Às portas de Lisboa II

África do Sul - 45 milhões de habitantes, 5 Portugueses abatidos desde o dealbar do ano.

Amadora, cidade saudável - 175 mil habitantes, 3 jovens agentes da PSP assassinados num mês.

Aguarda-se a qualquer momento a indignação de Francisco Louçã pela forma abusiva como os recatados cidadãos portadores de armas de grande calibre são abordados pelas autoridades.
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Publicado por Nino 12:26:00  

32 Comments:

  1. Anónimo said...
    Se apresentarem queixa contra o Estado Português, por não lhes fornecer meios de defesa, no desempenho de funções (coletes anti-balísticos)os agentes da polícia são punidos. Como a grande maioria dos cursos que tiram na polícia não tem validade cá fora (nem para a segurança serão admitidos), medida mantida assim para o pessoal não "estrabuchar muito", porque não uma queixa contra o Estado Português por parte dos cidadãos deste país, que mais tarde ou mais cedo começarão a entrar nestas estatísticas. Sim, porque acreditem ou não, isto ainda só agora começou...

    Fiquei siderado, com o Presidente da Câmara da Amadora, em plena TV, a defender a reposição da autoridade da Polícia. Logo ele; esqueceu-se das leis que ajudou a aprovar no passado que castraram essa mesma autoridade. Raio dos políticos, nunca sabem o que querem.

    Quanto ao Louçã (Chico Loiças), esse e outros do género, nestas alturas, nem piam... São uns Histéricos, mas só para o que lhes interessa. Se é um filho de uma "minoria", é racismo , violência policial, etc....
    Se é um polícia, ou um pacato nacional, já nem dizem que a culpa é do sistema e da exclusão... calam-se.
    zazie said...
    “Se é um filho de uma "minoria", é racismo , violência policial, etc....
    Se é um polícia, ou um pacato nacional, já nem dizem que a culpa é do sistema e da exclusão... calam-se.”


    Eu não ia por aí. Não ia porque assim também se está a fazer demagogia.

    1º se é criminalidade combate-se por igual e não interessa a raça- O que importava saber é onde estão as falhas na segurança, e porque motivo tudo isto não está mais controlado. Para isso é necessário uma informação técnica e não um desabafo ideológico.

    2º se entendemos que estes casos são excepcionais e têm directamente a ver com políticas de imigração de porta aberta então o que se tem de dizer abertamente é que é necessário fechar as portas.

    3º de qualquer forma parece-me idêntico ao que se passa lá fora e interessava mais saber como se pode travar. Essa questão dos coletes de segurança parece-me mais que legítima e também acho mais que legítimo câmaras de filmar nas ruas como existem em Inglaterra. E aí sim, pode-se ir para as questões de princípios. Eu não tenho nada contra e nem creio que a liberdade de cada um seja posta em causa por isso.
    zazie said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    zazie said...
    A notícia do Público também parece um tanto surrealista: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1218606&idCanal=95

    Não se percebe nada. Então se o gajo que disparou mal foi abordado pirou-se como é que sabem que “o suspeito” tem identificação portuguesa”? Viram o BI? Mas se ele disparou antes da identificação?
    E quem disse isto? Foi o comandante da polícia ou o jornalista?



    e porque é que já anda tudo a falar no tonto do Louçã e dos emigrantes?

    ai, ai... um pouco de racionalidade não fazia mal...
    Anónimo said...
    Desculpem, se me permitem, parece que se está a fazer demagogia potencialmente muito perigosa.
    A questão da raça, da minoria étnica, dos marginais, dos imigrantes tem acima de tudo a ver com as desigualdades económicas. É nessa medida que aqueles que dão a vida para nos protegerem estão muitas vezes tão próximos daqueles que os atacam na rua.
    Não há-de ser com a histeria do Bloco (que coloca o ónus apenas na desigualdade económica) nem com o extremismo do PP (que atribui à desigualdade cultural as culpas deste choque) que resolveremos a situação.
    Há muitos portugueses na Cova da Moura (com ascendência portuguesa até à enésima geração)que se encontram culturalmente muito distantes de outros tantos portugueses (que vivem de Telheiras à Quinta da Marinha).
    Habitamos num melting pot tal (e diferenciamos-nos através de um números elevado de variáveis) que as generalizações que se fazem degeneram sempre na passividade bloquista ou no reaccionarismo de Portas e nenhum deles é desejável ou contribuirá para resolver o problema mas bastará para nos criar no subconsciente os errados inimigos a abater.
    zazie said...
    eu não sei se é demagogia que se está a fazer se é má informação.

