalhador, que vende a sua força de trabalho, merece o justo pagamento, desde que cumpra com os deveres estipulados no contrato de trabalho, caucionado por uma entidade independente, de modo que ninguém seja despedido ou mal remunerado por razões subjectivas, irracionais ou pessoais.
As utopias políticas redundam sempre na prática em miséria e terror, como exemplificaram os regimes comunistas. A paz e o amor universais são exequíveis se emanarem de cada indivíduo, contaminando sequencialmente toda a sociedade, não se impondo certamente por decisão política superior.
Cumprimentos a ambos da praia (entre o mar e a terra)
Voltemos ao assunto (vocês desculpem, mas como ando a comprar o Dicionário HOUAISS, tenho que lhe dar algum uso).
Então é assim:
GANANCIOSO:
1 - em que há lucro ou ganho, útil.
2 - relativo a lucro exagerado
3 - diz-se de ou aquele que visa exclusivamente ao lucro, lícito ou ilícito.
(Citando o Dicionário Houaiss)
Ups!
No ponto 3 é que está a questão:
licito ou ilícito !
Se o Ninno entende que os capitalistas gananciosos são um bem para a sociedade, das duas uma:
Ou não comprou o Houaiss como eu e então emprega as palavras que são mais "giras" (ou provocantes, tanto faz) ou sabe exactamente o significado dos vocábulos que emprega (já agora espero que com ordenado minimo !) e então estamos todos conversados (e já agora definidos)
Bom resto de praia Ninno !
Concordo absolutamente com a última frase do seu último comentário e quando a exponho normalmente dizem tratar-se duma utopia política. ;)