a metade do preço...

Tem-se escrito bastante sobre a incursão imobiliária do presente ministro da economia, Manuel Pinho, que pretende demolir a residência onde habitou Almeida Garret (a propósito onde estão os descendentes deste ? o caso não lhes diz também respeito ?).

Embora o valor histórico do edíficio não possa ser menosprezado o facto é que a discussão tem passado ao lado do essencial. Manuel Pinho era um alto quadro do Banco Espírito Santo (sim, esse mesmo) e quando tomou posse fez questão de publicitar urbi et orbi que nenhum laço remanescia com esse grupo bancário, ora, esse mesmo grupo bancário em vésperas de eleições legislativas, quando já se antevia um lugar de destaque para Manuel Pinho no organigrama do governo, vendeu a Manuel Pinho o tal edíficio onde morou Garret, e vendeu-o por uma soma, que permite, nas calmas, a Manuel Pinho ter mais valias iguais ou superiores a 100%.

Esta é a questão realmente pertinente, já que é um facto que antes de Pinho ter comprado a CML já tinha autorizado - bem ou mal - a demolição do edíficio - o que levará um banco a vender a um seu ex-colaborador, entretanto ministro, algo a metade do preço ?...

É só isto que Manuel Pinho, e o BES, tem de explicar... por causa daquela coisa da mulher de César...
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Publicado por Manuel 16:38:00  

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    Chama-se ivasão real de IRS, pois se indemenização maior era o imposto.
    O banco vai pagar menos valia!
    bem visto, e agora mordam-se....
    Anónimo said...
    Aparentemente a Ministra da Cultura está mais empenhada em impedir que aqui no Porto se concua um túnel que está esburacado há vários anos, do que em impedir a demolição de um imóvel mcom valor histórico e cultural.
    jmv

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