    Mas afinal como foi? porque é que toda a getne engole a notícia e esta só diz coisas contraditórias?

    então se o gajo fugiu e é tido por suspeito como é que o comandante pode afirmar que tem identificação tuga?
    zazie said...
    quanto ao resto também não é assim.

    Se deixarmos este caso de parte porque nem dá para comentar com notícias destas o resto também tem muito mais que se diga.

    Não é melting pot, é uma boa trampa que isto até está mais lixdo para se andar na rua à noite que Madrid ou Londres ou mesmo Paris. Para já porque as cidades até estão desertas e as outras não. E por cá não só fica tudo em casa ou vão apenas para as docas, como no resto há muito menos vigilância.


    Depois a questão da emigração também me parece errada. Os lierais nisso estão de mãos dadas com os bloquistas mas não me parece nada boa política.
    Já há gente ilegal a mais e sem trabalho e é impossível que não venha daí complicação da grande.
    Isso é lirismo ou liberalismo a mais.
    zazie said...
    já agora para o Anonimo:

    não é a demagogia que é potencialmene muito perigosa, é a realidade.

    O racismo só é perigoso quando existem porblemas sociais que lhe podem dar forma. E isto não se evita fingindo que estes sentimentos não existem. Evita-se com realismo.

    Não há doutrina alguma ao cimo da terra que impeça que os grupos sociais entrem em conflito quando o espaço está super-lotado.
    Basta ver como até em Amsterdão, com tanta tradição de toelrância as coisas também ficaram beras...

    é assim. Não é com doutrina que se vai. É com pragmatismo.
    Anónimo said...
    Lamentável a Demagogia barata e troglodita deste nino... E bem acompanhada pela habitual boateira Zazie.

    A culpa é do Louçã. Sim foi ele que desinvestiu nas Polícias, não forneceu o material necessário, e obrigada cada Polícia a tirar de sua casa o rolo de papel higiénico que usará na esquadra.

    Em vez de se exigir JUSTIÇA e melhores condições de TRABALHO, os oportunistas do costume e racistas/xenófobos mal-assumidos saiem á rua histéricos, a apontar contra as "minorias"...
    Anónimo said...
    Limitei-me a apontar uma realidade. Não referi em concreto racismos nem xenofobias. O que se passa é muito simples (e é isso que causa revolta entre aqueles que servem as forças de segurança); desinvestiu-se na operacionalidade das polícias e pessoas como o Chico Loiças, personificam os sectores da sociedade que acham brutalidade a algemagem de suspeitos quando isso é uma norma de segurança e preservação da integridade física de suspeitos e polícias,assumida pelas forças de segurança da maioria dos estados counitários. Isto só um exemplo. Como é muito "americano", parece mal. Só quem teme pode ainda achar que as câmaras de videovigilância são "pidescas". Só que não vive a realidade ou age por interposto interesse pode opinar por vezes de forma ligeira acerca de assuntos ão sérios.
    São na realidade casos exporádicos, mas, espero enganar-me, mas isto é só um pequeno indício do que por aí vem, porque não passa a muita gente pela cabeça o potencial de violência que ferve noutro tipo de imigrantes (falo nos de leste) e nas imlicações que isso poderá ter na nossa pacata sociedade. É que para eles o nacional-porreirismo é manteiga excelente para dominar a em breve a actividade criminosa em Portugal.
    zazie said...
    Boateira? 0 caro anónimo ou não sabe ler ou é uma excelsa cavalgadura.

    Então quem disse que a notícia era anormal fui eu e agora sou boateira?

    Vá dar banho ao cão.
    zazie said...
    Jó Carvalho,

    você pode ter montes de razão e em termos genéricos eu também penso o mesmo. Por isso é que depois aparecem aqui os tontos esquerdalhos a insultar. Mas esses andam de pópó e até há relatos muito engraçados de alguns que depois de um comício em prol destas coisas todas desviam caminho dos lugares onde elas andam...

    esses são uns hipócritas e é por essas e por outras que depois ha´espaço para aparecerem os Le Pen.

