Barroso Coração de Leão

Não há dúvidas que aquela máxima que ouvimos entre dentes, relativamente ao desempenho dos portugueses é cada vez mais verdadeira.

A máxima diz que os portugueses lá fora, trabalham mais e são vistos como excelentes profissionais, enquanto cá dentro andam a preguiçar e dormitando umas sestas, esquecendo o trabalho, tornado-se por isso laxivos.

Ora em Julho, José Manuel Durão Barroso, foi convidado para presidir à Comissão Europeia. Na primeira tentativa, talvez ainda sob o efeito dos métodos de Portugal, viu a sua equipa ser chumbada. À segunda foi de vez. Os emigrantes na década de 60 e 70, muitos deles tentaram a salto, uma escapadela em busca de melhor trabalho e de evitar uma viagem até as ex-colónias. Muitos, emigrantes, também tiveram que tentar duas vezes ou até mais, demonstrando preserverança.

Ora aqui está a primeira qualidade. Preserverança. Tivesse Barroso esta qualidade enquanto por cá andou e nunca teria escolhido o sucessor que escolheu...

Mas nem só de preserverança vive o homem. Também de competência.

Cá enquanto primeiro-ministro promoveu um modelo de privatização da Galp Energia que envolvia a saída amigável da ENI, a troco de uns míseros 667 Milhões de euros acrescidos de 49 % da futura EDP Gás, que tudo somado, daria aos italianos da ENI, uma mais-valia em pouco mais de 2 anos de permanência na Galp Energia de 330 milhões de Euros.

Lá como presidente da Comissão apressou-se a chumbar a operação, porque a mesma configurava-se como clara concentração do sector. Por outras palavras, Durão Barroso enquanto presidente da Comissão chumbou a operação que ele mesmo Durão Barroso aprovou enquanto primeiro-ministro. Com tudo isto lá se foram 0,5 % do PIB sob a forma de receitas extraordinárias.

O mesmo homem incompetente cá dentro. Competente lá fora.

Se pensa que tal representa apenas, uma boa primeira impressão causada a título de imparcialidade, está perfeitamente enganado.A comissão europeia presidida por Durão Barroso, vai imediatamente por instruções do seu presidente, levantar um procedimento contra défice excessivo de Portugal, relativo a 2004.

Curioso. Durante 7 meses, o principal responsável pelos 4,2 % de défice, foi Durão Barroso enquanto primeiro-ministro.

Por um lado as inquirições são simples de fazer. Durão Competente ao mesmo tempo que pergunta o porquê da derrapagem no seu fluente inglês, responde em seguida em português.

Esta é prova que faltava. O trabalhador português lá fora é muito melhor trabalhador.
Se dúvidas existissem elas dissiparam-se completamente.

Publicado por António Duarte 21:32:00  

1 Comment:

  1. zazie said...
    Não retirava essas conclusões, António. Nem comparava a trabalhador tuga mau cá dentro, bom lá fora.
    A história parece-me mais simples. Cá tinha pressões de outra ordem. Tinha de fazer concessões, (ou não tinha) mas os resultados seriam sempre diferentes- levantar um procedimento contra défice excessivo de Portugal, relativo a 2004” ora bem, e que consequências poderia ter se o fizesse no lugar de primeiro?

    Chama-se- tiro no pé, e não costuma passar por virtude “;O)

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