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Lisboa
Estou muito de acordo com a denúncia que Miguel Sousa Tavares tem feito do projecto de Aeroporto na Ota, cujos únicos interessados parecem ser apenas o lóbi da construção civil e os autarcas daquela região. Trata-se de uma monstrosidade em termos de investimento público e que se pode vir a revelar um elefante branco.

Além disso, existe uma alternativa: a ampliação do actual aeroporto e a utilização complementar do aeroporto do Montijo - com a vantagem de termos um aeroporto com ligações à margem norte e sul do Tejo.

Há uns palermas que, perante a racionalidade das contas, nos tentam assustar com a possibilidade de cair um avião na cidade. Dá vontade de rir: nesse caso, porque não se impedem pura e simplesmente os aviões de voar ?

A probablidade disso acontecer é muito baixa - poucos acidentes ocorrem na fase de aterragem, a não ser em condições atmosféricas difíceis ou avaria nos aparelhos, casos em que devem ser desviados para outros aeroportos. Mas a essa probabilidade de acidente em Lisboa eu contraponho a beleza das aproximações sobre o rio e a cidade. Há lá coisa mais bonita ?

in Pura Economia

Publicado por Rui MCB 11:08:00  

10 Comments:

  1. Joao said...
    51% de acidentes em final approach e landing!
    Anónimo said...
    Os argumentos utilizados também o podem ser para justificar exactamente o contrário.
    Pela lei de Murphy um avião cairá no Campo Grande.
    Mocho_do_Lis said...
    Esta 'coisa' da Ota não tem nada a ver com os interesses que se movem em torno de Rio Frio pois não?
    Nem com os interesses nortenhos em valorizar o aeroporto Sá Carneiro?
    Portanto, só há interesses 'obscuros' nas forças autárquicas e da sociedade civil que defendem uma opção mais ao centro do País, onde, por acaso, é gerado boa parte do tráfego de passageiros.
    Por que será que os 'bons' estão sempre em Lisboa e no Porto e os outros são todos uns parolos e interceiros?
    Anónimo said...
    Perante a perspectiva da substituição do Juiz Mouraz Lopes, como director da direcção central do crime económico da PJ (segundo consta, o senhor anda cansado da viagem diária entre Coimbra e Lisboa), o Procurador Rosário Teixeira já se anda a mostrar, tendo-se «deixado» filmar de perfil, na «oportuna» reportagem da SIC, aquando da condução dos «suspeitos» do CDS/PP às instalações da PJ na Rua Alexandre Herculano. Coincidências...
    Há quem afirme convictamente que a PJ vai ser tomada de assalto pelo MP, visto estarem fartos das incapacidades do DCIAP.
    Maria José Morgado será a primeira mulher a chegar ao topo da direcção da Polícia Judiciária.
    Lá por ser sexta-feira 13, acreditem que é verdade.
    Anónimo said...
    nada disso. A haver um acidente aéreo de grandes proporções, será um avião cair de bico nas bombas da Repsol à hora de ponta.

    Os carros irão todos arder e explodir dali até Alverca e até à recta dos Comandos pelo IC19.

    A cortina de fogo irá deslocar-se para Sul até ao Tejo, porque à hora de ponta e num momento de pânico generalizado não haverá espaço para carros de bombeiros.

    Isso sim é uma oportunidade para o lobby do cimento!

    Nlima
    Anónimo said...
    Se a Portela é um risco para Lisboa, o aeroporto no Montijo é-o também para Alcochete e Montijo, onde vivem mais de 75.000 pessoas! Tal como em Lisboa, as aproximações às pistas são todas feitas sobre zonas densamente povoadas.
    Levem o aeroporto para onde quiserem, mas para Montijo nunca!
    Anónimo said...
    Fazemos um aeroporto em Badajoz, pode ser? Os espanhois que fiquem com o perigo!
    Ah já não é preciso?
    Então pronto, está feito!
    Anónimo said...
    O aeroporto não faz falta na margem Sul do Tejo e destina-se a servir a capital. Portanto, façam-no na margem Norte. Quem quer comodidade deve arcar com o ruído, o cheiro a querosene e os riscos de acidente.
    Deixem a margem Sul em paz!
    Fernando Martins said...
    Ota é a melhor solução de ponto de vista ambiental, qualidade de vida dos alfacinhas e interesse global de Portugal...
    Só os nortenhos impedernidos e os "interesses imobiliários" da margem sul é que não lobrigam isso...
    Anónimo said...
    Os maiores interesses imobiliários da margem Sul do Tejo pertencem a grandes grupos económicos da margem Norte.
    Nova Setúbal, Santo Estêvão, Barroca d'Alva, Vargem Fresca e Alumínio/Alcochete, por exemplo, pertencem a quem?

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