    Simplesmente neste caso você precipitou-se.
    Por isso é que o outro é idiota ao chamar-me boateira porque se há coisa com que encanito é com boatos e com todo o tipo de irracionalidade ou de desonestidade intelectual.

    E neste caso nada nos diz que o crime foi praticado por emigrante!

    Por isso há que ser mais cool e questionar as notícias estúpidas que se lê nos jornais.

    Você entendeu? alguém entende como se pode dizer que é emigrante ou que é de "identificação" portuguesa quando se diz que ele matou e fugiu?

    entende? dá para derivar em ideologias à custa disto?

    não dá. Isso é cabeça quente. Mais nada.
    Anónimo said...
    Acerca da notícia do público, mostra outra faceta dos Comandos de Políca. Têm medo de falar, de "meter a pata na poça", porque estão de mãos atadas. Assim como os políticos. Engraçado que o discurso acerca dos factos acontecidos com Irineu Diniz, aquando das declarações do MAI cessante, tão criticado na ocasião, foi igualzinho agora; muita circunstância e lamento.

    Mas é pena que coletes e outras coisas se mantenham como um activo a mostrar em desfiles e para constar dos inventários das errecadações de material de guerra. Por isso não falam muito; aliás, os últimos que vi falar contra certas situações similares, foram logo demitidos (General Gabriel Teixeira-último CMDT Geral da PSP e Vasco Prego Rosado Durão, exonerado do cargo de CMDT Metropolitano de Lisboa por ter apoiado e colocado ao lado dos seus subordinados.) Por isso mais vale ficar calado.
    Quanto aos dados do indivíduo, já era conhecido, referenciado, cadastrado e procurado por homicídio, mas nem todos sabem o grau de perigosidade de quem se enfrenta. Gostava que muita gente tivesse ideia da quantidade de queixas contra os agentes que vão a tribunal por simples acções de identificação. Por isso, para evitar problemas, acossados por todos os lados, as abordagens dos polícias são em geral brandas, não vá sair processo disciplinar.

    Como se vê é muito complexo. Mesmo que as queixas contra agentes, por alegado abuso no uso das suas funções, não tenham fundamento e logo arquivadas em sede de julgamento ou mesmo nem cheguem a ser julgadas, o processozito na instituição está lá logo, sem contemplações e com toda uma série de dores de cabeça (cortes nos suplementos, paragem nas promoções, bloqueio de escalões, etc., etc.)

    Fala-se de integração e acolhimento de imigrantes. Nada tenho contra, mas acho que já era tempo de fazê-lo com cabeça, tronco e membros, já que isto está num desmando a roçar o incontrolável.

    Só para terem uma ideia (e falo da minha experiência pessoal); a grande maioria dos estrangeiros em situação ilegal aos quais até hoje já perguntei porque escolheram Portugal, acreditem ou não, responderam quase sempre algo parecido a: "Aqui a Polícia não é como noutros estados... aqui não chateia muito..." - refira-se que alguns deles já os notifiquei mais de 3 vezes para se apresentarem no SEF, para reportar a sua situação. Apareceu algum dos leitores? Assim aparecem a maioria deles.

    Tenho dito.
    zazie said...
    Jó,

    Mas então sempre é emigrante? E se é porque motivo é que vem a tal declaração do comandante a dizer que é de identidade portuguesa.

    Eu não gosto nada destas meias-tintas. Parece que anda tudo com falsas vergonhas. Se é africano mas de naturalidade portuguesa a questão da emigração nem se coloca.
    Se é emigrante ilegal devia ser mandado embora e mais nada.

    Se não é nada disto então também parece que anda tudo mais preocupado em paleio que em actos.

    De resto creio que você tem razão.


