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O Dr. Pulido Valente, que não será leitor desta Venerável Loja, falho no discernimento, contorcia-se ontem no Público por não perceber quais as intenções do Prof. Cavaco. Hoje, pese a falta de destreza da nossa imprensa obcecada com as presidenciais, Cavaco diz tudo. Sublinhou que gostaria de ver Portugal na "primeira divisão" da Europa, ao lado de países como a Alemanha ou a Irlanda, apelou à "mobilização da sociedade portuguesa" face à actual situação do país.

"A participação positiva de todos é agora necessária, incluindo a dos partidos da oposição. Nada se resolve só com o esforço de uma pessoa", sustentou. Prometeu fazer aquilo que lhe for possível, nomeadamente através da participação cívica e na vida académica, e disse haver "um caminho, com medidas que não são fáceis, e que pode ser trilhado".

"Não quero Portugal condenado à segunda divisão da Europa", afirmou, recordando que todas as intervenções que faz têm como objectivo colocar "Portugal a reflectir e discutir aquilo que é verdadeiramente importante". "Todos os portugueses têm de dar o seu contributo", frisou.

Há uns anitos, noutro contexto, noutro país e noutro regime, o Sr. de Gaule também referendou uma nova Constituição e mesmo uma nova República. Curiosamente, o discurso não andava muito longe deste. Vêm aí tempos interessantes, sem dúvida, e sim, eu não me esqueço que o grande drama de Cavaco sempre foram os Cavaquistas...

Como nota de rodapé, realcem-se os rasgados elogios de Cavaco ao actual Ministro das Finanças, precisamente no dia em que, na imprensa, o status quo socialista lhe começa formal e publicamente a fazer a cama...
o.

Publicado por Manuel 22:21:00  

1 Comment:

  1. Anónimo said...
    O que foi fazer o Constancio a Bruxelas, mandar bocas, dizendo que não esperava um deficita tão grande? Será que este tipo durante o ano, no seu trabalhinho, não vê o que se passa? ou è parvo, e quer
    que os outros sejam tontos?

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