Carrilho não quer que eu vote nele
quarta-feira, junho 08, 2005
Pegando na deixa de Fernando Alves hoje na TSF: ver no noticiário da TV a cena do filho a berrar papá, empinado no colo da mãe Bárbara, num spot publicitário, promovendo a candidatura do "futuro presidente da Câmara de Lisboa", Manuel Maria Carrilho, foi como se nos obrigassem, a todos, a ser leitores da Caras.
Fique-se com os leitores da Caras e faça deles eleitores, caro "futuro presidente da Câmara de Lisboa" que por mim vou ver se arranjo candidato noutra freguesia.
Quais são mesmo as suas propostas políticas para a capital? Papá, papá...
(.)
Publicado por Rui MCB 11:15:00
8 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Também vi, circunstancialmente, o spot...
Porém, o assunto tem algo mais que se lhe diga e é até interessante e merecedor de postal mais desenvolvido.
A utilização pública de ambientes domésticos torna-se inevitável em casos como o de Carrilho e su mujer, la bela Bárbara.
O problema, sendo deles, alarga-se a uma comunidade que pouco tem a ver com a noção de "famosos", e que redunda numa pinderiquice confrangedora- e meço as palavras que escrevo.
No caso de Carrilho e su bela Bárbara, até se torna compreensível o uso da imagem "em casal", se tal não for uma estratégia prè-montada de comunicação. Explico:
se o uso vem do acaso, aceito como normal, pois o normal nestes casos será que a imprensa os fotografe: são fotogénicos e estarão habituados.
Porém, vi salvo erro a Caras ( ou seira a LUX?) numa prateleira de supermercado em que aparecia o casal mai-lo o seu rebento que nenhuma culpa terá, a passear na feira do livro.
A foto foi preparada pois não é feita ao acaso e en passant.
Aí- nessa utilização da imagem privada para um fim público e notório de porpaganda política, já me parece que se ultrapassa a fronteira do que seria normal e aceitável.
No caso do Carrilho, mais su bela Bárbara, dou ainda o benefício da dúvida por uma simples razão: se não podes vencê-los, junta-te a eles- é o que me parece...
Mas continuo atento e já começo a suspeitar que there´s more to the picture than meets the eye, em sentido literal, neste caso.
Este caso fecha uma triologia.
1. Reality- Show
2. Ruralaty-Show
3. Politic-Show
Já nos habituaram que governos não se formam nem ou pela comunicação social. Mas habituemo-nos. As eleições ganham-se na e com a comunicação social.
Ass: @nonymu
Tambem eu fico com "pele de galinha" quando vejo a exploração da "santíssima trindade" (Carrilho-Bárbara-Dinis)para a campanha que aí vem.
Mas de quem tem Edson como chefe de campanha, espera-se isto e muito mais. O aviso aqui fica.
No entanto, sejamos justos, há muito mais mundo para além da "santíssima trindade".
Veja a reportagem de hoje do Diário de Noticias (não a do Público, dado que desconfio que muito embora a notícia esteja assinada pela Ana Sá Lopes foi a amiga dela, a Vanessa, quem escreveu aquela "prosa") mas ia eu dizendo, veja o Diário de Noticias, e a partir daí começe a construir a sua decisão sobre em quem votar.
Pese embora a tal Santíssima Trindade, e por aquilo que me tenho dado ao trabalho de analisar e comparar, existe uma diferença notória entre as candidaturas, e até ao momento a do Carrilho parece-me, de longe, a melhor.
No entanto, ainda é cedo para tirar conclusões.
Tudo junto e por atacado vale par aí dez euros...e talvez valha a pena.
NÂO toque na Bárbara com palavras bárbaras.
Votarei no marido em qualquer circunstância.
Fazer o que ele faz, presumo, não é para qualquer um.
Se ele o pode fazer a ELA mais fácilmente o fará a nós.