    E quanto a não tratarem eles da tal legalização acredito que seja assim em muitos casos porque há uns anos também tive um pequeno trabalho em que essa questão se colocava e os gajos baldavam-se. Vai tu ehehee

    Mas o pior disso tudo são os negreiros. Esses novos negreiros que andam a vender paraísos a muito desgraçado e depois fazem grandes negociatas com empreiteiros. E disso também ninguém fala.
    Uns vão para a liberdade outros para o politicamente correcto mas ninguém se dá conta que esta cena da emigração é um grande negócio de import-export.
    Anónimo said...
    Sr "Anonymous", mas quem falou em minorias? Não será justiça e melhores condições de trabalho que o Nino reivindica para os polícias? Deve aprender a ler antes de acusar...
    Depois, devia ter coragem para assumir a sua identidade, uma vez que parece um "habituado" deste blog, já que se refere a Zazie de "habitual boateira". Ela, pelo menos, tem a honestidade de dizer o que pensa sob o verdadeiro pseudónimo. Por último, as pessoas deste blog não são atrasadas mentais, não precisa de pôr certas palavras a "bold", além do mais é má educação. Para próxima, veja lá se é menos racista contra as pessoas que vêm comentar neste blog.

    Margot
    Anónimo said...
    Zazie

    Primeiro: Ninguém falou em africanos;

    Segundo: Devemos saber os direitos de cidadania do estado português, antes de podermos falar sobre eles; assim, a minha avó materna, é natural do Brasil, tem dupla nacionalidade. A minha irmão, mãe e grande parte da minha família, nasceu em África, mas têm a nacionalidade portuguesa. Neste caso, trata-se de um cidadão brasileiro, de ascendência portuguesa, que solicitou ao abrigo das leis vigentes, passaporte português. Não vejo o que há de complicado nisso.A constituição da República Portuguesa e a lei subsequente, permite que qualquer cidadão de outro estado solicite a nacionalidade portuguesa por uma série de motivos, sejam eles de carácter político ou outros.

    Terceiro: Se ser contra o crime é ser xenófobo e racista e sabendo ainda que a comunidade criminosa é uma minoria, chamem-me xenófobo, racista e discriminador das minorias, mas não tentem cobrar a quem tem menos culpa.

    Quarto: Afirmo-o aqui, que a grande maioria dos CMDT's da Polícia, a começar pelo seu Director, não têm noção do que é o trabalho na rua.
    Anónimo said...
    Já agora, para o Anonimous, digo que só tenho a lamentar que assim fale... "anonimous"; olhe eu, talvez não esteja longe de levar uns patins pelo que aqui escrevi... entendeu? Mas olhe, medo foi coisas que nunca tive e a cara, nestas horas sempre a dei... de frente.
    Devemos aprender a ler antes de comentar.
    Anónimo said...
    Já agora, só gostava de saber onde é que eu falei em raças ou racismos ou minorias étnicas... já é mania, também.
    Permitam-me que me cite: A auto-vitimização é a acção mais auto- redutora que alguém ou pode tomar; daí as histerias ridículas dos extremismos.
    Anónimo said...
    Nino, já agora, bem "metida" essa do saudável cidade...
    zazie said...
    Jó Carvalho,

    Leia lá com atenção o que me pertence e não me confunda com os maluqinhos dos anónimos ou barnabeicos que transformaram esta cena numa história de racismo.

    Eu é que falei na hipótese africana. Como podia ter falado noutra qualquer porque andava para aí tudo histérico a falar em xenofobia quando a notícia não dizia nada que pudesse indicar que era emigrante.

    O Jó Carvalho é que me esclareceu, informando-me de mais detalhes do que aqueles que vêm no Público.
    Explicou que até se sabia quem era o gajo e por isso disseram que tinha identidade portuguesa. Ok, Foi um esclarecimento e eu limitei-me a perguntar se sabiam se era emigrante ou se era africano. Mais nada.
    E isto veio à tabela porque tem andado meia blogosfera a politizar a questão para o lado do racismo. E o próprio Nino mandou uma boca no post que também não era muito clara.
    Ok. Por mim tanto faz. Creio que o essencial prende-se com a falta de protecção da polícia e é assustador saber que jovens que nos protegem podem perder a vida assim sem mais.
    zazie said...
    mas realmente nestas cenas eu apanho sempre de todo o lado. O Anónimo chama-me boateira quando entre muitos defeitos que tenho esse é que não poderia ter pois até faz parte dos meus ódios de estimação. Odeio boatices e tricas. Há quem diga que até tenho cabeça de gajo por isso.

