o fim de outra ilusão
terça-feira, abril 05, 2005
Se ilusões existiam, foram-se. "Os exames são uma única peça num sistema de avaliação que tem que ser um pouco mais vasto". "É preciso ter consciência de que avaliam apenas uma parte das capacidades. Não avaliam coisas como a oralidade e o saber fazer das crianças. Têm um lugar importante, mas limitado". Quem o diz é a nova ministra da educação a propósito dos exames do nono ano que relativizou (!) ainda a importância destas provas na avaliação dos conhecimentos dos alunos. O choque tecnológico do Eng. Sócrates é também isto, o culto do laxismo, do nacional-porreirismo e o desprezo pela exigência. O que interessa não é que se saiba, que se saiba pensar, o importante é que se tenha um mínimo de oralidade e saber fazer para poder ler a Maria, uns, a Bola, o Record e o Jogo, outros, e, claro, neste tempo globalizante o The Sun en inglês... O resto dá muito trabalho, compra-se feito, até se arranjam uns ucranianos com formação de classe mundial para limpar o lixo, o pior vai ser quando se sentir na pele que há muito que já não há dinheiro.
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Publicado por Manuel 12:48:00
No outro dia, soube que um dos livros programados para leitura no 12º ano era...Aparição, de Virgílio Ferreira e ainda o... Felizmente há luar, do Sttau Monteiro.
No meu tempo, não havia estas leituras integrais programadas; havia, logo no 8º, 9º, 10º e 11º ( 4º,5º, 6º e 7º anos, parando por aqui a escolaridade pré-universitária) selectas com textos vários, abrangendo toda a história da literatura portuguesa, com textos escolhidos dos melhores e clássicos autores.
Claro que não estava ainda por lá o Virgílio Ferreira nem o celebrado autor da Guidinha, da Mosca do Diário de Lisboa daquele tempo (1972). Mas ainda assim...
o grau de exigência era maior do que hoje e o saber solidificado bem mais denso.
AS selectas tinham nomes como Alma Pátria, Pátria Alma ( do 5º ano, actual 9º)e quem quiser dar-se ao trabalho de ver, que compare e veja... com olhos de ler!