    Depois limitei-me a questionar a notícia que toda a gente engoliu e não se entende patavina do que la´vem escrito.
    E por fim até expliquei que deixando este caso de parte até acho que o racismo é bem capaz de ser uma reacção natural e que é estúpido pensar-se que tudo se arranja com paleio e muita doutrina. É claro que temos sempre a tendência a culpar os outros e se os outros vêm de fora mais se cobra. E por essas razões também penso que a melhor política no que toca a fronteiras é capaz de ser a realista.

    Deu para entender?
    Anónimo said...
    Calma. Como o Nino aguardarei sentado a pronta reacção e solução do fulminante Anacleto Louçã
    Anónimo said...
    Zazie, peço desculpa, mas isto está a quente. A falar é que a gente se entende; a falar e dando a cara.

    Esclarecidos os mal entendidos, resta-me dizer que, o tipo já está de saco, aconteceu há pouco, segundo me acabam de informar...
    Anónimo said...
    Capturado às 02H30, ainda em posse da arma de 9mm.
    josé said...
    Jó Carvalho:

    V. realmente, dá mesmo a cara- e não é preciso.
    Mas também não será pelo que escreveu aqui que lhe poderão "fazer qualquer folha".
    O direito de exprimir opiniões, num blog, sobre assuntos da nossa profissão deve ter um limite, a meu ver: não interferirem com aquilo que fazemos em concreto e não violarem preceitos legais, por exemplo de reserva ou de segredo de justiça.

    Ontem, na tv, vi um responsável da PSP a falar abertamente sobre o caso e a dar pistas sobre a identidade do precumível homicida, adiantando dados factuais sobre o tipo.
    A RTP1 passou inclusivamente a foto truncada do suspeito.

    Tudo isso é violação flagrante de segredo de justiça naquilo que ele tem de mais essencial: a preservação da investigação!
    Ou seja, se por acaso a divulgação da foto, tivesse como objectivo a possibilidade de permitir a identificação do suspeito por quem quer que fosse, tipo cartaz de "wanted", ainda se perceberia e justificaria, embora seja raro isso acontecer, a não ser no interior das esquadras...
    Agora, publicar uma foto, com os olhos vendados por tarja, só se compreende a título de voyeurismo e ainda assi, sem sentido prático algum.

    Alguns responsáveis da PSP ainda não aprenderam o que há de mais básico no processo penal. É pena e foi isso que ontem sucedeu.

    Quanto ao facto de o suspeito ter sido já apanhado, obrigado pela informação. Afinal, aquele estenderete não prejudicou. Ainda bem.
    Anónimo said...
    Tanta estupidez é confrangedora...
    E continuem a dormirZZZZZZZZZZZZ
    josé said...
    Caro esperto disfarçado:

    O problema da criminalidade nos subúrbios é GRAVE! Desde há muito tempo e isso fica evidenciado ad nauseam pela leitura dos tabloides locais e cuja resenha tem sido feita - e muito bem!- no blog Carvalhadas.

    COmo se combate essa criminalidade?!
    Paradoxalmente, com prevenção. Antes de os problemas aparecerem, é preciso circunscrevê-los e detectá-los.
    Quem tem competência para lidar com este tipo e de criminalidade, de armas; tráfico das ditas; tráfico de droga ( que não haja dúvidas sobre isso, basta atentar na apreensão, há dias de uns quilos dela, pura e pronta a distribuir); gangs, etc?!
    É A POLíCIA JUDICIÀRIA através das brigadas de combate ao banditismo!

    É altura de pedir contas ao director do respectivo departamento, quanto ao trabalho feita nessa área e às acções de prevenção efectuadas.

    A patrulha dessa área, nas ciccustâncias actuais e depois do que se passou exige outra forma de abordagem que uns maçariquitos da PSP não poderiam nem deveriam fazer.

    Tem aqui plena aplicação o princípio seguido por Giuliani em Nova York: para diminuir a grande criminalidade, é preciso desbastar a pequena, em primeiro lugar. Torná-la aceitável em termos estatísticos e reais.

    Ontem, na tv, bastava a qualquer um ouvir os moradores daquele bairro, para perceber a dimensão do problema- e que é já enorme!
    Tronou-se assunto de grande preocupação para a segurança básica dos cidadãos e só uma concertação de esforços, ou seja, uma task force, poderá de alguma forma resolver o problema.
    Lisboa e esses bairros em particular, não são assim tão extensos que uma operação policial em termos verdadeiramente profissionais, não possa resolver com tempo- se houver vontade política para tal.

    Tirando isso, o que aconteceu com o responsável da PSP foi aquilo que escrevi: uma estúpida violação de segredo de justiça que seria imperativo, neste caso, observar.
    Isto aqui não é o Brasil e há leis a respeitar, sendo leis razoáveis.
    zazie said...
    "Giuliani em Nova York: para diminuir a grande criminalidade, é preciso desbastar a pequena, em primeiro lugar. Torná-la aceitável em termos estatísticos e reais."

    totalmente de acordo! sempre estive de acordo com as teses do Giuliani, e nem imagina o que me chamaram na altura. E essa questão de desbastar a pequena, de insistir em cortar com o pequeno vandalismo antes que se torne hábito é daquelas questões "fracurantes" que muita ideologia não entende.
    Anónimo said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    Anónimo said...
    Amigo José... com todo o respeito pela Instituição PJ. Não faça dela tão admirado monstro sagrado... A Própria PSP tem dos mais bem treinados polícias no combate a criminalidade violenta. Acho de muito mau gosto que apelide de "maçariquitos" os agentes que morreram numa situação que concerteza não procuraram. Pelo menos respeite-lhes a memória (mesmo que tenham perecido devido a falhas de actuação); sabe teria sido mais fácil comunicar que não havia novidade. A própria DCCB, para sua informação (mais uma vez falo com conhecimento de causa) faz muito do trabalho de terreno graças às outras forças policiais. Aliás, como sempre assim aconteceu com todos os outros departamentos da PJ. Todo o sistema policial do país deveria ser repensado de forma a uns não terem a mania de serem polícias doutores e outros espertos. Sabe ainda sou do tempo (lolol) em que acompanhava em missão de apoio, como agente da PSP, Agentes e Inspectores da PJ que iam ao extinto (melhor, mudado de sítio) Casal Ventoso. Achava um piadão quando os Sr.s Investigadores, chegavam ao local da Operação e perguntavam, em plena Rua Principal do Casal -" Então, qunado entramos no Casal?"-
    As Polícias, de uma vez por todas têm de ser solidárias, lutar por um objectivo comum e nunca ser unidades corporativas, obscuras e fechadas, autênticas Guardas Pretorianas de meia dúzia de elitistas engravatados.
    As Polícias deveriam estar sobre administração de um gabinete único, sem dispersão de informação, partilhando esta bem como os seus conhecimentos. Falta-nos espírito de servir a comunidade.
    A velha mania das elites (Portugal é um país de elites) faz com que dentro das próprias polícias isso aconteça.
    Quanto ao Oficial da Polícia que falou, além de não ter violado nada que estivesse em segredo de justiça, também é ele um dos que começam a ficar fartos de ver enjeitados mentais à frente de instituições do estado. Se a polícia fosse gerida por profissionais de polícia a sério talvez as coisas mudassem, mas como cada vez mais é um tacho político-partidário, temos a polícia que temos: O verdadeiro Estado do Estado que somos.
    Já agora sobre pistas denunciadoras de criminosos, só no nosso direito ainda se tem "nojo" de colocar as fotos de suspeitos ou criminosos em exposição pública.
    Sabe é que ele não deve ter perguntado aos Agentes se se importavam de ser manchetes de jornal na manhã seguinte.
    Passe bem.
    As medidas de Giulliani não seriam aplicáveis no nosso quadro legislativo nem nas nossa mentalidades colectiva e política (isto para não falar dos lobbies de interesse).
    josé said...
    Amigo anónimo:

    COmeço pelo fim. O graduado da PSP que vei à televisão falar do caso, apontando abertamente a identidade do autor do facto, violou efctivamente o segredo de justiça pelo seguinte:
    destina-se este a proteger a eficácia das investigações. Quanto a mim, só este aspecto é verdadeiramente relevante.
    O duplo homicídio ocorrido horas antes, já tinha sido comunicado e formalmente já havia um Inquérito, logo todas as informações sobre os factos estavam necessariamente cobertas pelo segredo de justiça.
    A mania ( sim! É mesmo uma mania...)das autoridades policiais darem conferências de imprensa para, à revelia das autoridades judiciárias, darem palpites sobre os acontecimentos mediaticamente importantes, deve e tem de acabar, ou pelo menos deve ser enquadrada de melhor forma do que é. O que vem na lei da PJ é equívoco com o que vem no Código de Processo Penal. E essa contradição dá origem a estes desmandos e estes espectáculos que se vêem um pouco por todo o lado, como por exeplo no Apito Dourado.
    É um resquício de um estado policial e de um tempo que já lá vai. Mas na PJ ainda sobra muito desse estado de espírito e quem lá manda não entenderá muito bem isto, porque aqueles corredores criam subculturas a quem lá entra.
    Em concreto, a indicação pelo responsável da PSP da identidade do presumível homicida, não devia ser feita senão para obtenção de qualquer efeito investigatório. Não me parece que tenha sido o caso. Por outro lado, nada tenho contra os cartazes de "Wanted", se a linha de processo penal for alterada. Para já não foi.
    A indicação concreta de elementos sobre a ocorrência e a explicaçáo do próprio crime em si, pela autoridade policial entra directamente no campo da investigação criminal coberta evidentemente pelo segredo de justiça- neste caso, bem.
    A comunicação do responsável da PSP foi assim e a meu ver uma violação desse princípio, por eventual ignorância que o desculpará, mas não afasta o ilícito.

    Quanto à colaboração das forças policiais, sabe bem que a PJ tem-se como um corpo de elite e por isso, os PSP´s e a GNR são apelidados por eles, do modo como certamente conhece.
    Sei também por experiência prática que é assim. É pena, mas en alguns casos compreensível, porque o grau de conhecimento e instrução dos elementos da GNR, mais de base, é confrangedor. Porém, nunca tive queixa deles e principalmente, tenho a noção de que são pessoas que instruidas devidamente fariam melhor do que muitos inspectores encartados . Tenho exemplos concreto para fornecer neste campo. Muitos!
    Quanto ao episódio que conta do Casal Ventoso, é não só revelador da completa ausência ( nesse tempo...) da prevenção policial da PJ como do mais básico conhecimento do terreno que deveriam pisar. Literalmente.
    É um retrao demolidor,esse que faz, de uma polícia que deveria ser de acção e que se limita muitas vezes à reacção, já fora do tempo.

    Quanto aos "maçariquitos", far-me-á a justiça de perceber que não me referia aos agentes mortos em serviço, citando-os pessoal e concretamente.
    A morte de alguém é sempre uma tragédia, mas a análise das causas da morte passa muitas vezes pela frieza de uma autópsia. Percebe o que quero dizer?

    Finalmente, as forças policiais estão melhor do que estavam há dez anos atrás, deve reconhecer-se.
    A PSP tem de facto elementos que suplantam muitos inspectores da PJ.

    Está na hora de as elites se encontrarem e porem as cartas na mesa. Emularem-se na acção se for preciso, mas ligarem-se num comando único nesse aspecto.
    É preciso, é importante e é urgente.
    Podiam começar pelas COvas da MOura...e não era preciso muito mais do que alguém que soubesse chefiar bem. Há gente capaz e há gente pronta.
    Porém, espero ver dos Branquinhos e dos Cabrais, algo mais do que gosto pelo posto de comando. Espero ver aquilo que lhes é exigível: capacidade de mando e visão de comando!
    Anónimo said...
    Por isso Amigo José. Se fosse repensado o modelo policial, adequando-o às novas realidades, fazendo a coordenação entre todos e claro fossem repensadas e adequadas as leis às quais estão sujeitos todos os Agentes de Segurança.
    Quanto ao resto, já há muita formação nas forças de segurança no que respeita a Técnicas de Intervenção Policial. Nem imaginam a reacção que há, a cada momento, sempre que um agente policial intervém segundo as normas "standartarizadas"... Assim, acabam por retrair-se e criar rotinas, que na maioria dos casos, são fatais.
    Também tive esse tipo de instrucção técnico-táctica, tento colocá-la em práctica no terreno, porque acompanho os meus camaradas no exterior e digo-lhe, com todos os aborrecimentos que isso me provoca, estou-me nas tintas para quem reage mal.

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